É com preocupação que constatamos que a pós-modernidade está afetando negativamente a reflexão teológica do meio evangélico no exterior e, agora, também no Brasil. Tendências pós-modernas como a frustração-aversão a todo tipo de instituição, a relativização e a fluidificação de valores já estão, há alguns anos, influenciando a teologia que vemos nos púlpitos, livros e seminários em nosso país. Este é um assunto, sem dúvida, premente em nossos dias.
No Brasil, já começam a ser publicados por editoras evangélicas livros de pensadores cristãos liberais que são apresentados como sendo o que há de melhor na reflexão teológica hodierna, mas que nada mais são do que o velho liberalismo teológico alemão ressuscitado e apresentado em uma roupagem nova e mais atraente, e por isso cada vez mais popular. Sua expansão é fomentada pelo crescente número de cristãos frustrados com o cristianismo organizado (devido a recentes escândalos e aos terríveis e crescentes modismos neopentecostais) e pela capa de piedade e “nova espiritualidade” que a nova versão do liberalismo tem adotado, enredando facilmente muitos desavisados. Por tudo isso, essa nova teologia é vista como uma alternativa saudável, quando, na verdade, é um pulo de um extremo para o outro.
O velho liberalismo teológico alemão tem hoje como seus maiores porta-vozes pensadores e teólogos evangélicos norte-americanos da chamada “esquerda evangélica dos EUA”. Estes ganharam espaço e voz no meio evangélico brasileiro recentemente durante a onda de antipatia que a opinião pública mundial manifestou em relação à denominada “direita evangélica dos EUA” devido ao apoio que esta deu ao presidente Bush em sua eleição e reeleição. Constrangidos por esse apoio, alguns cristãos no Brasil resolveram aproximar-se do conteúdo doutrinário da esquerda evangélica dos EUA e acabaram absorvendo seus posicionamentos heterodoxos, que ferem frontalmente a integridade da Doutrina Bíblica.
Iludidos pelo discurso com apelo emocional que a “versão 2001” do liberalismo se utiliza, muitos desses evangélicos passaram a adotar posicionamentos teológicos claramente liberais sem perceberem. Sim, porque poucos se dão conta de que os posicionamentos que adotaram são o velho liberalismo teológico respondendo agora pelos nomes mais atraentes de Ortodoxia Generosa, Teologia Narrativa, Teísmo Aberto (ou Teologia Relacional), Teoria de Kenosis (criada no século 19, na Inglaterra, e que interpreta equivocadamente como se deu a kenosis de Jesus) e Teologia Quântica. Outro conceito popular é o da “Igreja Emergente” como sendo a face verdadeiramente sadia do cristianismo em nossos dias e apresentada como uma proposta cristã muito mais coerente diante da atual conjuntura social, filosófica e cultural na qual vivemos.
Outro tema preocupante é a onda fundamentalista liberal que tem se levantado contra os valores cristãos no Ocidente, propondo mudanças que objetivam amordaçar o que ainda resta do genuíno cristianismo. Ou seja, como se não bastassem os problemas de dentro (os modismos neopentecostais, a nova face do liberalismo, etc), temos ainda os problemas de fora.
Enfim, estamos em um momento crítico, o que significa que precisamos mais do que nunca tomar posição e buscarmos de Deus um avivamento, mas um avivamento genuíno, à luz das Sagradas Escrituras.
Tal reflexão impulsionou-me a ir além da pregação e escrever mais um livro. Pela graça de Deus, abordo todos esses importantes assuntos em meu mais recente livro – A Sedução das Novas Teologias: o que está por trás de modismos como Igreja Emergente, Ortodoxia Generosa, Teísmo Aberto, Teologia Narrativa e Teologia Quântica (CPAD). Alguns desses temas já foram abordados neste blog (no caso, Teísmo Aberto e Teoria de Kenosis), porém timidamente, enquanto no livro dedico dezenas de páginas a cada assunto. Ao todo, são cerca de 300 páginas onde os equívocos do neoliberalismo teológico e do fundamentalismo liberal são desnudados e confrontados. Creio que este livro será uma bênção para a sua vida como foi para mim ao escrevê-lo.
E pela relevância dos temas abordados, aproveito para incentivar os queridos leitores deste blog a divulgarem esta obra para que o maior número possível de pessoas sejam alcançadas, despertadas e alertadas no Brasil sobre os perigos da atual onda de modismos neoliberais teológicos que chegam à nossa nação.
O livro estará à disposição em meados de janeiro. Quem estiver interessado em adquiri-lo poderá fazê-lo não apenas nas lojas evangélicas pelo Brasil, mas também pelo 0800-21-7373. Você poderá adquiri-lo também, e com desconto, no site da CPAD (http://www.cpad.com.br/).
Aproveito esta postagem para desejar a todos os leitores do Verba volant, scripta manent um 2008 recheado das bênçãos de Deus. Um abraço a todos!
No Brasil, já começam a ser publicados por editoras evangélicas livros de pensadores cristãos liberais que são apresentados como sendo o que há de melhor na reflexão teológica hodierna, mas que nada mais são do que o velho liberalismo teológico alemão ressuscitado e apresentado em uma roupagem nova e mais atraente, e por isso cada vez mais popular. Sua expansão é fomentada pelo crescente número de cristãos frustrados com o cristianismo organizado (devido a recentes escândalos e aos terríveis e crescentes modismos neopentecostais) e pela capa de piedade e “nova espiritualidade” que a nova versão do liberalismo tem adotado, enredando facilmente muitos desavisados. Por tudo isso, essa nova teologia é vista como uma alternativa saudável, quando, na verdade, é um pulo de um extremo para o outro.
O velho liberalismo teológico alemão tem hoje como seus maiores porta-vozes pensadores e teólogos evangélicos norte-americanos da chamada “esquerda evangélica dos EUA”. Estes ganharam espaço e voz no meio evangélico brasileiro recentemente durante a onda de antipatia que a opinião pública mundial manifestou em relação à denominada “direita evangélica dos EUA” devido ao apoio que esta deu ao presidente Bush em sua eleição e reeleição. Constrangidos por esse apoio, alguns cristãos no Brasil resolveram aproximar-se do conteúdo doutrinário da esquerda evangélica dos EUA e acabaram absorvendo seus posicionamentos heterodoxos, que ferem frontalmente a integridade da Doutrina Bíblica.
Iludidos pelo discurso com apelo emocional que a “versão 2001” do liberalismo se utiliza, muitos desses evangélicos passaram a adotar posicionamentos teológicos claramente liberais sem perceberem. Sim, porque poucos se dão conta de que os posicionamentos que adotaram são o velho liberalismo teológico respondendo agora pelos nomes mais atraentes de Ortodoxia Generosa, Teologia Narrativa, Teísmo Aberto (ou Teologia Relacional), Teoria de Kenosis (criada no século 19, na Inglaterra, e que interpreta equivocadamente como se deu a kenosis de Jesus) e Teologia Quântica. Outro conceito popular é o da “Igreja Emergente” como sendo a face verdadeiramente sadia do cristianismo em nossos dias e apresentada como uma proposta cristã muito mais coerente diante da atual conjuntura social, filosófica e cultural na qual vivemos.
Outro tema preocupante é a onda fundamentalista liberal que tem se levantado contra os valores cristãos no Ocidente, propondo mudanças que objetivam amordaçar o que ainda resta do genuíno cristianismo. Ou seja, como se não bastassem os problemas de dentro (os modismos neopentecostais, a nova face do liberalismo, etc), temos ainda os problemas de fora.
Enfim, estamos em um momento crítico, o que significa que precisamos mais do que nunca tomar posição e buscarmos de Deus um avivamento, mas um avivamento genuíno, à luz das Sagradas Escrituras.
Tal reflexão impulsionou-me a ir além da pregação e escrever mais um livro. Pela graça de Deus, abordo todos esses importantes assuntos em meu mais recente livro – A Sedução das Novas Teologias: o que está por trás de modismos como Igreja Emergente, Ortodoxia Generosa, Teísmo Aberto, Teologia Narrativa e Teologia Quântica (CPAD). Alguns desses temas já foram abordados neste blog (no caso, Teísmo Aberto e Teoria de Kenosis), porém timidamente, enquanto no livro dedico dezenas de páginas a cada assunto. Ao todo, são cerca de 300 páginas onde os equívocos do neoliberalismo teológico e do fundamentalismo liberal são desnudados e confrontados. Creio que este livro será uma bênção para a sua vida como foi para mim ao escrevê-lo.
E pela relevância dos temas abordados, aproveito para incentivar os queridos leitores deste blog a divulgarem esta obra para que o maior número possível de pessoas sejam alcançadas, despertadas e alertadas no Brasil sobre os perigos da atual onda de modismos neoliberais teológicos que chegam à nossa nação.
O livro estará à disposição em meados de janeiro. Quem estiver interessado em adquiri-lo poderá fazê-lo não apenas nas lojas evangélicas pelo Brasil, mas também pelo 0800-21-7373. Você poderá adquiri-lo também, e com desconto, no site da CPAD (http://www.cpad.com.br/).
Aproveito esta postagem para desejar a todos os leitores do Verba volant, scripta manent um 2008 recheado das bênçãos de Deus. Um abraço a todos!
(P.S.: Estes votos de um feliz 2008 não significam uma sinalização de recesso por aqui. A todos os interessados, continuarei a postos respondendo aos comentários que me forem enviados. Se demorar um pouco a responder, é devido à conjuntura natural de final de ano, que diminui nossa frequência na blogosfera. Mas podem estar certos de que todos que postarem comentários aqui serão, espaçada ou brevemente, atendidos)
77 comentários:
Concordo plenamente com o seu posicionamento caro Pr. Silas Daniel.
O grande problema do povo de Deus está em identificar quando uma mudança vem para corrigir algo novo (ou velho) e quando ela vem para inserir algo estranho ao que fora estabelecido como ensino pelas Sagradas Escrituras e adotado como prática pelos pais da Igreja.
Sou grande admirador e leitor assíduo de seu blog.
Que o Senhor nosso Deus abençoe seu ministério e lhe mantenha sempre fiel à sua Palavra.
Anchieta Campos
Caro Anchieta,
Obrigado por suas palavras motivadoras. Como costumo dizer, pela graça de Deus procuro fazer o melhor aqui. Se consigo, a honra e a glória são todas do Senhor que nos inspira e, assim, nos proporciona a alegria de sermos bênção para os outros.
Quanto à minha recente postagem, sua análise foi precisa. Muitos cristãos, na ânsia de concertarem um erro, acabam exagerando e incorrendo em outro.
Infelizmente, está sendo criada no mundo evangélico ocidental uma bipolarização terrível. Em um pólo, as bizarrias neopentecostais. No outro pólo, o liberalismo teológico ressurgindo com um novo "look", tornando-se, com essa nova versão, mais popular. E no meio, nem em um pólo nem no outro, cristãos conservadores de várias matizes denominacionais que tanto combatem os modismos neopentecostais (total e não parcialmente) e os desmandos no meio evangélico como combatem a "versão 2001" do liberalismo teológico.
O engraçado é que os do pólo neopentecostal consideram os do meio e os do pólo liberal como sendo uma e a mesma coisa, já que ambos combatem o neopentecostalismo; enquanto os do pólo liberal consideram os neopentecostais e os cristãos conservadores como sendo "farinha do mesmo saco", porque vêem as idiossincrasias neopentecostais como derivação de alguns posicionamentos de cristãos conservadores (sic).
Na verdade, os cristãos conservadores não são "do meio" porque seriam um meio termo entre esses dois pólos, mas, sim, porque tanto rejeitam as bizarrias neopentecostais e os desmandos como não caíram no canto de sereia do liberalismo teológico, que propõe uma outra alternativa supostamente mais sadia, mas que, na verdade, não é, pois fere a integridade da Doutrina Bíblica. Aliás, a Bíblia diz que não devemos nos desviar "nem para a direita nem para a esquerda". Permaneçamos assim.
Recentemente escrevi dois textos para o meu blog(Teologia Pentecostal), entitulados de "Cristianismo anti-ortodoxia". Quando escrevia estes textos, estava preocupado com o fato de não existir obras escritas, no contexto brasileiro, que combatem essa onda(teologia relacional,ortodoxia generosa, igreja ermegente, volta da teologia da libertação etc). Quando li esse post, sinceramente, fiquei muito feliz, em ver um livro que vai abordar todo esse movimento e ainda escrito por um teólogo assembleiano.
Se puder leia esse meu texto, a opinião do irmão será enriquecedora.
Parabéns por mais um livro, que certamente será uma obra de sucesso entre todos os que amam a ortodoxia.
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com
Obs: Escrevi como anônimo, por problemas no Blogger.
Caro Gutierres,
Nos últimos meses, recebi, por e-mail e pessoalmente, a sugestão de irmãos em Cristo para escrever sobre esses temas, justamente porque são atuais e não há nada na literatura evangélica brasileira que fale de todos eles ao mesmo tempo (sobre Teísmo Aberto já há bastante). Há muita gente confusa no meio de tanta mudança e novos modismos teológicos, gente que não tem ainda a opinião formada sobre o assunto e, por isso, oscila entre os posicionamentos da nova onda (da "nova espiritualidade") e a ortodoxia bíblica.
Sobre o seu texto, não o tinha visto (andei meio distante dos blogs nos últimos dias), mas prometo dar uma passada lá e deixar minha impressão.
No mais, obrigado por suas impressões sobre a importância e o futuro do meu novo livro, e conto com você para divulgá-lo também entre os seus muitos leitores.
Um abraço!
Pr. Silas Daniel, a Paz do Senhor.
Que que bom conheci seu blog, tenho aprendido bastante com ele.
Os textos sobre a reforma são simplesmente esclarecedora, a explicação sobre o método da salvação então é iluminada.
Deus me abençoou grandemente.
Estou começando no mundo do blog, espero aprender muitas coisas.
Gostaria de pedir uma ajuda do senhor.
Estou montando uma pequena biblioteca aqui em casa para uso próprio, gostaria de dicas de qual livros comprar, ou seja, uma relação de livros e assuntos que não podem deixar de ter.
Pode ser livro de qualquer editora, sou diácono da Assembléia de Deus, e preciso aprender mais e mais.
Por favor, me ajuda nesse aspécto. Relacione o título do livro, o autor e, se possível, a editora para não ter erros.
Os livros que não podem faltar em minha mini-biblioteca são:
Com a palavra o senhor, Pr Silas.
Caro pastor Silas:
Como lhe disse em postagem no meu blog, o seu novo livro será uma resposta relevante para essa imensa confusão teológica, que, hoje, toma conta do país.
Infelizmente, muitos dirão tratar-se de uma atitude de desamor para com os que pensam diferente da ortodoxia, pois, atualmente, o que essas pessoas querem é "deixar tudo como está para ver como é que fica", trazendo para o seio evangélico a mesma filosofia pós-modernista da fragmentação do conhecimento.
Mas, à luz da Bíblia, sabemos que o nosso papel é lutarmos pela "reta doutrina", embora até essa expressão seja ironicamente usada pelos que discordam de nós com uma ponta de desprezo.
Vá em frente, meu irmão, e conte com as nossas orações.
Caro irmão Josélio, a Paz do Senhor!
Quem bom saber que este blog tem sido bênção para a sua vida também. E seja bem-vindo à blogosfera!
Sobre a sugestão de montar uma lista do que seria uma "pequena biblioteca ideal", trata-se de uma tarefa árdua, mesmo se tratando de uma biblioteca modesta, pequena. Tenho centenas de livros na minha casa, quase mil (outros tantos ficaram em Pernambuco quando me mudei para o Rio há dez anos), e ainda acho minha atual biblioteca pessoal insuficiente. Porém, vou tentar idealizar uma lista de títulos interessantes por assunto e depois publicá-la aqui.
Inclusive, se alguns dos queridos visitantes deste blog quiserem dar sugestões de uma pequena biblioteca ideal, este espaço está aberto para isso. Ou mesmo se alguém quiser dar sugestões de alguns títulos excelentes sobre apenas um determinado tema, é válido também. Por exemplo: uma lista das melhores obras que você já leu sobre História da Igreja publicadas em português, ou melhores obras que você já leu sobre Doutrina do Espírito Santo, ou sobre Apologia, ou sobre Heresiologia, ou sobre... enfim, o espaço está aberto a colaborações. Aliás, acho esta uma excelente idéia para que todos possamos ter mais dicas sobre obras de qualidade para enriquecer nosso conhecimento.
Caro pastor e amigo Geremias,
Obrigado por suas palavras de incentivo. Sei que sempre há o risco de alguém nos interpretar mal, mas, como você bem sabe, não podemos deixar de ficar calados diante de equívocos, ainda mais quando eles insistem em se proliferar por aí, seja nos púlpitos, na blogosfera, em livros ou nos seminários.
Outro detalhe é que, ao mesmo tempo em que há os que nos interpretem mal por tocarmos em seus "corolários" teológicos preferidos (embora equivocados), nos últimos meses fui abordado por e-mail e pessoalmente por muitas pessoas que estão confusas sobre esses temas e pediram-me para escrever sobre o assunto. Gente de Brasília, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Nordeste, etc. Minha maior motivação para escrever sobre esses temas veio justamente dessas pessoas. Assim como elas, há muitas outras pessoas nas igrejas que estão esperando por um material que venha auxiliá-las na compreensão desses fenômenos pós-modernos nas igrejas, nos seminários e fora das igrejas.
