terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Chegou “A Sedução das Novas Teologias”!

Depois de um mês de expectativa, já está disponível para venda, a partir de hoje, o livro A Sedução das Novas Teologias – O perigo por trás de modismos como Igreja Emergente, Teologia Narrativa, Teísmo Aberto, Teologia Quântica, Ortodoxia Generosa e Evangelho da Auto-Ajuda (CPAD). Quem quiser adquiri-lo agora já pode fazê-lo ligando, de qualquer parte do Brasil, para 0800-21-7373 (de segunda a sexta, das 8h às 18h; e também aos sábados, das 8h às 15h).
Até sábado (26/01/08), o livro já estará à venda em todas as filiais da CPAD pelo Brasil. Porém, no Rio de Janeiro, ele já pode ser encontrado desde hoje (22/01/08) nas filiais de Vicente de Carvalho, Nova Iguaçu e Niterói (creio que hoje ou amanhã, também em São Paulo). Também até o final de semana, estará disponível no site da cpad (http://www.cpad.com.br) com desconto de 15%.
Pastores e seminaristas têm desconto de 20%; igrejas têm desconto de 20% (compras acima de R$ 60) a 30% (compras acima de R$ 200); e as livrarias, instituições e revendedores têm desconto de 25% a 35% (conforme tabela da CPAD). O livro está sendo oferecido por R$ 34,90.
A Sedução das Novas Teologias tem 304 páginas, formato 14cm x 21cm e 15 capítulos (além de seis apêndices), com temas como “A Igreja Emergente e seus pressupostos enganosos”, “A Teologia Narrativa e a desconstrução da Bíblia”, “O que é uma contextualização sadia?”, “Ortodoxia Generosa: novo nome para heterodoxia”, “Teologia Quântica: aplicação distorcida da Ciência à reflexão teológica”, “Teísmo Aberto: alternativa sadia ou heresia?”, “Os erros da chamada Teoria de Kenosis”, “A falácia do Evangelho da Auto-ajuda” e “Princípios para uma reflexão teológica sadia”. Estes são só alguns temas da primeira parte do livro, que fala sobre teologias pós-modernas. A segunda parte aborda os ataques do fundamentalismo liberal contra a fé cristã. Nela, você encontrará títulos como “A intolerância dos ‘tolerantes’”, “Não tenha medo de ser taxado de ‘fundamentalista cristão’” e “Só uma fé engajada e sob o poder do Espírito Santo pode impactar a sociedade”.
Já os apêndices tratam de assuntos citados de passagem no livro e que, no final, são abordados com mais dedicação: “A questão dos erros dos reformadores” (abordagem muito mais rica do que o que vimos neste blog no ano passado), “A questão ambiental: exageros e equilíbrio”, “O cristão e o aborto”, “A autenticidade histórica do Jesus da Bíblia”, “Evangelho de Judas: fraude gnóstica de 1,8 mil anos” e Quatro razões porque o Código da Vinci é um grande logro”.
No mais, que Deus continue abençoando sua vida, inclusive por meio deste livro. E desde já, boa leitura!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Aprendendo com a Ira de Deus

É interessante como pouco ou quase nada tem sido dito em nossos dias sobre a ira de Deus. Essa é, sem dúvida, uma das razões pelas quais a qualidade da vida espiritual de boa parte dos cristãos em nossos dias é baixa.
Perceba: eu disse “uma das razões”, e não “a razão”. Isso porque, como já escrevi em Como vencer a frustração espiritual, o problema do evangelicalismo hodierno é muito mais amplo. O que precisamos não é de uma onda de pregações especificamente sobre a ira de Deus ou de uma onda de mensagens sobre um outro atributo divino olvidado para que, finalmente, muitos cristãos sejam despertados e comece um avivamento. Precisamos de toda a Palavra, de “todo o conselho de Deus” (At 20.27), e não apenas de uma faceta da verdade. Agora, pregar todo o conselho de Deus inclui, obviamente, pregar integralmente sobre Deus (lembre-se que o mesmo Jonathan Edwards que pregou o célebre sermão Pecadores nas mãos de um Deus irado também ministrou várias vezes sobre a graça divina e muitos outros temas durante o Grande Despertamento norte-americano no século 18).
“Mas já não há muita prédica sobre Deus em nossos dias?” Sim, há, mas o problema é que a maioria esmagadora desses sermões gravita em torno do que Ele faz e pode fazer, e não em torno do que Ele é. Por isso, não é à toa que vemos tantos crentes reivindicando a ação divina a todo instante, porque tudo o que sabem sobre o Senhor diz respeito exclusivamente às Suas ações. Sua relação com Ele baseia-se mais no Seu poder, no que é capaz de fazer, do que na Sua pessoa e no Seu caráter. Quando perguntamos a esses crentes “Quem é Deus?”, a situação se complica. A maioria das definições tem um conteúdo vago e contraditório, e isso é extremamente preocupante.
É preocupante porque é impossível o crente ter um relacionamento perfeito com o Criador, e conseqüentemente ter uma vida espiritual sadia, sem conhecer a natureza e o caráter divinos. Já dizia A. W. Tozer: “Se pudéssemos extrair de qualquer pessoa uma resposta completa à pergunta ‘O que lhe vem à mente quando você pensa em Deus?’, poderíamos predizer com certeza o futuro espiritual dessa pessoa”. Sem um conhecimento básico sobre o que a Bíblia ensina sobre Deus, qualquer crente pode se encontrar, de repente, adorando uma caricatura de Deus pensando que está adorando o verdadeiro Deus.