Em outras palavras, esse livro foi motivado pelo amor à Palavra, à genuína ortodoxia bíblica, e a essas pessoas confusas. Não foi com objetivo de atacar ninguém pessoalmente, até porque não cito em meu livro o nome de nenhum adepto dessas bizarrias teológicas em nosso país. Cito só os escritos dos "gurus" desses movimentos lá nos Estados Unidos e analiso todos os argumentos que utilizam à luz da Bíblia, dos fatos históricos e da simples razão.
Nosso desejo é falar a verdade com seriedade e amor, amor e seriedade, mesmo que, ao sermos sérios, sejamos taxados injustamente de "falta de amor e generosidade" (devemos ser generosos com as pessoas, não com doutrinas falsas) e "deselegantes".
Faço minhas as suas palavras: "À luz da Bíblia, sabemos que o nosso papel é lutarmos pela 'reta doutrina', embora até essa expressão seja ironicamente usada pelos que discordam de nós com uma ponta de desprezo".
Obrigado pelo apoio e as orações. Pela graça de Deus, prosseguimos.
Pr. Silas,
Você tocou em um ponto interessante e que representa de forma categórica o momento histórico (e atual)da igreja: a bipolarização.
Os extremos sempre foram e sempre serão os vilões do pensamento cristão, porém, vez ou outra grupos de pessoas surgem puxando a "corda da teologia" para esse ou aquele lado. Defendendo com unhas e dentes determinado pressuposto, sem contudo, deixar-se levar pelo bom senso e pelo caminho do meio, como Cristo fazia.
No caso, as invencões neo-pentecostais e a teologia liberal são dois extremos que estão, infelizmente, levando muitas pessoas sérias para bem longe da ortodoxia cristã, cujos resultados maléficos estão aí para que todos possam ver.
O seu livro, acredito, preencherá a lacuna que existe na literatura nacional sobre o tema em foco.
Assim, oremos para que ele cause impacto e provoque mudanças no seio de nossas igrejas. Afinal, creio ser esse o objetivo de qualquer trabalho literário: provocar mudanças!
Na primeira oportunidade que tiver vou adquirir o livro.
Em cristo
Valmir Milomem
Caro Valmir,
Por perceber a formação desses dois extremos no cenário evangélico ocidental e julgar a reflexão sobre esse assunto muito importante, e por perceber também que não há quase nada analisando tanto o avanço quanto os pressupostos da teologia liberal “versão 2001” à disposição na literatura evangélica brasileira atualmente, não poderia deixar de escrever sobre esse tema. Há literatura de qualidade de sobra na literatura evangélica brasileira abordando os perigos dos modismos neopentecostais, mas sobre o outro pólo dessa bipolarização não há nada (a não ser, como já mencionei, alguns poucos, porém excelentes, livros sobre o Teísmo Aberto, que é apenas um único aspecto das várias faces da “versão 2001” do liberalismo teológico).
Obrigado por suas palavras motivadoras e oremos para que esta obra alcance o efeito desejado, que é alertar, despertar e orientar (ou reorientar) os que estão perdidos no meio dessa confusão toda.
Logo que tiver notícias novas sobre o livro (disponibilidade para venda, lançamento, etc) estarei divulgando em meu blog. No mais, parabéns pelo “Como viveremos”. Pelas últimas visitas que fiz lá, o blog dos irmãos está cada vez melhor.
Um abraço!
Em Cristo,
Silas Daniel
P.S.: Estou com problemas na conexão de internet do meu laptop, por isso, infelizmente, tive que enviar esta mensagem como anônimo.
Mediante o pedido do irmão Josélio Silva e da autorização do pr. Silas Daniel, quero recomendar para o irmão Josélio, alguns livros dos meus temas favoritos: Pentecostalismo e Apologética.
Pentecostalismo:
- Bíblia de Estudo Pentecostal, Donald Stamps, CPAD.
- Comentário Bíblico Pentecostal, French L. Arrington & Roger Stronstad, CPAD.
- Verdades Pentecostais, Antonio Gilberto, CPAD.
- O Batismo no Espírito Santo e com Fogo, Anthony D. Palma, CPAD.
- Teologia Sistemática, Stanley M. Horton, CPAD.
- Dicionário do Movimento Pentecostal, Isael de Araújo, CPAD.
- No Poder do Espírito, Willian W. Menzies e Robert Menzies, Editora Vida.
- O Fruto do Espírito, Antonio Gilberto, CPAD.
Apologia/Modismos:
- Revista Resposta Fiel, ed. Silas Daniel, CPAD.
- Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, Ciro Zibordi, CPAD.
- Erros que os Pregadores devem Evitar, Ciro Zibordi, CPAD.
- Super-Crentes, Paulo Romeiro, Mundo Cristão.
- Evangélicos em Crise, Paulo Romeiro, Mundo Cristão.
- Decepcionados com a Graça, Paulo Romeiro, Mundo Cristão.
- Cristianismo em Crise, Hank Hanegraaff, CPAD.
- Heresias e Modismos, Esequias Soares, CPAD.
Apologia Geral:
- Não tenho fé suficiente para ser ateu, Norman Geisler e Frank Turek, Editora Vida.
- Manual de Apologia, Esequias Soares, CPAD.
- Respostas as Seitas, Norman Geisler e Ron Rhodes, CPAD.
- Desmascarando as Seitas, Paulo Romeiro e Natanael Rinaldi, CPAD.
Apologia/Cosmovisão
- Verdade Absoluta, Nancy Pearcey, CPAD.
- A morte da Razão, Francis Schaeffer, ABUB.
- E Agora Como Viveremos? Charles Colson e Nancy Pearcey, CPAD.
- Fundamentos Inabaláveis, Norman Geisler e Peter Bocchino, Editora Vida.
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com
Caro Gutierres,
Boas sugestões. Minhas sugestões de uma biblioteca básica para o Josélio quanto ao tema História da Igreja são os títulos:
1) Coleção “História da Igreja Cristã”; WALKER, Willinston; ASTE.
2) “Documentos da Igreja Cristã”, BETTENSON, Henry; ASTE.
3) “História Eclesiástica”; CESARÉIA, Eusébio de; CPAD.
4) “O Livro dos Mártires”; FOX, John; CPAD.
5) “As Catacumbas de Roma”; SCOTT, Benjamim; CPAD.
6) “As Reformas na Europa”; LINDBERG, Carter; Sinodal.
7) Coleção “Uma História Ilustrada do Cristianismo” (10 volumes); Gonzalez, Justo L.; Vida Nova.
8) “A Tragédia da Guanabara”; CRESPIN, Jean; CPAD.
9) “O Celeste Porvir – a inserção do protestantismo no Brasil”; GOUVEIA, Antônio; ASTE.
10) “João Wesley – sua vida e obra”; LELIÈVRE, Mateo; Editora Vida.
11) “Heróis da Fé”; BOYER, Orlando; CPAD (uma bela sugestão devocional e sintética sobre a história de grandes homens de Deus do passado).
12) “Dicionário do Movimento Pentecostal”; ARAÚJO, Isael; CPAD.
13) “História da Assembléia de Deus no Brasil”; CONDE, Emílio; CPAD.
14) “História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil”; DANIEL, Silas; CPAD.
Que beleza, que títulos, que maravilha!
Imão Gutierres, que belos livros, já tenho alguns desses títulos, outros relacionados por você irei com certeza adquirir.
Pr Silas, que bom gosto o do senhor, que belas obras.
O povo de Deus está de parabens pela a literatura evangélica disponível no Brasil.
O conhecimento está disponível bem na nossa frente, estendemos pois as mãos e o peguemos.
Caro Josélio,
Fico feliz por poder ajudá-lo. Aqui no Brasil não temos ainda a riqueza e a variedade de obras da literatura evangélica como vemos lá nos Estados Unidos ou mesmo em espanhol. Porém, nos últimos anos, essa realidade está mudando. A própria CPAD tem publicado grandes clássicos estrangeiros da literatura cristã e evangélica no mundo pela primeira vez em português. Além disso, muitas obras nacionais de qualidade têm sido publicadas pela CPAD e outras editoras. Isso se deve ao crescimento do mercado evangélico no Brasil, que inclusive trouxe a norte-americana Thomas Nelson (uma das maiores editoras evangélicas do mundo) ao nosso país e fez com que novas editoras surgissem por aqui. Claro que, nesse bolo, nem todo tipo de obra publicada é tão indicável assim, mas tem muita coisa boa sendo lançada.
Ainda estou terminando minha pequena lista para publicar aqui para o irmão.
Boa leitura!
Caros visitantes deste blog,
Infelizmente, tive problemas para poder fazer o download (do meu e-mail para o meu computador) da capa do livro "A Sedução das Novas Teologias", por isso não a postei ainda, mas creio que já nesta nova semana que se inicia vou poder postá-la aqui, como prometido.
Amplexo a todos!
Caro pastor Silas,
Foi de grande valia travar relacionamento com o irmão, através da blogosfera, nesse ano de 2007. Desejo a você um bom final de ano e que 2008 revele um tempo em que o labor mais importante na nossa comunicação continue sendo a busca da afirmação dos nossos blogs como espaços de koinonia.
Um abraço
Caro pastor Silvano,
Suas participações neste blog durante o ano que se finda foram importantes para aprofundarmo-nos em temas significativos. Aliás, esta é uma das bênçãos da blogosfera. Além de a grande rede nos conceder uma oportunidade de exercitarmos a koinonia, e entre irmãos de todas as regiões do Brasil e de fora do país, ela nos proporciona também grandes reflexões e debates que acrescentam quando a interação nos blogs é aproveitada de forma sadia. Fico feliz em saber que conseguimos isso aqui em muitos momentos deste ano, e inclusive quando de suas participações.
Que Deus abençoe sua vida, família e ministério. Ao irmão e a toda a sua família, um feliz Natal e um novo ano repleto das bênçãos de Deus!
Em Cristo,
Pr. Silas Daniel
Caro Silas:
No posto anterior, de-lhe parabens pela sua mais nova obra!
Volto aqui mais uma vez, agora para deixar registrado ao amigo e família os votos de um 2008 abençoado, na certeza de que o Senhor nosso continuará a ser a razão maior do nosso viver nos anos que temos diante de nós, como tem sido até aqui.
Abraços
Caro pastor e amigo Geremias,
Obrigado! Para o amado irmão e família eu e minha esposa desejamos o mesmo: um feliz Natal e um 2008 recheado das bênçãos dAquele que é o que é, nosso Amado Senhor e Mestre.
Abraços!
Pr. Silas,
Nesta oportunidade passo por aqui para dizer que foi uma enorme satisfação tê-lo conhecido este ano de 2007, durante o evento da APF em Pinda-SP.
Ainda, afirmar a felicidade por vc ter inaugurado este blog, cujo conteúdo tem nos ajudado muito na defesa da fé cristã.
No mais, desejo a vc e toda a sua família um FELIZ NATAL em Cristo Jesus, e um 2008 repleto de conquistas.
Em Cristo
Valmir
Caro Pr. Silas Daniel,
Neste post venho desejar ao ilustre e a toda sua família um ótimo Natal e um ano de 2008 cheio da graça do nosso Deus.
Agradeço ao Senhor por ter conhecido o blog do irmão, que me é de grande valia e apreço.
Deus abençoe seu ministério cada vez mais! Em nome de Jesus.
Abraços fraternos!
Anchieta Campos
Caro Valmir,
Também foi um prazer conhecer este ano o amado irmão e o blog "Como viveremos", que sempre traz reflexões relevantes para a blogosfera evangélica. Que Deus continue abençoando sua vida, sua família e todos os que compôem a Agência Pés Formosos. Favor enviar um abraço ao Jossy e à sua família, e a todos os amigos da APF.
Feliz Natal para todos vocês e um 2008 inundado pelo favor do Senhor!
Amplexos!
Caro Anchieta,
Desejo igualmente ao irmão e a toda a sua família um feliz Natal e um 2008 com bênçãos copiosas da parte do Senhor da Vida! Obrigado por suas palavras de apreço, que muito nos honram. Como costumo de dizer, pela graça de Deus, procuramos fazer o melhor aqui. Foi pela Sua graça que chegamos até aqui e é por ela que prosseguiremos.
Abraços!
Caro Pr.Silas Danil!
Em primeiro lugar quero registrar meu agradecimento a Deus pelo seu novo livro que está para ser lançado. Pelo que li no seu post, será indispensável na biblioteca de quem ama a verdadeira ortodoxia bíblica, principalmente nesses tempos difíceis e trabalhosos como já estava profetizado. Quando do lançamento, pretendo divulgá-lo no Point Rhema.
Quero registrar também, que seu blog foi uma conquista para todos nós da blogosfera em 2007, eu particularmente que também entrei neste ano, tenho no seu blog uma fonte de consulta, pesquisa e de conhecimento.
Quero louvar a Deus pela sua vida e agradecer por tirar do seu precioso tempo para compartilhar conosco o que Deus lhe tem dado. Só o Senhor para te dar a recompensa devida.
Aproveito o ensejo para desejar ao prezado pastor e toda família um ANO NOVO repleto das bençãos do Senhor, tanto em sua vida pessoal como ministerial.
FELIZ 2008
Pr. Carlos Roberto Silva
www.pointrhema.blogspot.com
Caro pastor Carlos Roberto,
Sinto-me extremamente honrado por todas as palavras de consideração e motivação que tenho recebido neste blog, inclusive as do irmão. Obrigado por suas palavras de apreço e incentivo. Como é bom saber que este blog está abençoando vidas!
Louvo a Deus pela presença evangélica na blogosfera. Sem dúvida, este ano foi marcado por esta bela novidade: o crescente surgimento de novos blogs cristãos de qualidade (entre eles, o point rhema). Creio que o ano que se avizinha consolidará ainda mais a importância deste meio de comunicação para difundir conteúdos sadios e orientar e edificar vidas.
Desejo também ao amado irmão, à sua família e ao seu ministério um 2008 marcado indelevelmente pela graça e o favor divinos, sem os quais nada vale a pena.
Feliz 2008! Um abraço!
Olá, Pr Silas, a paz de Senhor, gostaria de saber a sua opnião sobre as várias versões da Bíblia sagrada.
Eu tenho versões, como ARA, ARC, corrigida e fiel ao texto original, NVI, contemporânea, e outras.
Vejo muitas críticas principalmente contra as versões ARA e NVI e BLH. Falam sobre textos recebidos e textos críticos que mais confundem que esclarecem.
Como o senhor analiza essas versões, por exemplo, ARA e NVI.
Caro Josélio,
Não terminei ainda minha lista sintética de uma biblioteca de livros cristãos modesta, porém de qualidade. Tive que dedicar-me à ampliação de uma apostila que está sendo confeccionada para um evento no qual estarei ministrando no início de janeiro, por isso a demora. Bem, mas sobre as versões ARA, NVI e BLH, o que posso te dizer é que:
1) A Almeida Revista e Atualizada é, sem dúvida, a melhor tradução da Bíblia que temos em português (é verdade que, em algumas passagens, a Almeida Revista e Corrigida ainda é melhor, mas, no geral, a ARA a supera);
2) A Bíblia na Linguagem de Hoje é uma idéia sensacional, mas, infelizmente, há várias críticas feitas à forma como algumas passagens bíblicas foram adaptadas aos nossos dias pela BLH, e algumas dessas críticas têm realmente consistência (não que houvesse maldade em quem trabalhou no texto da BLH - acredito que não -, mas o texto final, infelizmente, não foi tão bem recebido devido à adaptação questionável do texto bíblico em algumas passagens);
3) A brasileira Nova Versão Internacional (NVI) é inspirada na norte-americana New International Version (NIV). É uma tradução "mais ou menos". Pior é a NIV. Como assim? A NIV, a norte-americana, foi alvo de críticas contundentes, devido à tradução tendenciosa do texto sagrado em suas páginas. É uma tradução espúria, que se apoiou nos chamados Textos Críticos (de qualidade inferior em relação aos chamados Textus Receptus, mas, mesmo assim, ainda amados pelos teólogos liberais) e cuja comissão também usou critérios tendenciosos na hora de traduzir determinadas passagens bíblicas. Em algumas passagens, os tradutores evitaram propositalmente a tradução literal do texto, o que fez com que, além de o texto final não ser fiel, tivesse a idéia e o sentido de alguns versículos mudados, adaptando-os aos conceitos teológicos liberais da comissão de tradutores da NIV (que tinha até homossexuais). Por isso, a comissão responsável pela NVI (brasileira) fez questão de enfatizar na apresentação da obra que há diferença entre a NVI e a NIV. A NIV é apresentada apenas como fonte de inspiração para a NVI, e é dito ainda que em muitos pontos a comissão da NVI discordou da adaptação que os idealizadores da NIV fizeram de algumas passagens bíblicas, por julgarem essas adaptações incorretas. Portanto, a tradução da NVI não é exatamente igual à da NIV. Porém, mesmo assim, algumas passagens da brasileira NVI apresentam traduções questionáveis e comprometedoras, como alguns especialistas já apontaram. Por isso, mesmo a brasileira NVI não tem, de nossa parte, por razões consistentes, uma boa aceitação.
Caro Silas Daniel
Acredito que sua obra é uma sólida resposta aos que se julgam acima do bem e do mal quando o assunto é Teologia.
Sendo da pena de um pentecostal, ela se reveste de particular importância, pois destrói o esteriótipo e aquela pecha de que pentecostalismo é sinal de obscurantismo - aquela falsa impressão de que poder não combina com a Palavra/reflexão (e o que Jesus falou em Mt 22.29?) -, mostrando que em nosso meio há ótimos pensadores vanguardistas.
Deus o abençoe, parabéns pelo trabalho e um ótimo 2008 para você sua esposa.
Parabéns pelo livro pastor Silas, farei o possível para comprá-lo neste ano de 2008, e desde já lhe desejo um ano novo recheado de bençãos sem medida.
Parabéns mais uma vez e Paz do Senhor!!!!
Caro Victor,
Obrigado e um feliz 2008 para você também e toda a sua família!
Um abraço!
Caro César,
Obrigado por suas palavras. Acredito que "A Sedução das Novas Teologias" será um importante auxílio para os que se encontram perdidos na zona cinzenta do neoliberalismo teológico no Brasil.
Acho pertinente também sua colocação sobre o estereótipo criado e alimentado em torno do pentecostalismo. A idéia de que ser pentecostal é ser anti-intelectual é totalmente falsa. Só pelo fato de o pentecostalismo ter como uma de suas principais doutrinas distintivas (ou seja, pontos doutrinários que a distinguem) uma doutrina bíblica que diz respeito a uma experiência marcante da vida cristã (o batismo no Espírito Santo), criou-se a idéia de que "os pentecostais enfatizam a experiência em vez do conhecimento". Ora, essa lógica é absurda. Se fosse assim, todos os evangélicos deveriam ser taxados do mesmo, já que todos nós evangélicos enfatizamos a experiência da conversão a Cristo, a Salvação. Isso é "enfatizar a experiência em detrimento do conhecimento"? Não! A experiência da Salvação tem por base o conhecimento: o ensinamento claro das Sagradas Escrituras. Assim como a experiência do batismo no Espírito Santo tem por base o ensino claro das Sagradas Escrituras. Os pentecostais não são um grupo sem teologia ou com uma teologia "sempre a caminho", pronta para abrigar quaisquer novos modismos que se apresentem por aí. A teologia pentecostal está cristalizada há anos. O neopentecostalismo, infelizmente, é que vive sempre com sua teologia "a caminho" e abrigando novos modismos a cada década (ou mesmo a cada ano).
Quem pensa que pentecostais não fazem teologia ou são anti-intelectuais é mal intencionado ou nunca ouviu falar de Myer Pearlman, Donald Gee, Stanley Horton, George Wood e tantos outros que poderiam ser mencionados, mais faltaria espaço; e, no caso brasileiro, de exemplos emblemáticos como os dos missionários Samuel Nyström (escandinavo) e Lawrence Olson (norte-americano), do brasileiro Emílio Conde, do pastor Antonio Gilberto, e de tantos outros do passado e do presente. E o que dizer da CPAD, a "Editora da Escola Dominical", como é conhecida em todo o Brasil e fora do país?
Graças a Deus, César, que aos poucos essa má compreensão está sendo dissipada. E você também faz parte dessa história, como integrante da nova geração de pensadores pentecostais.
Feliz 2008 para você e toda a sua família! E parabéns pelo novo livro!
Um abraço!
Olá Pastor, meu nome é Joabe e sou Da Assembleia de Deus Bela Vista no Ceará. Eu li alguns artigos do Senhor e gostei muito mas eu queria saber sua opinião sobre Livre arbitrio se o homem tem ou não e tambem sobre se a graça de Deus é irresistivel. Já grato fique na Paz do SENHOR Jesus Cristo!E que o senhor e sua familia tenham um 2008 abençoado.
Pr Silas, não o conheço pessoalmente, mas Deus me abençou ao conhecer seu blog. Apesar de não conhecê-lo pessoalmente acredito na sua honestidade pessoal e teológica.
Com respeito as várias traduções da bíblia eu gosto muito da tradução ARA, mas vejo muitas críticas a respeito dessa tradução, eu uso a versão Edição Contemporânea da bíblia para a leitura no púlpito, não gosto da linguágem de hoje, e estou amando a NVI, mas sempre acompanho com a sua leitura com a Edição Corrigida e Fiel ao Texto Original.
Fico com dúvidas de qual tradução devo ler no púlpito sem me preocupar com erros e omissões no texto bíblico.
Obs: Fico feliz com a maneira de como Pr Silas responde a maioria dos comentários são poucos os blogues que levam isso tão a sério. Parabéns Pr silas.
Vamos aguardar com ansiedade tal lançamento. Feliz 2008, na paz daquele que tem somente ele todas as coisas sob seu controle!
Caro irmão Joabe, a Paz do Senhor!
Eu entendo à luz da Bíblia, como milhões de outros irmãos em Cristo no Brasil e no mundo (denominados de arminianos), que o homem não regenerado é escravo do pecado e incapaz de servir a Deus com suas próprias forças (Rm 3.10-12), mas, por ainda ter em si resquícios da imagem de Deus, ele tem a capacidade (livre-arbítrio) de, mesmo no estado caído, corresponder com arrependimento e fé quando Deus o atrai a si.
Note a ênfase: a iniciativa é sempre de Deus, já que o homem, em seu estado caído, não pode e não quer tomar a iniciativa. Ele precisa primeiro ser convencido para depois ser convertido, e quem convence o homem é o Espírito Santo (Jo 16.8-11). É Deus, portanto, quem desperta o desejo de salvação no homem (Jo 6.44; At 16.14). Tal desejo, porém, depois de despertado, pode ser resistido (2Cr 15.2; 1Tm 4.1; 2Tm 2.12; Hb 3.7-19 e 10.23-29; Tg 4.8). Se o homem aceita a oferta de Salvação, Ele é salvo por Deus e o Espírito Santo opera a regeneração em sua vida. Assim como a iniciativa para a salvação é sempre de Deus (Ef 2.4-9), a regeneração é operada tão somente por Deus. Não é pelas próprias forças do homem que ocorre a regeneração, mas pelo poder do Espírito Santo (Tt 3.3-7).
Em síntese: o livre-arbítrio é claro em toda a Bíblia (Dt 30.19; Js 24.15; 1Rs 18.21; Is 1.19,20; Sl 119.30; At 10.43; Jo 1.12; Jo 6.51), mas não é o livre-arbítrio que salva o homem. Crer que o livre-arbítrio nos dá o poder de salvarmo-nos é Pelagianismo, e isso é heresia. É Deus quem opera a Salvação no homem e o transforma pelo poder do Espírito Santo quando o homem aceita a Salvação. E perceba que a existência do livre-arbítrio não anula a soberania de Deus, pois mesmo no livre-arbítrio há a soberania divina, pois foi Deus quem deu essa capacidade de escolher ao homem, capacidade esta que é resquício da imagem divina nele. Deus, em sua soberania, criou homens livres.
Só querer a Salvação (no caso de o homem decidir querer) não é suficiente para a regeneração acontecer, mas esse querer é a resposta certa para que o Espírito Santo, que opera a regeneração, comece a efetuar a regeneração na pessoa que crê. Dizendo o mesmo, mas em outras palavras: Querer (a Salvação) não é poder (para ser salvo), mas, sim, a resposta certa e o sinal verde para que o Espírito Santo (que tem o poder de regenerar) opere a regeneração na vida da pessoa.
Sabemos, pela Palavra de Deus, que esse querer a Salvação é despertado no homem por Deus, que é quem toma a iniciativa, posto que o homem não tem condições de tomar iniciativa sem a ação divina. Porém, isso não significa que não existe livre-arbítrio. Esse querer do homem é uma reação aos apelos do Espírito de Deus, e não fruto de alguma destinação incondicional desse homem à Salvação.
À luz da Bíblia, entendo que a eleição divina não é uma escolha arbitrária de Deus, mas fruto de sua presciência (Rm 8.29,30). Deus quer que todos se salvem (At 10.34 e 17.30-31; 1Tm 2.4; 2Pe 3.9 e Rm 11.32), mas os escolhidos de Deus são aqueles que O aceitaram (Jo 7.37-38 e Ap 22.17), cuja decisão já era conhecida por Deus por ser Ele onisciente e presciente, isto é, sabe de todas as coisas antes de todas as coisas acontecerem.
A Bíblia sempre fala de predestinação à vida eterna “em Cristo”. A Epístola de Paulo aos Efésios mostra isso. Aliás, os termos “em Cristo Jesus”, “no Senhor” e “nEle” ocorrem 160 vezes nos escritos de Paulo, sendo que 36 vezes só em Efésios, onde está o recorde. Ou seja, se queremos entender bem Efésios, devemos começar a atentar para a palavra-chave dessa epístola: “em Cristo”. Ora, mais de uma vez é dito em Efésios 1 que a predestinação ocorre "em Cristo", "nEle". Ou seja, a predestinação e a eleição não são para estar em Cristo. A predestinação e a eleição estão em Cristo.
Clarificando: para aqueles que estão em Cristo está destinado desde a fundação do mundo a Salvação. Igualmente, a quem não estiver nEle, a perdição. Enquanto você estiver nEle, seu destino é o Céu. Enquanto não estiver nEle, o Inferno. O critério é estar nEle. Como afirma Paulo, Deus nos elegeu “para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle” (Ef 1.4), mas Cristo só vai “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do Evangelho” (Cl 1.22,23). Está claro: a eleição é condicional. E qual a condição? Estar em Cristo: “...nos elegeu nEle...” (Ef 1.4).
À luz da Bíblia, entendemos também que a Expiação é universal, mas qualificada, isso porque a Bíblia diz que Cristo morreu por todos (Jo 3.16 e 6.51; 2Co 5.14; Hb 2.9; 1Jo 2.2), mas também afirma que a Sua obra salvífica só é levada a efeito naqueles que se arrependem e crêem (Mc 16.15,16; Jo 1.12). Sintetizando: a Expiação de Cristo é suficiente, mas só se torna eficiente na vida daqueles que sinceramente se arrependem de seus pecados e aceitam a Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador de suas vidas. Conquanto existam passagens bíblicas que afirmam que Cristo morreu pelas ovelhas (Jo 10.11,15), pela Igreja (At 20.28 e Ef 5.25) ou por “muitos” (Mc 10.45), a Bíblia também afirma claramente em muitas outras passagens que a Expiação é universal em seu alcance (Jo 1.29; Hb 2.9 e 1Jo 4.14), o que deixa claro que as passagens que dão uma idéia de ela ter sido limitada nada mais são do que referências à eficácia da Expiação e não ao seu alcance. Ou seja, a Expiação de Cristo foi feita para toda a humanidade, mas só os que a aceitaram usufruem de sua eficácia.
“E Ele [Jesus] é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1João 2.2).
Outro detalhe: o fato de a Expiação só ter sido crida, aceita e aplicada em muitos e não em todos não significa que ela tem sua eficácia comprometida, como alguns podem pensar. O fato de muitos usufruírem dela já demonstra sua eficácia. Ela só não seria eficaz se ninguém se salvasse por ela. A Bíblia apenas frisa a eficácia da Expiação em passagens onde os que crêem em Cristo são associados natural e enfaticamente à obra expiadora (Jo 17.9; Gl 1.4; 3.13; 2Tm 1.9; Tt 2.3; 1Pe 2.24). A eficácia não está necessariamente na salvação de todos, mas na consecução da Salvação. Se alguém foi salvo por essa Expiação, esta foi eficiente. Não houve “desperdício” pelo fato de seu alcance ser universal mas nem todos serem salvos. Além disso, se crermos que a Expiação de Cristo é limitada, o que seria um sacrifício que proporcionasse uma Expiação Ilimitada? Jesus sofreria um pouco mais na cruz?
Outro fato: uma Expiação Limitada pode ser uma contradição ao ensino bíblico de que Deus não faz acepção de pessoas (Dt 10.17 e At 10.34). Deus é soberano, mas isso não significa dizer que Ele fará alguma coisa que contradiga o seu caráter santo e amoroso.
Lembremos que uma hermenêutica (interpretação da Bíblia) prudente interpreta uma passagem ou passagens observando o contexto geral sobre o assunto na Bíblia. A Bíblia se explica por meio dela mesma. Portanto, se ela afirma que Deus é santo, justo e amor, e não faz acepção de pessoas; e que Deus quer que todos se salvem e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1Tm 2.3,4); e que a Expiação foi por “todos” (1Tm 2.6; Hb 2.9); logo as passagens em que há alusão a “muitos” devem ser interpretadas à luz dessas outras que mencionamos. O resultado é que as passagens que aludem a “muitos” não se referem ao alcance da Expiação, que é universal, mas à eficácia dela para os “muitos” que a receberam por fé.
Não se pode simplesmente desconsiderar o significado óbvio dos textos sem ir além da prudência exegética. Quando a Bíblia diz que “Deus amou o mundo” (Jo 3.16) ou que Cristo é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29) ou que Ele é “o Salvador do mundo” (1Jo 4.14), significa isso mesmo. Em texto algum do Novo Testamento, a expressão “mundo” se refere à Igreja ou aos eleitos. Escreve o apóstolo João, referindo-se a Cristo e à Expiação: “E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1Jo 2.2). Ou, como disse o teólogo H. C. Thiessen, analisando o pensamento do Sínodo de Dort: “Concluímos que a Expiação é ilimitada no sentido de estar à disposição de todos, e é limitada no sentido de ser eficaz somente para aqueles que crêem. Está à disposição de todos, mas é eficiente apenas para os eleitos” (Lectures in Sistematic Theology, Grand Rapids, 1979).
À luz da Bíblia, entendo ainda que a graça de Deus pode ser resistida (Hb 3.7-19; 10.23-29; 10.39 e 12.25; At 7.51 e 13.46; Mt 23.37; 2Pe 2.1,2,20,21; 2Cr 15.2; 1Tm 4.1; 2Tm 2.12; Tg 4.8). É equivocado pensar que Deus não é absolutamente soberano se concede ao homem o livre-arbítrio, ou seja, uma vontade livre para escolher ou não a Salvação. O livre-arbítrio existe pela soberania de Deus. Deus, na Sua soberania, decidiu que Jesus morreria por todos e que todos, mesmo vivendo sob o pecado, teriam o livre-arbítrio para decidirem-se a Cristo ou não e, assim, não fossem inescusáveis. Isso é justo, amor e graça (Is 1.18-20).
Enfim, à luz da Bíblia, entendo ainda que o homem pode cair da graça. Há uma profusão de textos bíblicos que confirmam isso (Mt 24.12,13; Lc 9.62 e 17.32; Jo 15.6; Rm 11.17-21; 1Co 9.27; Gl 5.4; Ap 3.5; 1Tm 1.19 e 4.1; 2Tm 2.10,12; Hb 3.6,12,14; 2Pe 2.20-22; 1Co 15.1-2 e 2Co 11.3-4). Porém, à luz da Bíblia também entendemos que se o cristão cultivar sempre a sua vida espiritual, fortalecer-se em Deus, ele com certeza perseverará até o fim (Ef 6.10-18).
Mais uma observação, irmão Joabe: essas convicções abalizadas nas Escrituras não me levam, porém, a dizer que um irmão calvinista seja um herege. As doutrinas bíblicas fundamentais são por ele respeitadas, a não ser que ele seja um calvinista fatalista. Por quê? Porque o cristão calvinista não-fatalista discorda conosco apenas no que concerne à mecânica da Salvação e não quanto ao método da Salvação, e seu comportamento como cristão (se realmente ele for um crente fiel e não um crente relaxado) é totalmente bíblico: procura viver uma vida de santidade, evangeliza, faz missões, clama por avivamento, etc, como qualquer bom cristão arminiano. Essa visão de que todo cristão calvinista não se preocupa em viver uma vida de santidade, não evangeliza, não faz missões, é totalmente equivocada. Os calvinistas fatalistas é que são assim, e eles não são maioria entre os calvinistas (graças a Deus!). Se o irmão quiser saber mais sobre isso, favor ler minhas respostas a comentários de alguns leitores registradas no espaço de comentários da postagem “Reforma Protestante: 490 anos depois, retrocesso”, datada de 9 de outubro de 2007.
No mais, um feliz 2008 para o irmão e toda a sua família!
Caro irmão Josélio,
Obrigado por suas palavras de motivação. Como já falei sobre a ARA, ela é, no todo, uma excelente tradução; só em algumas poucas passagens dela é que ainda é preferível a ARC. O ponto negativo da ARC é apenas a linguagem um pouco arcaica que utiliza (e que é o ponto principal da vantagem da ARA sobre a ARC), mas sua tradução é excelente. A NVI é boa, mas com sérias ressalvas. Enfim, cada uma tem o seu valor, mais umas, indiscutivelmente, bem mais que as outras.
Na minha modesta opinião, o irmão pode usar as duas mais populares (ARC e ARA) sem preocupações, e a BLH e a NVI com alguma ressalva (dependendo das passagens bíblicas a serem lidas).
P.S.: Esta semana ainda publico minha pequena lista de biblioteca ideal, como o irmão pediu.
Caro irmão Daladier,
Cremos que "A Sedução das Novas Teologias" será uma bênção para milhares de vidas. Feliz 2008 ao irmão também e a toda a sua família!
Silas, parabéns pelo livro. Gostei da capa e do tema. Aproveito para desejar a você e a Lília um 2008 maravilhoso, abençoado em todas as áreas da vida de vocês. Obrigada pela vista no blog.
Ah, aproveite o restinho das férias porque tem "palha" aqui te esperando (rsrsrs).