Quem não conhece plenamente quem é Deus está mais suscetível para embarcar em alguma falsa representação teológica dEle e, assim, se machucar espiritualmente. Por outro lado, quem conhece a Deus pode relacionar-se com Ele de forma correta e crescer espiritualmente. A Palavra de Deus afirma: “...mas o povo que conhece o seu Deus se tornará forte e ativo” (Dn 11.32).
O tipo de vida espiritual que muitos cristãos vivem hoje é, na maioria dos casos, justamente fruto de sua visão equivocada sobre quem é Deus. Há muitas caricaturas de Deus sendo propaladas por aí, todas bastante populares, e que têm levado inúmeros cristãos à frustração espiritual e/ou a bizarrias.
Por tudo isso, senti-me impelido a escrever este artigo sobre um dos atributos de Deus pouco abordados: a ira. E por que justamente a ira? Por dois motivos.
Primeiro, porque é extremamente impopular em nossos dias falar sobre esse atributo divino. Há até quem ache que não há valor nenhum em aprender sobe a ira de Deus. “Como aprender sobre a ira divina poderá afetar positivamente a minha vida espiritual?”
Para muitos cristãos, o amor divino é mais didático do que a ira divina, quando, na verdade, tanto um como o outro devem ser considerados, se queremos crescer espiritualmente. Não é à toa que o apóstolo Paulo assevera que devemos considerar tanto a bondade quanto a severidade de Deus, e nunca uma mais do que a outra (Rm 11.22).
E em segundo lugar, resolvi escrever sobre a ira divina porque a Bíblia a enfatiza. Se você analisar nas concordâncias bíblicas qual é o atributo de Deus mais mencionado nas Sagradas Escrituras, descobrirá que há mais referências à ira divina na Bíblia do que ao Seu amor e à Sua bondade. Isso significa que a ira de Deus é um tema importante para as Escrituras e, conclui-se, deve ser também para nós, cristãos.
Dito isso, quais são, então, as lições que aprendemos quando meditamos sobre a ira divina?
1) Concientizamo-nos mais ainda sobre a aversão que devemos ter em relação ao pecado – Estamos vivendo em uma época onde o pecado chega a ser celebrado como algo que “em certa dose é bom e saudável” (vide novelas, filmes e livros que falam sobre “a alegria” e “o prazer saudável” do pecado) ou onde, na melhor das hipóteses, ele é apresentado (às vezes sutilmente) como um detalhe de nossas vidas facilmente desculpável e com o qual não devemos nos preocupar tanto. Porém, quando meditamos na ira de Deus conforme apresentada na Bíblia, logo ficamos impressionados com o ódio que Deus tem do pecado. Portanto, meditar sobre a ira de Deus nos leva a reconsiderar o pecado, passando a enxergá-lo conforme a ótica divina.
O pecado não é algo que Deus eufemiza, minimiza ou considera de pouca importância. Deus odeia o pecado, Ele ojeriza-o. Como disse certa vez o teólogo A. W. Pink, “temos a tendência de dar pouca atenção ao pecado, encobrir sua hediondez, desculpá-lo; mas, quanto mais estudamos e pensamos no horror que Deus tem pelo pecado e Sua terrível vingança sobre ele, estaremos mais aptos a compreender a infâmia do pecado” (Os atributos de Deus, A. W. Pink).
2) A ira divina nos estimula à reverência, ao temor santo – Leia Hebreus 12.28 e 29 (muitos lêem apenas o versículo 28, esquecidos de que o versículo 29 é a continuação do raciocínio do 28). É importante dizer aqui que a reverência que devemos ter em relação a Deus não deve estar baseada em mero medo. A Bíblia mostra-nos que a reverência sadia a Deus é fruto (a) do nosso amor a Ele e (b) do reconhecimento que temos de Seus sentimentos sérios em relação ao que é certo (amor e apreço) e ao que é errado (ira e ojeriza). São esses dois elementos os ingredientes da reverência ao Senhor. Volto a lembrar o que disse Paulo: devemos considerar tanto a bondade quanto a severidade de Deus, ou seja, tanto Seu amor quanto a Sua ira. Só a bondade sem a severidade nos leva a adorar um deus bonachão. Só a severidade sem a bondade nos leva a servirmos a um deus carrasco. Já a bondade com a severidade nos aponta para o Deus da Bíblia.
3) A ira divina nos leva ao grato e fervente louvor pelo sacrifício de Cristo na cruz – O peso dos nossos pecados sobre Cristo é melhor compreendido quando meditamos sobre a ira divina. Jesus levou sobre si os nossos pecados, sofreu o castigo divino por eles, foi esmagado pelo peso da ira divina por todas as nossas faltas (Is 53); e em 1 Tessalonicenses 1.10, o apóstolo Paulo ainda ressalta que Jesus nos livra da “ira vindoura”.
Em várias passagens do Novo Testamento e do livro de Salmos, Deus é louvado pela Sua misericórdia que nos livra do peso da Sua ira, da destruição, do castigo, etc. Ou seja, meditar sobre a ira divina nos leva a considerar e reconhecer mais ainda a importância da graça e do favor do Senhor. Sem Sua misericórdia, seríamos destruídos (Lm 3.22,23).
Concluindo, volto a enfatizar que há outras facetas do caráter e da natureza de Deus que igualmente não devem ser relegadas. A ira de Deus é só um dos muitos aspectos que não devem ser esquecidos - e que, quando evocado, salienta ainda mais a importância do amor de Deus. Quem entende isso pode, c
omo o apóstolo João em Apocalipse, olhar para o poderoso e temível Leão da Tribo de Judá e ver o humilde Cordeiro assentado sobre o trono (Ap 5.5,6). Sim, porque o Cordeiro é o Leão, e o Leão é o Cordeiro.