Caro Pastor Silas Daniel
Muito obrigado pela resposta exaustiva. Mas segundo alguns teólogos(principalmente Calvino em suas Institutas) recomendou a não utilização do termo “Livre Arbítrio” , visto que tem um significado amplo. Em uma nota da Bíblia de Estudo de Genebra (R. C. Sproul) fala que “O termo “livre arbítrio” foi definido por mestres cristãos do século II e de séculos posteriores como a capacidade de escolher nenhuma das opções morais oferecidas em dada situação. Agostinho ensinou que essa capacidade se perdeu na queda. Essa perda é parte do peso do pecado original. Depois da queda, nosso coração natural não está mais inclinado para Deus; ele está escravizado sob o jugo pecado e não pode livrar-se dessa escravidão a não ser pela graça da regeneração. Esse modo de entender a escravidão da vontade é ensinado por Paulo em Rm 6. 16-23. Podemos dizer com certeza que Adão tinha poder de escolher o contrário. Sua posição pode ser expressa pelas palavras : Posse peccare non pecare. Mas quando ele caiu, perdeu tal poder. Sua vontade ficou escravizada à sua natureza corrupta e ele permaneceu livre apenas no sentido de desejar de acordo com os ditames de seu coração iníquo. Isso não desculpa o homem, pois ele próprio causou esta condição pela parte que teve no pecado de Adão . Deus não pode mudar suas exigências com respeito ao homem simplesmente por ele ter perdido a capacidade de escolher o contrário . Ele ainda espera que o homem responda por sua conduta . O homem ainda pode, na realidade fazer escolhas que o levem a uma melhora externa temporária, mas nada pode fazer para conseguir uma mudança permanente de sua vontade e natureza. Não pode tomar a iniciativa na salvação – Deus tem que fazer isso.” Ele defende a livre agencia , mas não o livre arbítrio . Nesse ponto eu concordo com ele ,porque o homem não pode viver sem pecar. Quanto a graça , eu concordo plenamente com o senhor. Pois também tendo a ser Arminiano (mesmo não 100%).
Já Grato,
Joabe
Obrigado, Eveline!
No meio da semana que vem já estou de volta das férias. Um abraço no pessoal da Redação!
Caro Joabe,
No espaço para comentários em postagens mais antigas deste blog, quando o assunto era o Teísmo Aberto, expliquei aos leitores que o calvinismo não usa o termo livre arbítrio, por entender que o que existe mesmo é uma livre agência, e não um livre arbítrio. Nós, denominados arminianos, cremos, contudo, que existe sim um livre arbítrio e não uma mera livre agência (por isso, embora às vezes usemos este termo, preferimos o outro). E isso não é fruto de mera elucubração filosófica, mas de várias passagens das Sagradas Escrituras que nos mostram isso. Exemplos:
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida para que vivas tu e a tua semente” (Dt 30.19)
“E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve diga: Vem. E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida” (Ap 22.17)
“Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações...” (Hb 3.7,8)
“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: o cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao seu espojadouro de lama” (2Pe 2.20-22)
“Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei: da graça tendes caído” (Gl 5.4)
Poderia citar uma infinidade de outros versículos. Nós, denominados arminianos, não vemos, sinceramente, problema algum em crermos que o ser humano tenha, sim, um livre arbítrio, em vez de uma mera livre agência, porque cremos que a existência de uma livre agência em nada fere a soberania de Deus, como já afirmei. A compreensão teológica de Calvino era, porém, diferente, inspirada em Agostinho, que deu os primeiros passos no que chamamos hoje de calvinismo (que, a bem da verdade, é mais do que graça irresistível, eleição incondicional e os outros pontos da “Tulip”). Agostinho desenvolveu essa compreensão teológica em meio ao intenso e caloroso debate com Pelágio, que defendia que o ser humano pode ser santo por suas próprias forças, o que se constitui uma tremenda mentira. No calor do debate, na ânsia de defender a doutrina bíblica, Agostinho acabou radicalizando um pouco. Séculos depois, durante a Reforma Protestante, a ênfase na graça de Deus para a nossa Salvação fez com que os reformadores redescobrissem e enfatizassem Agostinho, que foi fonte de inspiração tanto para Lutero quanto para Calvino. Daí, naturalmente, surgiu o que chamamos de calvinismo.
Perceba, Joabe, que nós, denominados arminianos, em nenhum momento discordamos dos fatos de que é Deus quem toma a iniciativa e de que nós, seres humanos, pecadores inatos, não temos forças em nós mesmos para mudar, para sermos regenerados. É Deus quem convence, é Deus quem desperta, é Deus que chama, etc. Porém, cremos que a graça pode ser resistida, que há pessoas que recusam ao chamado divino e que há a possibilidade de alguns, mesmo respondendo positivamente à graça, mais à frente, decaírem da graça (Gl 5.4). Não que a Salvação seja algo tão frágil como muitos erroneamente crêem. Cremos, à luz da Bíblia, que a Salvação não se perde facilmente. Porém, à luz da mesma Bíblia, cremos que existe uma possibilidade de alguém decair da graça.
Nós, arminianos, enfatizamos que o pelagianismo é uma heresia e consideramos o calvinismo não-fatalista apenas um exagero (já o calvinismo fatalista é heresia mesmo). Por sua vez, os calvinistas não-fatalistas, que nos chamam de “semi-pelagianos”, não nos vêem como hereges, mas apenas como cristãos com uma compreensão “imperfeita” da mecânica da Salvação. Por sua vez, nós consideramos a visão deles sobre a mecânica da Salvação imperfeita também. Porém, muitos deles reconhecem, como nós também, que a correta compreensão da mecânica da Salvação não é o mais importante, mas, sim, a compreensão correta do método da Salvação e a forma como, segundo as Sagradas Escrituras, devemos reagir ao Dom da Salvação: evangelizando, fazendo missões, pregando o Evangelho a toda criatura, procurando viver uma vida de santidade com o auxílio indispensável do Espírito Santo, clamando por avivamento, ajudando o próximo, etc.
Um abraço!
Olá olha eu aqui mais uma vez!(rsrsrsr)
Eu já falei que simpatizo mais com a teologia Arminiana, entretanto não a sigo plenamente e prefiro ficar com o que entendo de minha leitura da Bíblia .
Não creio que alguém que é escravo do pecado e morto espiritualmente tenha condição de ter tamanha liberdade(Livre arbítrio) . O homem antes da Queda tinha poder para pecar e poder para não pecar(Posse peccare non pecare) entretanto hoje o homem não pode viver sem pecado, já que o pecado esta intrínseco na natureza pecaminosa do homem. Quanto às escolhas que Deus propõe ao homem , este só pode realizá-las com a ajuda do Espírito. “Ninguém pode vim a mim se o Pai,que me enviou, não o trouxer e eu o ressuscitarei no ultimo dia” (Jo 6.44) ;“[...] ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo.” (I Co 12.3)”; “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como realizar , segundo a sua boa vontade.” (fp 2.13). Analisando Rm 6.16-23,na minha concepção, não resta espaço para Livre arbítrio, já que o homem sem Deus é servo do pecado , e um servo não tem liberdade. Eu creio que a graça de DEUS opera nos seus filhos, para produzir neles tanto o desejo quanto o poder para cumprir a sua vontade. Mesmo assim, a obra de DEUS dentro de nós não é de compulsão, nem de graça irresistível. A obra da graça dentro de nós ( 2 Tm 4.18; Tt 3.5-7) sempre depende da nossa fidelidade e cooperação.
Como crentes salvos pela graça, devemos concretizar a nossa salvação até o fim. Se deixarmos de fazê-lo,nós a perderemos. Não desenvolvemos a nossa salvação por meros esforços humanos, mas por meio da graça de DEUS e do poder do ESPÍRITO SANTO que nos foram outorgados. A fim de desenvolvermos a nossa salvação, devemos resistir ao pecado e atender os desejos do ESPÍRITO SANTO em nosso íntimo. Isso envolve um esforço contínuo e ininterrupto, de usar todos os meios determinados por DEUS para derrotarmos o mal e manifestarmos a vida de CRISTO. Sendo assim, concretizar a nossa salvação é concentrar-nos na importância da santificação ( Gl 5.17 ). Operamos a nossa salvação, chegando cada vez mais perto de CRISTO ( Hb 7.25 ) e recebendo seu poder para querer e efetuar a boa vontade de DEUS (ver Fp 2.13 ). Deste modo, somos "cooperadores de DEUS" (1 Co 3.9) para a nossa completa salvação no céu. Desenvolver a nossa salvação é tão vital que deve ser feito "com temor e tremor".
A que o senhor se refere quando fala sobre “calvinismo fatalista” ? Seria sobre Supralapsarianismo , Infralapsarianismo ou Amiraldismo que está se referindo ?
Já que foi falado sobre pelagianismo também, eu acredito que muitos pregadores hodiernos o defendem sem perceber pois falam tão bem do Livre-arbitiro. O que o Senhor me diz sobre isso ?
Obrigado pelas respostas e pelas replicas , espero não ta sendo muito prolixo e chato (rsrsrsr). Só mais uma coisinha ,o senhor tem MSN , orkut e-mail ?
Já grato, que Deus continue lhe abençoando e se levante mais homens com conhecimento que compartilhem a profundidade das ESCRITURAS com os mais simples .
Fique na Paz do Senhor Jesus!
P.S.: Apague o post acima, pois era só um rascunho ok? O original é este.
Olá, Joabe!
Não precisava repetir. Entendi que, conforme suas inferências ao ler as Sagradas Escrituras, o irmão simpatiza mais com a teologia arminiana, seguindo-a não plenamente, mas em parte. Mas, atendendo ao pedido do irmão, quero clarificar mais ainda alguns pontos mencionados.
O irmão diz: “Não creio que alguém que é escravo do pecado e morto espiritualmente tenha condição de ter tamanha liberdade (Livre arbítrio)”. Mas a liberdade que o homem tem não é tamanha! Logo, percebo que nossa discordância é, na verdade, aparente e advinda justamente de uma compreensão diferente do que seja esse livre arbítrio que o homem tem (a compreensão que o irmão tem de livre arbítrio é segundo a visão calvinista). O livre arbítrio, como crêem os arminianos, não significa liberdade para deixar de pecar. Se significasse isso, essa liberdade seria absoluta. Mas não é. Como diz a Bíblia, quem não passou pela regeneração é “escravo do pecado”. O livre arbítrio, conforme o arminianismo entende o termo, não significa, como já falei, algo do tipo “querer é poder”. Significa que Deus fez o ser humano com liberdade de escolha (isso é livre arbítrio), e não com liberdade em si mesmo para se libertar do pecado. Rui Barbosa foi quem disse que “querer é poder”. Mas na Bíblia tal afirmativa é falsa, como o próprio texto de Romanos 6, que o irmão citou, afirma. E esse mesmo texto corrobora a livre escolha. Perceba que o texto de Romanos não nos diz que Paulo não queria fazer o bem, mas, sim, que ele não conseguia fazer o bem que desejava. Ele havia escolhido em seu coração fazer o bem, mas não conseguia que seu desejo se torna-se realidade, porque ele era escravo do pecado. A natureza pecaminosa, inata, o levava para o pecado.
Pelágio pensava que nós éramos pecadores simplesmente porque pecamos, por isso cria que o ser humano poderia, se desejasse, deixar de pecar, ter uma vida de santidade por suas próprias forças, como se querer fosse poder. Porém, o que Pelágio se esqueceu é que a Bíblia nos mostra que nós não somos pecadores porque pecamos; nós pecamos porque somos pecadores. Já nascemos com uma tendência natural para o pecado. Por isso, mesmo que desejemos não pecar, mesmo que escolhamos não pecar, não conseguiremos nos libertar do pecado por nossas próprias forças. Só pela ação do Espírito Santo.
Então, não basta eu escolher ser salvo, desejar ser salvo, para ser salvo. Sem a ação do Espírito Santo aplicando o sacrifício de Cristo em nossas vidas, sem a regeneração, não posso e não sou salvo. Portanto, não discordo de Agostinho quando ele fala de poder para pecar e poder para não pecar (perceba que ele não fala de querer, mas de poder, porque querer não é poder). Concordo com ele plenamente que ninguém tem o poder de parar de pecar. Aliás, tanto não discordo de Agostinho nesse ponto que mencionei esse ensino seu, aprovando-o inteiramente, em meu segundo livro, o primeiro lançado pela CPAD (em 2000): “Reflexões sobre a alma e o tempo”. Há oito anos, na página 157 deste livro, eu já citava essas palavras de Agostinho e afirmava que o que ele dissera é “muito certo”. Discordo de Agostinho apenas quando ele defende que a graça é necessariamente irresistível.
Então,que fique claro: o livre arbítrio não é liberdade de poder, mas liberdade de escolher.
Por isso, ninguém pode, por suas próprias forças, vir a Jesus, senão aqueles que o Pai trouxer pela ação do Espírito Santo. É Deus quem efetua em nós tanto o querer como o realizar. A Bíblia assevera isso e a experiência comprova. Só desejamos porque, um dia, ouvimos o Evangelho. A pessoa só pode querer vir a Jesus depois de ouvir a mensagem do Evangelho, e não pode vir se não for pelo mesmo Espírito Santo que despertou seu querer pela mensagem do Evangelho ouvida. Sem dúvida alguma, ninguém pode dizer: “Senhor Jesus!”, senão pelo Espírito Santo. O mesmo Espírito Santo que operou o querer é o único que pode operar o realizar.
Por meio da Palavra, o Espírito Santo despertou em nós o querer. Agora, perceba: esse querer não é fruto de um esmagamento da vontade humana, de uma escravização dos nossos sentidos, de uma graça irresistível. Esse querer foi despertado, provocado. Deus convidou, chamou, instigou, provocou, despertou, convenceu. Isso fica ainda mais claro quando lemos a Parábola do Semeador (Mt 13). Essa parábola de Jesus mostra que quando esse querer despertado é sincero e persistente, não sendo sufocado pelos problemas desta vida ou pelos prazeres desta vida, então Deus, que já operara o querer, operará o realizar, fazendo com que a semente gere uma árvore que dê frutos, alguns 30, outros 60, outros 100 (Mt 13.23). Diz Jesus que a semente que caiu em pedregais representa alguém que ouviu a Palavra e a recebeu “com alegria”, porém veio a angústia, a perseguição, e a planta morreu, porque faltou-lhe raiz (Mt 13.21). Ele fala ainda de outros que são como a semente que cai entre os espinhos, que recepciona a Palavra em seu coração também, mas seu desejo, seu querer despertado foi sufocado pela sedução das riquezas (Mt 13.22). Deus despertou-lhes o querer, mas o efetuar só foi possível naqueles onde o querer mostrou-se sincero e persistente. “Senhor, aquilo que eu quero fazer eu não consigo fazer. Eu quero fazer! Eu ouvi Tua Palavra, a entendi e quero viver Tua vontade em minha vida. Não consigo, mas quero. Portanto, ajuda-me!” Então, Deus, que já operara o querer, operará agora o realizar.
E em seguida (fazendo minhas as suas brilhantes palavras), “como crentes salvos pela graça, devemos concretizar a nossa salvação até o fim. Se deixarmos de fazê-lo, nós a perderemos. Não desenvolvemos a nossa salvação por meros esforços humanos, mas por meio da graça de DEUS e do poder do ESPÍRITO SANTO que nos foram outorgados. A fim de desenvolvermos a nossa salvação, devemos resistir ao pecado e atender aos desejos do ESPÍRITO SANTO em nosso íntimo. Isso envolve um esforço contínuo e ininterrupto de usar todos os meios determinados por DEUS para derrotarmos o mal e manifestarmos a vida de CRISTO. Sendo assim, concretizar a nossa salvação é concentrar-nos na importância da santificação (Gl 5.17). Operamos a nossa salvação, chegando cada vez mais perto de CRISTO (Hb 7.25) e recebendo seu poder para querer e efetuar a boa vontade de DEUS (ver Fp 2.13). Deste modo, somos ‘cooperadores de DEUS’ (1Co 3.9) para a nossa completa salvação no céu. Desenvolver a nossa salvação é tão vital que deve ser feito ‘com temor e tremor’”. Perfeito!
Na verdade, como o irmão pode ver, o que há é uma aparente discordância. Basicamente, uma interpretação diferente do que seja esse livre arbítrio do homem. É por isso que, hoje em dia, justamente para evitar confusão, muitos arminianos nem usam mais o termo livre arbítrio, preferindo o termo livre escolha, que vai direto ao ponto.
Quanto ao que quero dizer quando falo de “calvinistas fatalistas” (termo que não inventei), não queria ser repetitivo neste blog, por isso pedi para o irmão dar uma olhada em comentários meus de postagens anteriores do “Verba Volant Scripta Manent”. Mas não tem problema. Se é para esclarecer, vamos definir novamente: um calvinista fatalista é o que alguns calvinistas também chamam de “calvinista determinista”. Trata-se de um calvinista que fica passivo diante da História e da vida, porque acredita que todos os seres humanos são meros autômatos; que todos os atos dos seres humanos não fazem a menor diferença; que se tudo está determinado, não adianta se preocupar com “confirmar a Salvação” ou “evangelizar o mundo”. O raciocínio dele é: “Se Deus já sabe quem vai ser salvo e quem não vai, para que eu me importar com evangelização? Por que me preocupar com santificação?” Os calvinistas genuínos, porém, não são assim. Eles afirmam: “Não compreendemos perfeitamente como a responsabilidade humana coexiste com a soberania divina, mas sabemos que as duas existem, constituindo um paradoxo, mas não uma contradição. Sua coexistência é um mistério como a Doutrina da Trindade, que sabemos que existe, mas não conseguimos explicar perfeitamente”. Por isso, fazem missões, evangelizam; crêem que sua responsabilidade é fazer diferença, que seus atos não são fictícios (de pessoas autômatas), mas reais e fazem a diferença mesmo; e procuram “confirmar a Salvação”, viver uma vida de santidade com o auxílio do Espírito Santo.
Sobre o pelagianismo, concordo com o irmão também que alguns pregadores hodiernos o defendem sem saber, mas não porque falam tão bem do livre arbítrio, mas sim porque falam equivocadamente do livre arbítrio (como percebe, aqui tivemos uma aparente discordância mais uma vez, e aparente justamente devido aos entendimentos diferentes do que seja o livre arbítrio do homem; esclarecido isso, a discordância, mais uma vez, desvanece). Um arminiano nunca aprovará o pelagianismo. Quando os arminianos começaram a crescer no século 17, os calvinistas os chamavam equivocadamente de pelagianos, apesar de os arminianos afirmarem com todas as letras que o pelagianismo é heresia e que o chamado arminianismo nada tem a ver com o pelagianismo. Tempos depois, os calvinistas passaram a chamar os arminianos não mais de pelagianos (reconhecendo o erro), mas de “semi-pelagianos”.
Bem, se o irmão acredita ser mais inteligível, à luz da Bíblia, uma livre agência no sentido calvinista, é uma alternativa. Porém, acredito, lendo a Bíblia, que essa livre agência consiste em uma livre escolha, o que nós, arminianos, não temos problema de chamar de livre arbítrio (justamente por essa liberdade não ter nada a ver com poder, mas com querer, que é despertado sob o estímulo e a ação inconfundível do Espírito Santo). Creio ter ficado claro.
Sobre a minha prontidão nas respostas anteriores: De nada! É um prazer responder a todos que teclam por aqui, dentro das minhas possibilidades.
Sobre o MSN, infelizmente, não tenho ainda (também não sei se teria tempo para isso – o blog já suga boa parte do meu tempo, mas tem a vantagem de dar-me a oportunidade de escolher o melhor tempo, dentro da minha agenda diária, para responder aos leitores, enquanto o MSN cobra respostas imediatas. Gosto de escrever com calma e pensando as palavras).
Sobre Orkut, não tenho. Nunca me interessei. Prefiro blog mesmo. E e-mail? Está aqui no meu blog, ao final da minha apresentação ao lado (“Quem sou eu”).
No mais, que Deus continue o abençoando também!
A Paz do Senhor Jesus!
P.S.: Apaguei o post-rascunho.
Caro pastor Silas,
Muito Obrigado mais uma vez!
O senhor não sabe o quanto suas palavras estão sendo esclarecedoras. Eu vou me render e concordar que nossa maior discursão está sendo sobre conceito de Livre arbítrio. Eu acho que estou incluído nos “muitos arminianos nem usam mais o termo livre arbítrio, preferindo o termo livre escolha, que vai direto ao ponto.” E já que o senhor estava dando sugestão de Livros, eu queria sua opinião sobre quais são os melhores livros que falam sobre: Historia da Igreja( de preferência que fale sobre experiências carismáticas ao longo dos tempos), Teologia Sistemática e Hermenêutica ?
Já grato , repito e oro para que Deus levante mais homens com conhecimento e inteligência espiritual que compartilhem das SAGRADAS ESCRITURAS com os mais simples assim como o senhor faz .
Fique na Paz e no amor do Senhor Jesus,que excedi todo entendimento
Caro Joabe,
Para mim é um prazer poder esclarecer, dentro das minhas possibilidades e limitações, as dúvidas dos irmãos.
Bem, sobre as sugestões de livros sobre a História da Igreja, em meu comentário do dia 21 de Dezembro de 2007, às 13:39, já mencionei uma lista, onde acrescentaria ainda uma outra obra: "A Fé Cristã Através dos Séculos", do alemão Bernhard Lohse, Editora Sinodal. Não sei se o livro ainda é publicado. A edição que tenho comigo há mais de dez anos é de 1972. Boa obra.
Sobre sugestão de livros que falam sobre experiências carismáticas ao longo dos tempos, indico uma obra que aparece naquela minha lista também: "Dicionário do Movimento Pentecostal", CPAD, do pastor Isael Araújo, que contém extensos verbetes relacionados ao assunto. Agora, se o irmão deseja uma obra que, entre outras coisas, dá uma visão panorâmica sobre o assunto e num estilo devocional, esta é o clássico "Eles falam em outras línguas", do casal de jornalistas americanos John e Elizabeth Sherrill. O livro foi publicado no Brasil pela primeiora vez pela Editora Betânia no final dos anos 60. Acredito que ainda seja publicado. Tenho um exemplar da primeira edição em casa. É uma obra edificante. Porém, volto a frisar: para um estudo mais aprofundado sobre o assunto, indico o "Dicionário do Movimento Pentecostal".
Quanto à lista de obras de Teologia Sistemática e Hermenêutica, favor aguardar só mais um pouquinho a minha lista que, esta semana ainda, estou publicando aqui, atendendo à solicitação do irmão Josélio.
Um abraço!
Pastor
Muito obrigado pela sugestão dos livros que o senhor já deu e espero as posteriores com apreensão. Eu não sabia que o Dicionário Pentecostal era exaustivo. O meu interesse é em experiências carismáticas ao longo da Historia cristã e principalmente entre os Pais e/ou Reformadores. Eu queria saber se escatologia também é a "área" do senhor ? Queria saber sua opinião se a Igreja vai passar ou não pela Grande Tribulação e também um esclarecimentos sobre as Dispensações.
Em Cristo,
Joabe
Caro Joabe,
De nada! O "Dicionário do Movimento Pentecostal" (CPAD) é uma verdadeira riqueza com quase mil páginas (944, mais precisamente). Vale a pena. Lá você vai encontrar tudo o que você quer saber sobre esse assunto. Mais especificamente, no verbete "Cronologia do Pentecostalismo Mundial" (págs. 231 a 243), que registra as manifestações pentecostais desde o século 1 ao século 20. São 13 páginas dedicadas ao tema, com centenas de referências. Só do século 1 ao século 16 (da Igreja Primitiva à Reforma), há 38 referências a manifestações pentecostais.
Quanto à Grande Tribulação, como o célebre teólogo Stanley Horton (e tantos outros – na verdade, a maioria dos teólogos), acredito que “a corrente pré-tribulacionista encaixa-se melhor com a esperança futura que a Bíblia apresenta” (Stanley Horton in “Teologia Sistemática – uma perspectiva pentecostal”, CPAD, pág. 635). Aliás, para uma maior compreensão do tema, indico para o irmão o livro “O Ensino Bíblico das Últimas Coisas”, CPAD, de autoria do próprio Horton.
Em relação às Dispensações, hoje em dia há muitos pentecostais que já não dão ênfase ao Dispensacionalismo. Particularmente, acho o sistema Dispensacionalista uma forma didática importante para entender o desenvolvimento do plano divino na História, mas ele falha quando dá mais ênfase à plenitude do Reino de Deus no futuro em detrimento da realidade da presença do Reino de Deus hoje, entre nós. Inclusive, ultimamente os pentecostais e, aliás, os teólogos evangélicos de forma geral, têm se dedicado mais ao estudo do conceito bíblico de Reino de Deus e sua implicação mais imediata na vida cristã do que ao Dispensacionalismo. Nas páginas 32 a 38 de “Teologia Sistemática – uma perspectiva pentecostal”, você encontrará uma abordagem mais aprofundada sobre esse assunto feita pelo teólogo pentecostal americano Gary McGee. É minha indicação.
Não devemos desprezar o Dispensacionalismo, mas também não devemos olvidar que o sistema didático dispensacionalista é imperfeito, porque enfatiza só alguns pontos importantes. Um estudo mais amplo do plano divino e da ação de Deus na História à luz da Bíblia exige uma visão um pouco mais ampla do que a visão panorâmica do sistema Dispensacionalista.
Um abraço!
Que Deus abençoe em mais esse desafio. Abraços, Pr. Pedro Lucena.
Caro pastor e amigo Pedro,
É um prazer tê-lo pela primeira vez em meu blog! O "Verba Volant Scripta Manent" tem sido um desafio, mas um desafio prazeroso. A procura por manter a qualidade das postagens, por passar conteúdos relevantes e por interagir com relevância, e tudo isso em um blog de reflexão teológica, é desafiador. Mas, nestes cinco meses e um dia de existência deste blog, posso dizer que é um desafio que tem valido a pena.
Um abraço (estendido a todos os amigos de Angra)!
Caro Josélio,
Finalmente, como prometido, segue a lista. Antes, porém, dois lembretes.
O primeiro é que, como já havia adiantado, trata-se de uma lista o mais básica possível. E como o irmão é assembleiano, apesar de eu citar obras de outras correntes, minha ênfase clara está em obras já consagradas dentro do (ou apreciadas pelo) pentecostalismo clássico. Creio que todo assembleiano deve (sem desmerecer as demais correntes teológicas do evangelicalismo sadio) conhecer melhor o pensamento teológico do pentecostalismo clássico. Por isso cito vários títulos da CPAD.
O outro detalhe é que não cito obras sobre História da Igreja e Apologética porque já havia colocado, inicialmente, uma lista do primeiro tema e o Gutierres, do teologiapentecostal.blogspot.com, já publicou aqui também sua sugestão de obras de Apologética, que achei boa.
Bem, vamos à lista:
Sobre História de Israel, o clássico indispensável “História dos Hebreus”, Flávio Josefo, CPAD, e “História de Israel no Antigo Testamento”, Eugene H. Merril, também da CPAD.
Sobre Bibliologia, uma obra introdutória de qualidade é “A Origem da Bíblia”, vários autores (editor: Philip Wesley Comfort), CPAD.
No ponto Teologia Sistemática, indico “Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal”, vários autores (editor: Stanley Horton), CPAD; “Teologia Sistemática”, Eurico Bergstén, CPAD; “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, Myer Pealman, Editora Vida; “Palestras em Teologia Sistemática”, de Henry Clarence Thiessen, Imprensa Batista Regular; e “Conheça a Verdade”, Bruce Milne, ABU Editora. Se puder, vale a pena ter também clássicos como “Teologia Sistemática”, Louis Berkhof, Editora Cultura Cristã, e a coleção “Teologia Sistemática” de Lewis Sperry Chafer, atualmente publicada pela Editora Hagnos.
Sobre Escola Dominical, indico o clássico “Manual da Escola Dominical”, Antonio Gilberto, e o recente “Marketing para Escola Dominical”, César Moisés, ambos da CPAD. Sobre Educação Cristã de forma geral, indico a série de livros do pastor Marcos Tuler sobre o assunto. Todos os seus livros podem ser encontrados na CPAD.
Bíblias de estudo, indico duas: “Bíblia de Estudo Pentecostal” e “Bíblia Aplicação Pessoal”, ambas da CPAD. Sem dúvida, as melhores Bíblias de estudo no Brasil.
Obras básicas para auxiliar na interpretação da Bíblia: “Guia básico para a interpretação da Bíblia”, de Robert H. Stein, e “Hermenêutica fácil e descomplicada”, de Esdras Costa Bentho, ambos da CPAD. Outra obra que pode auxiliá-lo é “Sombras, Tipos e Mistérios da Bíblia”, de Joel Leitão de Melo, também da CPAD.
Comentários bíblicos, indico (com ressalvas – ou seja, “deve-se comer o peixe jogando fora as espinhas”) as coleções “O Velho Testamento Interpretado Versículo por Versículo” e “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo”, todos de Russel Norman Champlin, publicados pela Editora Candeia. Agora, uma obra de grande qualidade é, com certeza, o “Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento”, vários autores, CPAD. Há muitos comentários bíblicos bons que poderiam ser citados ainda, mas, como se trata de uma biblioteca o mais básica possível, vou citar apenas mais um: o clássico “Comentário Bíblico Beacon”, CPAD.
Na categoria dicionários, indico o “Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento” e o “Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento”, vários autores, Editora Vida Nova; o “Dicionário Vine”, CPAD, e a coleção “Novo Dicionário da Bíblia”, vários autores, Editora Vida Nova.
Sobre espiritualidade, indico os clássicos “Imitação de Cristo”, Tomás de Kempis (publicado por várias editoras, entre elas a Shedd Publicações), e “A Genuína Experiência Espiritual”, Jonathan Edwards, Editora PES; e ainda “Celebração da Disciplina”, Richard Foster, Editora Vida; “Disciplinas do Homem Cristão”, R. Kent Hugues, CPAD; “A Alma em Busca de Deus”, R. C. Sproul, Editora Juerp; “Práticas devocionais”, Elben Lenz César, Editora Ultimato; e “Como vencer a frustração espiritual” e “Reflexões sobre a alma e o tempo” (estes dois últimos da CPAD e de autoria deste blogueiro).
Acerca do estudo sobre Deus, duas obras básicas de qualidade são “O Conhecimento de Deus”, James Packer, Editora Mundo Cristão, e “Mais perto de Deus”, A. W. Tozer, também da Editora Mundo Cristão (esta última é, na verdade, devocional, trazendo reflexões sobre todos os atributos de Deus).
Sobre pensamento cristão, indico “Panorama do Pensamento Cristão”, vários autores, CPAD; “Mentalidade Cristã”, John Stott, Editora Vinde (não sei se ainda está sendo publicado por alguma outra editora); “E agora, como viveremos?” e “O Cristão na Cultura de Hoje”, Charles Colson e Nancy Pearcey, CPAD; “Verdade Absoluta”, Nancy Pearcey, CPAD; “Cristianismo puro e simples”, C. S. Lewis, ABU Editora; “Peso de Glória”, C. S. Lewis, Editora Vida Nova; e “A Abolição do Homem”, C. S. Lewis, Martins Fontes.
Para refletir sobre Ética Cristã, indico como obras básicas “Ética Cristã”, Norman Geisler, Editora Vida Nova, e “Ética”, Dietrich Bonhoeffer, Editora Sinodal. Uma obra prática sobre o assunto é “Ética Cristã”, Elinaldo Renovato, CPAD.
Sobre Missões, “Teologia Bíblica de Missões”, George Peters, CPAD; e sobre Evangelismo, “Esforça-te para ganhar almas”, Orlando Boyer, Editora Vida.
Sobre Arqueologia Bíblica, uma obra básica é “Arqueologia Bíblica”, Randall Price, CPAD (publicada anteriormente sob o título “Pedras que clamam”). Outra boa obra é “Atlas Bíblico”, de Yohanan Aharoni, Michael Avi-Yonah, Anson F. Rainey e Zeev Safrai, CPAD.
Sobre Geografia Bíblica, a obra “Geografia Bíblica”, Claudionor de Andrade, CPAD, atende à necessidade. Sobre Escatologia, uma obra básica de qualidade é “O Ensino Bíblico das Últimas Coisas”, Stanley Horton, CPAD. Poderia citar outras obras sobre esses dois assuntos, mas é que minha lista básica já está se tornando enorme...
Aliás, por esse mesmo motivo, alguns temas mais específicos (como Pneumatologia, Angelologia, Eclesiologia, etc) deixarão de entrar nesta lista; porém, por outro lado, compensando, há o fato de que alguns livros desta lista (como as obras de Teologia Sistemática) tocam, de alguma forma, em todos esses assuntos não mencionados especificamente.
É isso.
No mais, boa leitura!
Caro Pr Silas agradeço de coração por sua ajuda, sinto-me obrigado a todos os dias visitar seu abençoado blog. Seu compromisso com a Palavra de Deus é latente.
Seu nome já faz parte de minha lista de oração diária.
Tentarei adquirir o maior número possível de livros relacionados pelo senhor e pelo o irmão Gutierres para a minha pequena biblioteca pessoal.
Tentarei comprar, no mínimo, dois livros por mês para não comprometer meu orçamento.
Logo logo estarei com minha mini-biblioteca concluída.
Deus o abençoe ricamente. (mais ainda)
Caro Josélio,
Obrigado por suas palavras de apreço e consideração. Dentro das minhas limitações e pela graça de Deus, procuro ajudar a todos. Creio que essas sugestões que apresentei serão bênção para a sua vida. E que Deus também continue abençoando o irmão rica e abundantemente!
E aproveitando, quero dizer a todos os queridos leitores deste blog que o fato de eu já ter publicado aqui minha lista de sugestões para uma biblioteca básica e modesta sobre temas importantes, a pedido do Josélio, não impede de alguém querer acrescentar outras sugestões para a lista. Desde já, obrigado.
Caros leitores,
(Errata republicada e ampliada - apaguei a anterior)
Como já disse ano passado, devido ao fato de ser um homem do texto, sou um pouco meticuloso comigo mesmo quando escrevo. Por isso, costumo reler (quando tenho algum tempo) os comentários que escrevo por aqui, para ver se, de repente, passou despercebido algum erro. Depois de uma breve leitura, publico a errata que se segue:
No meu comentário do dia 19 de dezembro, às 12:09, no segundo parágrafo após a saudação, onde se lê “concertarem”, leia-se “consertarem”.
No meu comentário do dia 24 de dezembro, às 19:13, onde se lê “Como costumo de dizer”, leia-se “Como costumo dizer”.
No meu comentário do dia 3 de janeiro, às 13:29, na quinta linha do sétimo parágrafo, onde se lê “a existência de uma livre agência em nada fere”, leia-se "a existência de um livre arbítrio em nada fere”.
No meu comentário do dia 4 de janeiro, às 17:42, sempre onde aparecer no texto o adjetivo "Dispensacionalista", a grafia correta exige o "D" minúsculo: "dispensacionalista".
Obviamente, sei que todos esses deslizes frutos de mera desatenção em nada comprometeram o entendimento do que disse, e sei também que todos somos (e de certa forma devemos ser) condescendentes com eventuais erros de digitação, tão comuns no mundo virtual, onde há celeridade e não há revisores como nos livros, jornais e revistas. Mas, como já disse, é mania minha.
Obrigado pela atenção.
Não tem mais atualização nesse blog, não???
Caro Paulo,
Entendo sua ansiedade, porém é preciso que você não olvide alguns fatores. Primeiro: eu não apenas mantenho um blog. Tenho também muitas outras atividades. Segundo: Poderia até postar todos os dias (ou quase todos os dias) textos curtos, mas (apesar do autor deste blog ser também um jornalista) este blog não tem um caráter meramente informativo. Antes de tudo, "Verba volant scripta manent" trata-se de um blog de reflexão teológica, onde as tônicas são (a) postar textos mais densos a cada vez e (b) dar um certo tempo entre uma posatagem e outra para que tantos os leitores antigos quanto os novos leitores, e tanto os freqüentes quanto os eventuais, possam "mastigar" melhor o assunto do texto em tela e interagirem com o blogueiro sobre o assunto.
Mas, para seu consolo, anuncio que hoje ainda, provavelmente à noite, estarei postando um novo artigo. Até lá!
O rítimo das postagens de novos artigos está ótimo. Assim, fica bem melhor de assimilar o conteúdo, não precisa escrever artigo todos dias basta manter a qualidade dos que são escritos.
Obrigado, Josélio, pela compreensão. O que não significa, Paulo, que não tenha entendido a sua ansiedade natural.
E aproveitando, Josélio, só um pequeno (e necessário) acréscimo à minha modesta sugestão de lista para uma mini-biblioteca teológica: esqueci de incluir o livro "A Sedução das Novas Teologias" (CPAD), que é a primeira obra evangélica brasileira a abordar apologeticamente temas como Ortodoxia Generosa, Igreja Emergente, Teologia Narrativa, Teologia Quântica e outros modismos neoliberais que aportaram recentemente em nossas plagas. Foi ela que originou esta postagem e já ia esquecendo dela.
P.S.: Uma pequena errata: no meu último comentário, onde se lê "apesar do autor" (na quinta linha), a melhor grafia seria "apesar de o autor"; e onde se lê "posatagem" (na décima linha), leia-se, claro, "postagem".
Caro Brian,
Antes de tudo, obrigado pela sua participação neste espaço. Segundo, desculpe a demora em responder a suas indagações, posto que estive por quatro dias afastado deste blog devido a viagens (Rio-Natal-Guarabira-João Pessoa-Recife-Rio) para atender a compromissos de agenda que consumiram todo o meu tempo de sexta a segunda. Só agora, aqui do computador do trabalho, e num momento de intervalo, tive tempo para responder.
Bem, vamos aos questionamentos:
1) “O senhor acha que a formulação de um index evangélico de doutrinas e livros que devem ser objetos de cuidado pode resolver os problemas doutrinários da Igreja?”
Meu irmão, não sou tolo de achar tal coisa. Primeiro, não sou a Igreja Católica Romana, que publica um index dos livros que devem ser lidos e dos que não devem ser lidos. Além disso, a Bíblia diz: “Examinai tudo. Retende o bem” (1Ts 5.21). Agora, o que todo cristão que tem compromisso com a ortodoxia bíblica pode e deve fazer é, ao se deparar com algum livro que passa ensinamentos equivocados e está gerando dúvidas entre muitos irmãos, expor uma análise crítica dele. Isso não só é normal; é necessário. E é o que faço em meu novo livro: “A Sedução das Novas Teologias”. Eu não digo neste livro (ou em qualquer outro livro meu) ou em qualquer outro lugar: “Não leia o fulano de tal! Não leia o cicrano!” Nunca o irmão lerá tal coisa em meus escritos. Inclusive, cito em abundância trechos desses livros que critico, só que a diferença é que submeto o citado à análise bíblica e lógica. Claro. E cito ainda livros correlatos (indicando-os a meus leitores) para quem quiser pesquisar e saber mais sobre o assunto.
Aliás, se eu defendesse alguma bobagem de “index”, não teria pedido tantas vezes aos caros leitores deste blog para ajudarem-me na sugestão de livros para uma “mini-biblioteca ideal” para o irmão Josélio. Será que alguém hermético pediria isso?
2) “O senhor acha que propagar a discordância quanto à publicação de livros dos quais o senhor discorda, sem mencionar aspectos positivos e úteis, ou até mesmo recomendar a leitura atenta e crítica, é um serviço eficiente à causa do evangelho?”
Caro Brian, eu não discordo quanto à publicação desses livros. Em nenhum momento propus que as editoras evangélicas não publicassem livros liberais no Brasil. Onde você leu isso? O que faço claramente no texto é uma análise de tendências. No trecho ao qual você se refere, apenas analiso esse acontecimento (a publicação no Brasil de livros que divulgam o neoliberalismo teológico que se expande nos EUA nos últimos anos) e o porquê do crescimento desse mercado. Quanto à afirmativa de que eu não apresento comentários positivos em relação a obras de liberais, quero informá-lo que, quando eu encontro algo positivo, sempre registro em meus textos minhas ressalvas positivas. Mas quando não encontro, o que fazer? Inventar algum ponto positivo, só para parecer politicamente correto? Meu compromisso é com o politicamente correto ou com a Palavra de Deus? E mais: em que tais obras têm ajudado na evangelização ou na causa do Evangelho, se algumas delas propõem, por exemplo, que a evangelização e o discipulado não sejam mais a conquista de vidas para Cristo e o ensinamento delas na verdade do Evangelho, mas uma mera ajuda para que um budista se torne um budista melhor, um muçulmano se torne um muçulmano melhor e um hindu se torne um hindu melhor? Como aprovar textos que dizem a bobagem de que pregar o Evangelho às pessoas, na expectativa de se converterem a Cristo e pautarem suas vidas conforme o cristianismo bíblico, é desrespeitar a religião delas?
3) “O senhor acha mesmo que até nos ‘piores’ livros ‘liberais’ não pode ser aplicada a recomendação bíblica ‘aprendei de tudo, retende o que é bom’?”
Nos piores (e não nos “piores”) livros liberais (sem aspas também), é comum não ter mesmo muita coisa que se aproveite. Agora, há livros liberais que não são dos piores, e aí dá para extrairmos deles algumas boas reflexões e informações interessantes. Por exemplo, mesmo não concordando com tudo o que dizem, reconheço que há muita coisa boa em Karl Barth (com sua neo-ortodoxia, que o fazia ser considerado conservador demais pelos liberais) e em Dietrich Bonhoeffer. Já li e tenho alguns livros deles e, de vez em quando, cito algumas de suas frases em meus escritos. A minha preocupação é quando as pessoas chamam o que é claramente liberal de “liberal”.
4) “O senhor acha que estabelecer um padrão doutrinário e escrever livros apologéticos que estabelecem quem são os hereges e quem são os de sã doutrina isentará ambos de erros e desvios?”
Meu irmão, não sou eu quem estabelece o padrão doutrinário. É a Bíblia. Todos sabemos que existem diferenças doutrinárias entre várias denominações evangélicas (sempre em torno de questões doutrinárias secundárias), mas todos também sabemos que existem doutrinas bíblicas que não são secundárias. As doutrinas bíblicas fundamentais são mais do que claras na Bíblia e consistem na espinha dorsal da fé cristã. Não estou escrevendo sobre ataques a doutrinas bíblicas secundárias, mas sobre o ataque a doutrinas bíblicas fundamentais, doutrinas que são igualmente claras para metodistas, presbiterianos, assembleianos, batistas, congregacionais, etc, justamente porque são claras na Bíblia.
Quanto a escrever livros apologéticos, não há problema algum nisso. A prática de ensinar a ortodoxia bíblica e de rebater as heresias é comum na Bíblia. Jesus condenou ensinamentos errados durante o Seu ministério e os apóstolos Paulo e João escreveram epístolas apologéticas (Gálatas, Colossenses e 1João). Não devemos ser influenciados por essa ditadura do politicamente correto, onde não existe verdade absoluta e ninguém pode criticar posicionamentos que divergem das doutrinas bíblicas fundamentais das Sagradas Escrituras. Infelizmente, há até quem diga que “crente não pode julgar”. Quando Jesus disse que não devemos julgar (Mt 7.1), estava se referindo à calúnia, não a alguma necessidade de ficarmos omissos diante de ensinamentos claramente equivocados. Tanto é que, no mesmo capítulo em que afirma isso, Jesus fala dos falsos profetas e de como podemos identificá-los (Mt 7.15-23). A Bíblia e o próprio Jesus afirmam que devemos julgar segundo a reta justiça (Jo 7.24), segundo a Palavra de Deus (At 17.11; 1Co 4.6; Gl 1.8; Sl 138.2).
5) “O senhor acha que esta entidade abstrata chamada pelo senhor de pós-modernidade tem o poder de fazer o que o senhor afirmou (‘afetando negativamente a reflexão teológica do meio evangélico no exterior e, agora, também no Brasil’)?”
Mas é claro que tendências sociais e históricas afetam o pensamento teológico de muitos! Foi assim na Idade Média, foi assim na Modernidade e é assim na Pós-modernidade. O contexto histórico, social e cultural de cada época afeta não só a Teologia, mas muitas vezes todo o corpo das Ciências Sociais. Cabe ao cristão, porém, não se conformar com o mundo (Rm 12.2) e manter-se firmado no que ensina a Palavra de Deus.
6) “O senhor de fato acha que existe uma pós-modernidade???????”
O senhor acha que não???????
7) “O que ajuda no ‘diagnóstico’ dos problemas da Igreja acreditar que a doença do evangelicalismo estrangeiro e nacional provém de um ‘movimento’ ou ‘estigma social’ tão abstrato???”
Caro Brian, todos os problemas da Igreja não estão resumidos exclusivamente à influência da pós-modernidade, à trasladação dos princípios pós-modernos para a reflexão teológica. Nunca afirmei isso. Por exemplo: nessa postagem sobre o meu novo livro, você vai ver que falo sobre os modismos neopentecostais como sendo um outro problema que enfrentamos, só que, como já há muitas obras falando sobre o assunto e em minhas viagens muita gente me abordava pedindo que escrevesse sobre o outro lado (o renascimento do liberalismo teológico em nossos dias com uma faceta mais atraente e sutil), fui inspirado a escrever “A Sedução das Novas Teologias”. O neoliberalismo teológico é só um dos problemas. E a pós-modernidade só entra nessa história porque é ela que proporcionou o ambiente necessário para que o liberalismo teológico renascesse e com uma nova face. E o pior é que esse neoliberalismo está sendo apresentado como alternativa sadia diante do outro problema (os modismos neopentecostais), quando não é. Então, diagnosticar isso é importante, mas não é tudo. É preciso, além de diagnosticar, esclarecer os erros que estão sendo ensinados, não simplesmente dizer o que tem influenciado esses erros. Não basta dizer: “Esses ensinamentos são errados porque são influenciados pela pós-modernidade”. É preciso mostrar na Bíblia porque eles são errados. Sim, porque a pós-modernidade é apenas um contexto, uma conjuntura, que fomenta esses ensinos. E é isso que mais faço em meu livro: apontar, à luz da Bíblia e da lógica, os erros e os perigos desses ensinos equivocados.
8) “O senhor acredita mesmo que tachar alguns de liberais e outros de conservadores é justo? E o senhor acha que pode, sem nenhum receio de errar, exacerbar seu direito de opinião e chegar ao ponto de afirmar que sua obra é de tal envergadura que devemos promovê-la para que pessoas sejam ‘alcançadas, despertadas e alertadas no Brasil sobre os perigos da atual onda de modismos neoliberais teológicos que chegam à nossa nação’?”
Brian, eu não possuo a exclusividade da definição do que seja um conservador e um liberal. Eu não estou estabelecendo o que seja um conservador e o que seja um liberal. Qualquer estudante de Teologia sabe o que é um conservador e um liberal teologicamente. Agora, talvez, o que o surpreenda (mas não surpreende a muitos, que já se aperceberam) é que alguns dos “gurus” da chamada “esquerda evangélica norte-americana”, cujos escritos estão se tornando muito populares hoje em dia, e que posam de equilibrados, são teologicamente liberais. E eu não inventei isso. Isso já tem sido apontado há muito tempo por cristãos nos EUA. E quem já leu os teólogos liberais alemães não encontrou nenhuma novidade nesses livros hodiernos desses “gurus”, apenas reproduções das vetustas idéias daqueles. E quem lê as obras dos liberais agindo como os bereanos (At 17.11) já percebeu que seus posicionamentos não se sustentam à luz das Sagradas Escrituras.
Quanto a seu questionamento sobre o meu direito de escrever um livro discordando, espanta-me como você muda de opinião em poucas linhas conforme a conveniência. Linhas acima, sugeriu que eu estivesse cometendo o absurdo de condenar que as editoras publiquem e as pessoas leiam livros de teólogos liberais. Sugeriu até que eu estivesse pensando em criar um “index”! (sic) Que viagem... Ou seja, você achava que eu estava me opondo ao direito dos outros publicarem, escreverem ou lerem livros com opiniões diferentes; porém, agora diz que eu não tenho o direito de publicar um livro dizendo que discordo do que outros escreveram. Quer dizer, eles têm o direito de publicar livros onde discordam da ortodoxia bíblica, e eu não tenho o direito de publicar um livro em que discordo do que eles escreveram. Se publico um livro que apresenta os erros deles, estou “exacerbando meu direito de opinião”????? O que seria da democracia se todos adotassem a sua concepção de liberdade de expressão? Não quero nem pensar.
E outra coisa: ao usar o termo “envergadura”, está sugerindo que não tenho “capacidade” ou algo que você julgue ser um “status” (ou seja lá o quê) para escrever um livro discordando dos incensados “gurus” neoliberais teológicos? Em outras palavras, você está me dizendo “Quem é você para escrever discordando deles?” Meu irmão, sou um cristão que ama a Bíblia e meus irmãos, e que por isso não poderia deixar de escrever um livro esclarecendo àqueles que estão sendo engodados por essas obras que ferem a ortodoxia bíblica.
E sobre a divulgação do livro, nada mais natural. Se eu tenho um blog e lanço um livro, ainda mais sobre um tema importante, por que não vou divulgá-lo em meu blog? E se esse livro é fruto do pedido de muitas pessoas pelo Brasil, por que não vou pedir aos meus leitores para divulgar a todos que, finalmente, foi publicada uma obra que fala sobre o tema que estavam esperando?
9) “O senhor acredita que está isento de modismos e erros?”
Quem faz como os bereanos (At 17.11) não é levado por qualquer “vento de doutrina”, não vive como “meninos inconstantes” na fé.
10) “Acha que é padrão da doutrina? Ou que tem tamanho poder para compreendê-las que tem também o poder de julgar pensamentos alheios sem fazer ao menos, no decorrer de 300 páginas, nenhuma de autocrítica?”
Eu não sou padrão. A Bíblia é o padrão (1Co 4.6), e minha reflexão teológica está fundamentada nela. Já respondi no tópico 4. Se quiser, releia a resposta. Outro detalhe: o senhor acha que a Bíblia é tão incompreensível assim? Uma mensagem secreta difícil de desvendar e que talvez só agora, milhares de anos depois, uns “gurus” acham que começaram finalmente a decifrar para todos? Para compreender a Bíblia, as doutrinas bíblicas fundamentais, não precisa ter algum dom sobrenatural ou “poder” para compreendê-las.
“Podee para julgar pensamentos alheios”? Essa é boa! Deus discerne os corações, eu não. Eu só julgo o que leio. E foi isso que aconteceu: escreveram, li o que escreveram e escrevi um livro para falar sobre o que escreveram. Aliás, o senhor já leu meu livro? Como, então, está dizendo tanto coisa sobre ele sem ter lido (coisas que, inclusive, nem disse na minha postagem), coisas que, aliás, ao lê-lo (ele está no prelo e deverá estar nas lojas este mês ainda), o senhor não vai encontrar nele? Devolvo a pergunta: O senhor tem algum “poder de julgar pensamentos alheios”? Ou será pré-conceito mesmo? Algo do tipo: “Não li e não gostei”.
Outro detalhe: “Autocrítica”!?!? Você já viu alguma resenha sobre algum livro contendo uma autocrítica relativa à sua crítica àquele livro? Já viu alguma obra ou artigo escrito com o propósito de analisar outras obras reservando um capítulo ou alguns parágrafos para a autocrítica de sua crítica? Tipo: “Bem, terminei de analisar esta obra. Agora, passarei a fazer uma autocrítica da minha crítica sobre esta obra. Acho que fui feliz ali, mas não aqui...”. Prefiro crer que você estava se referindo à questão do “Não julgar”. Bem, se for isso mesmo, favor reler o tópico 4 (especialmente a parte em que falo sobre o “Não julgar”).
11) “O senhor se isenta de qualquer culpa ou responsabilidade por qualquer dos problemas do movimento evangélico brasileiro? Não fique ofendido! São apenas perguntas sinceras para o senhor pensar se as coisas que o senhor diz são mesmo assim...”
Infelizmente, Brian, as coisas são assim mesmo. E graças a Deus, apesar de não ser perfeito, com a graça de Deus tenho lutado, juntamente com muitos irmãos em Cristo neste Brasil, pela pureza do Evangelho. Pode ter certeza que, quando chegar diante do Tribunal de Cristo, se tem uma coisa que Cristo não vai cobrar de mim é culpa ou omissão diante dos modismos de nossos dias. Eu tenho feito a minha parte. E você?
12) “Acredito que o senhor não sabe grego, então não tem competência para decidir entre o Textus Receptus e os textos que o senhor chama de ‘Críticos’ (sic). O comentário acima sobre a NVI revela este fato”.
Brian, quero informá-lo que, mesmo não sendo especialista em grego (por isso, sempre quando tenho dúvidas, peço auxílio aos meus colegas que são professores de grego), não fui eu que inventei o título “Textos Críticos” (se a sua crítica é ao uso plural, aí posso condescender; realmente, fica melhor “Texto Crítico” do que “Textos Críticos”, embora esta forma também seja usada). “Textos Críticos” ou “Texto Crítico” (Textus Criticus) é uma alusão à edição do Novo Testamento em grego com base na teoria textual de B. F. Westcott (1825-1901) e F. J. A. Hort (1828-1892). Há inúmeros especialistas que criticam o uso do Texto Crítico.
Sobre a NVI (brasileira), volto a afirmar: é bem melhor do que a NIV (a americana – esta, sim, repleta de erros crassos e tendenciosos pró-liberalismo, e denunciado por vários especialistas). Como já adiantei em meu texto ao Josélio, a própria NVI, na apresentação feita pelos seus idealizadores, faz questão de ressaltar que apenas é inspirada na NIV, tendo tomado decisões bem diferentes na tradução de muitas passagens. Lá está escrito o seguinte: “Muito da contribuição exegética da versão irmã em língua inglesa foi incorporada à NVI. No entanto, a Comissão de Tradução da NVI preferiu em muitos casos opções exegéticas bem distintas da versão inglesa. Jamais houve dependência obrigatória da NVI em relação à NIV (ou em relação a qualquer outra versão estrangeira) em qualquer âmbito: teológico, exegético, hermenêutico etc”.
Gosto do estilo na NVI, mas apenas ressalto que ainda existem algumas pequenas ressalvas em uma e em outra passagem, conforme alguns especialistas afirmam.
13) “O senhor NÃO SABE CRÍTICA TEXTUAL. Se soubesse, não faria um comentário como este: ‘É uma tradução espúria, que se apoiou nos chamados Textos Críticos (de qualidade inferior em relação aos chamados Textus Receptus, mas, mesmo assim, ainda amados pelos teólogos liberais)’. Acho que o senhor deveria falar sobre matérias que domina – e o senhor domina muitas!!! Caso deseje apenas expressar opiniões, que se isente de imperativos sobre as obras alheias. A NVI é ‘ruim’, mas não por causa das scholia utilizados como base para a tradução brasileira. Se o seu argumento é verdadeiro, vamos ter de jogar no lixo a Almeida Revista e Atualizada e a Corrigida, pois ambas utilizaram para as revisões o texto de Nestle-Aland, adotado na edição das Sociedades Bíblicas Unidas. O senhor chamou a SBB de liberal sem saber quando afirma que os textos ‘críticos’ (???) são forjados por liberais. O senhor nem sabe do que está falando, e nem conhece o assunto com que está se metendo!!!”
Caro Brian, não sou mesmo especialista em crítica textual, mas leio um pouco a respeito. A minha colocação ao qual você se referiu foi em relação à NIV (americana), e não à NVI (brasileira). Já expliquei isso na resposta à pergunta anterior. Outra coisa: não disse que o Texto Crítico não tem valor, mas que é de qualidade inferior ao Texto Receptus, e por isso julgo que uma tradução que se baseia basicamente no Texto Crítico é, sim, comprometida, espúria. Com isso não estou dizendo que a única tradução boa é a Bíblia Almeida Corrigida Fiel, mas que a NIV (americana), tão fundamentada no Texto Crítico, é inaceitável para mim.
Aliás, os especialistas afirmam que 93% do Texto Crítico é absolutamente igual ao Texto Receptus. Logo, não posso afirmar que o Texto Crítico não tem qualidade, mas sim que (volto a afirmar) é de qualidade inferior ao Texto Receptus (Dizer que é de qualidade inferior não significa dizer que não tem qualidade alguma). E mesmo algumas das diferenças (dentro dos 7% de divergências) não são tão preocupantes, como alguns especialistas têm dito, mas outras são realmente. Há muitos casos denunciados. Por isso minha aversão ao Texto Crítico.
Afirmam os especialistas que a Almeida Revista e Corrigida observa 99% do Texto Receptus, com apenas 1% de seu conteúdo adotando as variações do Texto Crítico, e mesmo assim em trechos que não são comprometedores. Porém, quem publica a Almeida Corrigida Fiel sempre vai insistir que as pequeníssimas diferenças da ARC já são suficientes para jogá-la fora e usar só a ACF. Não é por aí. Não há nada gritante e comprometedor a esse ponto. Por isso, gosto muito da ARC, tanto quanto da ACF. Já a Almeida Revista e Atualizada carrega um pouquinho mais do Texto Crítico, mas nada tão comprometedor como a NIV (americana), totalmente vendida ao Texto Crítico. Além do que, a atualização de alguns termos sem perder o seu sentido (exemplo: “mancebo” por “jovem”, “varão” por “homem”, etc) dão mais qualidade à ARA. Por isso, gosto da ARA (apesar de preferir a ARC e a ACF em algumas passagens), mas já não gosto da NIV (americana). E gosto do estilo da NVI (português), mas com ressalvas. Nem por isso disse para o irmão que me pediu uma sugestão (o irmão Josélio) que ele não tivesse, por exemplo, a NVI. Apenas disse que a NVI e a Bíblia na Linguagem de Hoje eram traduções que podem ser usadas, mas com óbvias ressalvas. Não quis entrar em detalhes de crítica textual com ele até porque (você há de convir) para explicar bem as minhas razões teria que escrever um artigo a respeito (aliás, nesta explicação, mesmo sendo a mais breve possível - porque você parece entender o assunto - já estou praticamente escrevendo um artigo!). Deu para entender agora?
Outra coisa: nunca me coloquei diante de ninguém, nem neste blog nem em canto algum, como uma pessoa que domina todos os assuntos, que sabe de tudo, etc. Isso seria de uma mentira, uma arrogância e uma infantilidade enormes! Inclusive, já disse neste blog que quando me deparo com algo que nunca li a respeito, digo: “Não sei do que se trata, mas prometo ler a respeito e dar minha opinião”. Como já disse um filósofo grego, “nascemos sem saber de nada e morremos sem saber de tudo”. Só quando já li algo a respeito do assunto é que emito a minha opinião. Quando não li nada, nem me atrevo. E se me mostram, com argumentações sólidas, que careço de mais algumas informações para um julgamento melhor do caso, tenho a hombridade de dizer: “Obrigado! Agora posso ponderar melhor sobre o assunto”.
14) “Acho que o senhor, em essência, acerta quando procura se posicionar. Mas erra quando o faz sem a devida IMPARCIALIDADE. Acredito que a crítica só é inteligente quando consegue perceber na pior ‘heresia’ uma das duas coisas: ou a capacidade de percepções de que a prática do crítico não é isenta de equívocos; ou a capacidade de perceber no meio de inúmeros equívocos do criticado algo positivo. No texto que o senhor escreveu sobre a teologia relacional, não vi nenhum dos dois. Então, a crítica é parcial – e torna-se panfletária e ineficiente. Na verdade, risível”.
Perdoe-me, mas risível foi ler esse comentário. Quer dizer que o crente deve sempre ser imparcial diante de heresias (Gl 1.8,9)? E quer dizer também que toda heresia (que o senhor insiste em chamar de “heresia”) sempre tem algo de bom? Aliás, por que esse uso constante de aspas ao se referir aos liberais e a heresias? O senhor quer dizer heresia mesmo ou alude a uma suposta “heresia”? Porque eu não me refiro a uma suposta “heresia”, mas a HERESIA mesmo.
Risível, Brian, é os relacionais cometerem uma contradição de termos ao afirmarem que Deus “não é plenamente onipotente nem exaustivamente onisciente” (se é “oni”, é pleno; se é “oni”, é exaustivo). Mas, pensando bem, talvez não seja risível. Talvez seja de chorar.
15) “Costumo me isentar de escrever em blogs, pois geralmente encontro pessoas irracionais e apaixonadas, que discutem apenas por orgulho e não pela força dos argumentos, pelo compartilhar de equívocos. Só escrevi neste porque acredito que o senhor não é um destes”.
Se isso foi uma tentativa de última hora para tentar me sensibilizar a não contestar suas colocações frágeis, como vê, não adiantou. Não sei as experiências que você teve em outros blogs, mas quando contesto algo, não o faço sem explicar o porquê. E fujo de ser genérico. Procuro sempre ir direto ao ponto.
Outra coisa: uma relação não é um “compartilhar de equívocos”, como você definiu. Parece que o senhor parte do princípio de que não existe verdade absoluta. Brian, devemos compartilhar certezas e compartilhar nossos equívocos apenas quando é para alertar: “Não faça como eu”.
16) “As perguntas que faço acima, em sua maioria, não são provocações, mas tentativas de entendê-lo melhor. Acho o pensamento do senhor bem denso e rico, características positivas que me faltam quase que por completo”.
Apesar de o senhor não as definir como provocações, algumas delas soaram assim, até pela falta de argumento em muitas de suas afirmações (baseadas em um pré-conceito sobre um livro meu que o irmão nem leu ainda, até porque seu conteúdo ainda não está disponível em canto nenhum). No mais, obrigado pelo elogio, mas não me acho tão “denso e rico” assim. Graças a Deus, não sou genérico nem “encho lingüiça”, mas sempre estou a procuro de mais densidade em tudo o que escrevo.
17) “O senhor falou tanto dos liberais, mas citou o Bonhoeffer em sua bibliografia. Acho que o senhor se traiu!”
Brian, um de seus principais problemas é que você fala do que não conhece. Você não me conhece. Você acha que me conhece. Você tem um pré-conceito em relação a mim (você já deve ter percebido que uso “pré-conceito” em vez de “preconceito” justamente para frisar o significado do termo). Sem ler um livro meu (só, no máximo, algo que leu no blog), você já criou um conceito sobre mim que não corresponde à realidade. Antes de escrever “A Sedução das Novas Teologias”, escrevi “Habacuque – a vitória da fé em meio ao caos” e “Como vencer a frustração espiritual”, e nesses dois livros cito Bonhoeffer em algumas reflexões. Por quê? Pelas razões que já apresentei a você na resposta a uma de suas primeiras perguntas (onde inclusive falo de Karl Barth). E mais: em 2001 (ou seja, há sete anos), escrevi um artigo para a revista “Manual do Obreiro” (de reflexão teológica e circulação nacional), onde falo sobre os teólogos liberais alemães e, ao citar Bonhoeffer, disse que mesmo tendo defendido posicionamentos equivocados, “há muita coisa aproveitável em seus escritos”. Quem me conhece, Brian, sabe que eu não me traio teologicamente. Se tiver de dizer algo diferente de tudo que já disse, já anuncio de cara, porque quem sempre leu o que escrevo sabe como penso. A grande diferença, Brian, entre alguns pensadores evangélicos e esses “gurus” do neoliberalismo teológico é que estes não examinaram tudo e retiveram o que é bom. Eles absorveram e adotaram justamente o que não havia de bom. Alguns dentre eles é que se traíram teologicamente. Ou apenas finalmente tenham revelado o que já havia acontecido em suas interioridades.
No mais, aconselho a ler “A Sedução das Novas Teologias” quando sair e, então, tirar conclusões mais abalizadas acerca do meu pensamento sobre o assunto (ou seja, sobre o que há de errado com os modismos que citei na postagem). Ou então terei que, nas próximas vezes, transcrever capítulos de meu livro a cada comentário, o que não é viável. Aliás, veja só o tamanho desta minha resposta!
Amado Pr. Silas, esta obra será certamente mais uma extraordinário ferramenta no combate as heresias e modismos teológicos.
Parabéns!
Pr. Altair Germano (
Obrigado, pastor Germano, por suas palavras de apreço.
Pelo número de pessoas que cruzam comigo e, cheias de dúvidas, me abordam sobre os assuntos que exponho no livro, pelas interações com leitores deste blog sobre esses temas e por muitos e-mails que tenho recebido para tirar dúvidas relativas a esses assuntos, além de palavras de apreço como as do irmão, a cada dia fica mais claro ainda para mim a importância desta obra. E a ansiedade natural para que logo seja lançada só aumenta!
Ao que tudo indica, até o final desta semana, os primeiros exemplares de "A Sedução das Novas Teologias" entrarão no estoque da CPAD e, a partir da próxima semana, o livro já deverá estar sendo comercializado em todo o Brasil. Logo que tiver a informação definitiva (esta semana ainda), publico-a aqui.
Um abraço!
Caro pastor Silas,
Muito obrigado pela sua resposta.
Fiquei muito surpreendido (positivamente)!
Muito obrigado pelo respeito e pela franqueza. Concordei com quase tudo o que o senhor disse, e fiquei muito satisfeito com as respostas.
Ainda acredito que o senhor está equivocado sobre a nome "texto crítico" por razões meramente técnicas - mas não é nada que comprometa muito. Estudei crítica textual com o Dr. Bruce Metzger e conheço bem o assunto. Mas o que me espantou foi a sua humildade e profundidade em falar com exatidão e coerência até naquilo que não é o foco da sua formação.
Acredito que valeu a pena escrever o post, mais ainda pela resposta dada pelo senhor. Estou lendo a obra do senhor pela segunda vez, e gostaria de fazer críticas particulares. Mas adianto que o texto é MUITO BOM (A Sedução das Novas Teologias)! Quando postei, já tinha lido o livro e encomendei os outros títulos (Habacuque e História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil), mas é muito diferente e melhor interagir. E não o fiz a partir do livro, mas das impressões a partir do seu post. Não quis resenhar seu livro e nem criticá-lo, pois não acho que seja justo, pois muitos ainda não o leram e alguns pontos, como a intenção do livro, só podem ser esclarecidos a partir de algum contato pessoal como o que estamos tendo.
Se o senhor permitir, gostaria de postar sobre cada ponto que o senhor destacou em sua resposta, mas apenas se o senhor acha que convém. Penso que todos ganhariam com este debate franco, mas o blog é do senhor, e não quero atrapalhar.
Acredito que as minhas suspeitas são autênticas em várias coisas:
1) Os assembleianos (como o senhor) são cordiais e sinceros, via de regra. Admiro a denominação!
2) O senhor merece o lugar que conquistou, pois parece que tem, além de fortes convicções, muito respeito e consideração pelo pensamento alheio. Gostei muito da sua resposta!
3)Podemos discutir alguns pontos e chegar a conclusões juntos, construindo assim pontes.
No mais, agradeço por tudo e aguardo sua indicação para que possa responder cada ponto do seu post e, caso o senhor permita, publicar uma resenha do seu livro, depois de discutir algumas dúvidas que tive em particular com o senhor.
Abraços,
Brian
Caro Brian,
Fico feliz que tenhamos chegado a algum consenso. Sobre o uso daquele termo no plural (“Textos Críticos”), como já disse, já o vi antes. Mais especificamente, encontrei-o uma vez, há alguns anos, numa das primeiras vezes que li sobre o assunto, creio que em um antigo livro da biblioteca de meu pai, que é pastor em Recife. E, mais recentemente, ouvi esse termo sendo usado dessa forma em um debate na “Rede Boas Novas de Televisão” (no Rio, Canal 42). O tema do debate, que foi transmitido este mês no dito canal, era a qualidade das traduções da Bíblia que temos em português. Creio que era reprise. Ao ouvir o termo sendo usado no plural naquela hora, estranhei um pouco, porque os professores que ouvi e todos os livros que tenho em casa (e que acabei consultando depois de ouvir a forma diferente sendo usada na tevê) usam Texto Crítico ou Texto Criticus, que sempre usei até então. Mas, (1) como quem usou o termo no programa foi alguém apresentado como especialista; (2) e, como já disse, lembrei-me que já havia encontrado esse uso uma vez, há muito tempo, em um livro; e na época que vi a expressão sendo usada na tevê fiz ainda uma pequena consulta à internet e encontrei também em alguns textos esse uso no plural (como no caso de um exemplar da revista apologético-cristã "Sã Doutrina", edição 6 de Março/Abril de 2006, pp.6 e 7, disponível no seguinte endereço: http://www.revistasadoutrina.com/download/sd_06.pdf), acabei acatando-o. E, naturalmente, usei-o em minha resposta à pergunta do irmão Josélio. Seja como for, com ou sem “s”, o que importa é que você entendeu o que eu quis dizer. E, diante do parecer de um especialista em Crítica Textual, como parece ser o vosso caso, alguém que tem “estudado bem o assunto”, prefiro ser um pouco mais conservador na grafia de TC daqui em diante. Vou preferir a forma usual, que temos visto tradicionalmente. Além do que, causa menos estranheza. Exemplo: recentemente, vi no blog do Reinaldo Azevedo, da "Veja", a estranheza de alguns de seus leitores quando ele usou o termo "Estado leigo" em vez de "Estado laico", quando os dois são a mesma coisa. A diferença é que um é bem menos usado do que o outro.
Sobre vosso apreço pelo meu post, como digo a todos com quem interajo neste blog, tento fazer o melhor por aqui, dentro das minhas limitações e pela graça de Deus. O livro “A Sedução das Novas Teologias” deverá estar disponível para a venda, se Deus quiser, semana que vem. E que bom que já está começando a ler meus outros livros, assim poderá entender melhor meus posicionamentos.
Sobre a possibilidade de postar sobre pontos que destaquei em minha resposta, não teria problema algum. Só lembro o que falei ao final: se algumas respostas demandarem o aprofundamento de alguns temas que falo no livro, é muito mais prático esperar o livro sair e lê-lo. E para mim também é menos cansativo. Pouparia-me de respostas longas (ainda mais nesta semana de fechamento da próxima edição do jornal “Mensageiro da Paz”, do qual sou editor pela graça de Deus). Nas minhas respostas, não precisaria entrar em alguns detalhes que já estarão expostos claramente no livro. E sobre resenhar meu livro depois de lê-lo, o irmão pode ficar à vontade. Aliás, é um direito que o assiste.
No mais, agradeço suas palavras de apreço. Cordialmente e em Cristo,
Um amplexo!
Caro Silas e Brian:
Ajudem-me a entender.
Pelo que compreendi de um dos parágrafos do último comentário do Brian, ele já teria lido o livro "A Sedução das Novas Teologias" e o estaria lendo pela segunda vez. É isso mesmo ou eu estou errado? O livro se encontra já disponível ao público? Onde encontrá-lo?
Agradeço pelo esclarecimento.
Abraços
Caro pastor e amigo Geremias,
À primeira vista, tomado por um sentimento bobo, preferi crer que o Brian deve ter se confundido. Dei-lhe o benefício da dúvida. Afinal, seria devastador levar ao pé da letra palavras tão confusas como as do último texto dele. Simplesmente, elas o fazem um terrível mentiroso, já que, em um momento, diz que fez as críticas em cima do meu post; porém, em outro momento, no mesmo texto, dá a entender que leu o meu livro "A Sedução das Novas Teologias" por “duas vezes”! Talvez com o seu "poder de ler pensamentos". De qualquer forma, dei-lhe um desconto. Pensei: "Talvez esteja se confundindo, atropelando-se em seu próprio raciocínio, posto que, como no texto anterior, falou duas coisas diametralmente opostas em um mesmo texto. Agora, diz em um momento que suas colocações foram baseadas no post que leu sobre o meu livro e em outro dá a entender que leu o meu livro antes de ser lançado... Não... Não... Não é possível... Será? Será o que estou pensando mesmo? Será que ele se confundiu ou quis mesmo mentir descaradamente? Bem, vou dar-lhe o benefício da dúvida para ver se ele explica-se melhor em sua próxima resposta. Talvez, quando diz que já está lendo minha obra pela segunda vez, está se referindo a meus outros livros. Talvez não soube se expressar direito..." Mas, sinceramente, após suas palavras, Geremias, pensei comigo mesmo: "Estou sendo mesmo um completo idiota!”
Fiz questão de frisar em minha última resposta a ele, acima: "O livro 'A Sedução das Novas Teologias' deverá estar disponível para a venda, se Deus quiser, semana que vem. E que bom que já está começando a ler meus outros livros, assim poderá entender melhor meus posicionamentos". Em outras palavras, disse sutilmente: “Você não pode ter lido ‘A Sedução das Novas Teologias’ porque, como já disse aqui, ele vai ser lançado ainda. Acredito, então, que você deve ter querido dizer mesmo que estava lendo pela segunda vez outros livros que compõem ‘a minha obra’ como escritor”. Porém, caro Geremias, pensando bem, fui tomado por uma condescendência boba, tola. Deveria ter sido direto e desmascarado logo o logro. Portanto, desculpe a todos os meus leitores a minha ingenuidade diante do “Brian Gordon Lutalo Drumond Kibuuka”.
Voltei ao normal! Afinal, Jesus disse para sermos “simples como as pombas e prudente como as serpentes”. Isto é, “seja humilde e bondoso, mas lembre-se que ser humilde e bondoso não é sinônimo de ser tolo, ingênuo”.
Cabe ao Brian, agora, explicar o que quis dizer realmente quando afirmou o que se segue: "Acredito que valeu a pena escrever o post, mais ainda pela resposta dada pelo senhor. Estou lendo a obra do senhor pela segunda vez, e gostaria de fazer críticas particulares. Mas adianto que o texto é MUITO BOM (A Sedução das Novas Teologias)! Quando postei, já tinha lido o livro e encomendei os outros títulos (Habacuque e História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil), mas é muito diferente e melhor interagir. E não o fiz a partir do livro, mas das impressões a partir do seu post".
Caro Brian, ou você se explica melhor ou vai ficar parecendo o que parece: que você, para tentar "sair limpo" depois das minhas considerações a seus argumentos frágeis, "jogou para a galera" dizendo que leu mesmo meu livro "A Sedução das Novas Teologias" (e, pelo que deu para entender, "duas vezes"!), e nessa acabou se dando pior ainda, porque o livro nem se quer foi lançado ainda!
Não se ofenda, Brian, mas fato é que ou você se explica ou então você trata-se de um completo e descarado mentiroso.
Como você leu duas vezes um livro que não existe ainda, a não ser para este autor? Como você leu um livro que, além de mim, a ÚNICA pessoa que o leu foi o meu editor: o pastor e amigo Ciro Sanches Zibordi, editor de Obras Nacionais da CPAD, que o avaliou para publicação? Como? E "duas vezes"?????????
Com a palavra, Brian.
Eu fiquei sem entender, quando terminei de ler o post entrei imediatamente no site da CPAD para tentar fazer um pedido do livro "A Sedução das Novas Teologias" mas não o encontrei, pensei que estivesse disponível apenas nas livras e somente nas do sul do país, por que aqui no Maranhão, nem sinal.
Será possível ser um pirata?
Não, não creio.
Caro Brian,
Cheguei do almoço, li sua resposta e acabo de perguntar ao Departamento de Publicações da CPAD se a editora fez com meu livro, ou já fez alguma vez na vida com algum livro dela, o que você disse. Neste dez anos em que trabalho na CPAD e quatro livros por esta editora, nunca soube disso ter acontecido; mas, vamos lá, não custa nada perguntar. A resposta foi... "NÃO!!!" Ainda me disseram: "Não tem nem possibilidade de isso ter acontecido. A CPAD nunca fez isso com um livro ainda sendo produzido".
Deixe-me só dar mais alguns detalhes (não para você, que viu o que não viu), mas para os leitores deste blog: peguei mais algumas informações com o Setor de Produção da CPAD. Pois bem, o meu livro, para ser bem atualizado, não tem NEM MESMO HOJE AINDA NENHUM EXEMPLAR SEQUER ENCADERNADO! As capas já foram impressas, mas estão amontoadas em blocos, e seus respectivos miolos estão começando a sair das pilhas para serem dobrados hoje à tarde (16/01/2008), para serem, se Deus quiser, encadernados até o final da semana (pois a prioridade agora é a encadernação da nova edição do “Dicionário Vine”). E pior ainda: NO TAL DIA 13 EM QUE VOCÊ DISSE QUE JÁ HAVIA LIDO “DUAS VEZES” MEU LIVRO, SEGUNDO JOSANIAS (RESPONSÁVEL PELA GRÁFICA), O MIOLO DO MEU LIVRO NÃO TINHA NENHUM CADERNO AINDA IMPRESSO (GARANTIU-ME ELE HÁ ALGUNS MINUTOS), SÓ AS CAPAS! Como é que, então, você diz que leu “TODO O LIVRO” (e “DUAS VEZES!!!”), se o miolo dele SEQUER TINHA SIDO IMPRESSO NO DIA 13???? Respondendo ao Josélio: Não tinha nem chance de ser um exemplar “pirata”!
Brian, só há uma explicação plausível: Você é um “mutante” e ainda não contou para nós! Mas “mutantes” não existem. Logo...
P.S.:
1) E não venha com esse joguinho sentimentalóide de dizer que fui duro com você. Acho que fui no tom correto para alguém que não apenas mentiu. Pior ainda: mentiu para tentar limpar sua imagem e, ao mesmo tempo, tentou, com essa mesma mentira, colar em mim a imagem de mentiroso.
2) Brian, eu não apenas digo que não menti. Eu também não fico apresentando currículo meu para dizer que não minto, como se o currículo fosse medidor de verdade ou mentira em uma fala. Isso de nada vale. Eu simplesmente PROVO que não menti. E, como se diz, contra fatos não há argumentos.
Caro Brian,
Primeiro: Por que não fiquei surpreso que tenha excluído alguns de seus comentários? Por que será que os excluiu? Será que é porque eles comprometem-no?
Segundo: Minha consciência vai muito bem, obrigado, diante de Deus e diante dos homens. Limpa. A sua é que não vai bem. E não preciso “ler mentes” para constatar isso. O fato de você ter excluído seus comentários anteriores mostra o quanto você está envergonhado. Mas revela também um aspecto positivo. É sinal de que você tem, pelo menos, remorso do que fez. Minha oração é para que esse remorso se transforme em arrependimento!
Terceiro: Você mais uma vez acusa-me levianamente de um erro que foi você quem cometeu. Ou seja, esse seu último comentário prova que você ainda está só no remorso. E pior: a insistência em não assumir o erro e continuar a acusar falsamente só piora mais seu estado. Até porque fica parecendo que este é um vício seu: acusar falsamente quando confrontado por argumentos.
Vejamos suas acusações.
Você diz que tratei você mal? Ora, se houve alguém atacado aqui em nossa interação, este fui eu, e desde as suas primeiras postagens (do dia 12 de janeiro, às 1h19 e às 1h51). Os leitores deste blog são testemunhas. Inclusive, parte do seu texto dessas duas primeiras postagens está reproduzido no meu comentário do dia 15 de janeiro, às 16h24 (Este você não tem como apagar). Só fiz defender-me e, por fim, até de uma mentira da pior espécie: aquela usada com o propósito mesquinho de se auto-promover enquanto denigre o próximo.
Tratar mal? O que é, então, mentir para não apenas tentar limpar a própria imagem, mas também, simultaneamente, com a mesma mentira, tentar sujar a imagem do outro? Isso é honesto? Isso é bom? Isso é belo? Isso é digno? E ainda acha que eu não tenho o direito de me indignar! Para mim, sinceramente, meu único excesso diante do que você fez foi chamá-lo ironicamente de um “possível ‘mutante’”. Se bem que foi uma reação natural diante de quem disse antes que eu teria algum “poder de ler pensamentos”. Ao que respondi, você deve se lembrar (e se não se lembra, é só reler meus comentários, que não apago), que só leio os pensamentos que publicam. Eu leio o que publicam e, só depois, emito a minha opinião. Bem diferente de quem “lê” o que não publicaram e ainda emite a sua opinião sobre. Este, sim, lê pensamentos! Por isso o meu uso irônico do termo “mutante”.
Quarto: Como saber de que editor você está falando, se você apagou seu comentário? Alguém aí, que além de mim leu o comentário do Brian que ele excluiu, lembra de que editor ele está falando? Tá vendo como faz falta quando excluem comentários? Não estou sugerindo que você não tenha um editor, é óbvio; mas, sim, afirmando que não dá nem para conferir direito sobre o que você está falando, se você mesmo excluiu seus comentários para os quais me remete.
Além disso, não sabia que o seu editor promovia livros de outros autores em vez de promover apenas os de seus próprios autores. Ele não é o seu editor? Estranho... Mas se o editor dos outros disse que não vai promover os meus livros, eu com isso? Problema seria se a editora dos meus livros não os divulgasse.
Quinto: Você não soube nem mentir. No seu penúltimo comentário (o excluído, datado do dia 16 de janeiro, às 12h27), você afirmou que leu meu livro exatamente no dia 13. Bem, no seu comentário do dia 15 de janeiro, às 21h47, que você não excluiu (ou ainda não excluiu – Será esquecimento?), você me disse que havia lido duas vezes meu livro ainda não lançado (sic). Porém, como é que você escreveu sobre o meu livro no dia 12 de janeiro como se já tivesse lido ele? Por isso, na minha resposta a esta postagem, que gravei aqui no mesmo dia 15, externei essa minha estranheza. Resultado? O que aconteceu? Você respondeu-me, exatamente no dia 15 de janeiro, que já tinha lido meu livro “duas vezes” (sic)! E mais: você acrescentou, ainda nesta mesma postagem do dia 15, o seguinte: “Quando postei, já tinha lido o livro”. Vou colocar em letras garrafais: “QUANDO POSTEI, JÁ TINHA LIDO O LIVRO”. A que postagem o senhor está se referindo? Bem, a postagem imediatamente anterior a esta sua do dia 15 foi exatamente a do dia 12, portanto UM DIA ANTES DE O SENHOR LER MEU LIVRO CONFORME AS SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS. E o senhor ainda tem a coragem de sugestionar aos meus leitores que eu é que sou mentiroso? E de questionar minha chamada ao ministério? E de se fazer de vítima, dizendo ainda que eu estou molestando-o? Fui eu o ofensivo ou foi o senhor?
Por que não falou a verdade, Brian? Seria tão simples! A verdade liberta!
Sexto: Você diz para mim “até nunca mais”, mas saiba que este espaço, o “Verba Volant Scripta Manent”, continua aberto para você. Não guardo mágoa, Brian. Pode ter certeza que, se mais à frente você quiser emitir alguma opinião neste espaço sobre qualquer assunto, vou tratá-lo como trato todos aqui, sem mágoas. Vou comentar sua opinião como faço com a de todo mundo aqui, concordando quando concordo mesmo e divergindo quando não concordo. E, quando divergindo, fazendo-o com respeito. Não vou ficar lançando em rosto a lembrança desse seu erro.
Sétimo: Estou julgando? Ora, estou apresentando os fatos. Você mentiu. Isso é um fato. Todos sabem que a editora não lançou o livro ainda porque ele ainda está sendo produzido (por isso que não há um exemplar sequer desse meu livro sendo oferecido em loja ou livraria alguma, nem no site da CPAD, nem em canto algum do Brasil e do mundo); e todos sabem que a CPAD não passa e nunca passou originais de um livro a nenhum professor, seminário ou grupo para resenha ou coisa parecida. E como se não bastassem os fatos, que já dizem tudo, tropeçou em suas próprias palavras. Perceba: Eu não estou dizendo que você não é crente, ou que não é um bom professor, ou que não é uma boa pessoa, ou que sempre age como agora, mas que, nestes dias, nesta nossa interação, você agiu terrivelmente (mentindo e denegrindo) e, infelizmente, continua insistindo no erro, mesmo desmascarado diante dos fatos. Agora, o que você acha dessa sua atitude de mentir descaradamente, insistir na mentira e, como se não bastasse, para acumular mais um erro sobre o outro, ainda dizer que não tem duvida de que eu não vou para o Céu (pois seria um “julgador”) e também me chamar de falso pastor? Como é que se chama essa atitude mesmo? Qual o nome?
Mas não acabou. Você ainda diz que meus livros têm “perversos julgamentos temerários”, o que nos leva à pergunta que iniciou tudo isso, e que bastava ter sido respondida com verdade para que nada disso tivesse acontecido. A pergunta (Lembra-se? Se não lembra, é só ler o meu comentário; eu não o excluí) foi se você leu meu livro para dizer se ele é assim mesmo.
Detalhe: você disse “livros” (Plural, ok?). Então, você quer dizer que, além do meu livro que você não leu, está se referindo também aos meus livros já publicados que você disse que leu (“História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil” e “Habacuque – a vitória da fé em meio ao caos”, conforme comentário seu datado do dia 15 de janeiro, às 21h47). Segundo você, eles teriam também “julgamentos temerários”. Ora, nenhum destes livros é sequer apologético! Um é um registro histórico sem ser analítico, num estilo jornalístico, e o outro é um comentário mais devocional que exegético e hermenêutico do livro de Habacuque. Pergunto: Onde você viu “julgamentos temerários” neles?
Portanto, Brian, que esse acontecimento sirva de lição para você, que seja um marco de reflexão e de mudança. Mesmo não o conhecendo, quero crer que este foi só um mal momento seu, um momento de fraqueza. E que ele continue sendo apenas isso, que seja só um momento, um momento que passou e que não irá se repetir.
Fique com Deus.
Caro Silas:
Se, por um lado, é desagradável que essas coisas aconteçam, como a do Brian, por outro, elas ajudam a expor aquilo que já sabemos: há pessoas que usam os blogs de má-fé, não com o intuito de intergir, compartilhar idéias e até mesmo divergir, sem ofensas pessoais. Querem mesmo atacar, denegrir e desgastar sobretudo quem adota postura ortodoxa em relação à Bíblia. Segundo o que pensam, eles podem julgar, dizer que estamos errados, que a nossa apologia não é certa, mas nós... temos de ser politicamente corretos. Não podemos discordar um milímetro que lá vem pancada.
Outros há que se vestem de mansidão, são sutis em suas abordagens, e como não conseguem manter os seus argumentos num embate intelectual honesto frente à frente, aqui e ali deixam as suas alfinetadas e atuam por tabela para tentar atingir terceiros.
Gostaria de dar nomes aos bois, mas como tais pessoas a que me refiro no último parágrafo agem nas sombras e até se escondem no anonimato, não posso fazê-lo. Apenas deixo o registro para que os nossos leitores saibam que temos lidado com alguns desses tipos, infelizmente, no universo dos blogs evangélicos.
Mas o lado positivo da história é que eles acabam aprisionados em suas próprias armadilhas, como, agora, acontece com o Brian. Quando li que ele teria lido o seu livro (ainda no prelo) por duas vezes, percebi de imediato que era balela e uma tentativa de provar falsamente que ele estava embasado no que lera. Sem que você soubesse (e isto foi muito bom!) fiz o meu comentário daquela forma de propósito para que ele se desmascarasse. E foi o que aconteceu. Ele tentou armar e se deu mal! Que absurdo!
É por isso que sugeri aos editores do "blogueiros evangélicos" a necessidade de "regras mínimas" para que sejam aceitas afiliações. Não custa nada tentar conhecer a origem da pessoa, a que denominação pertence, onde congrega, qual o perfil do blog etc. Eu sei que isso não elimina a possibilidade de sempre ter um "disfarçado" no meio, mas que ajuda, ajuda!
Bem, assim que o livro estiver pronto espero ser um dos primeiros a lê-lo, além, é claro, do Ciro Zibordi que, como editor de obras nacionais da CPAD, teve o privilégio de manuseá-lo antes de todos nós.
Abraços.
E o Brian acaba de excluir o seu comentário mais recente, o das 18:02 do dia 16 de janeiro, que comentei às 22:34 do mesmo dia. Por que será?
Pr Silas, eu olhei um livro no site da CPAD cujo título é "O Cristianismo Segundo a Bíblia" de Ron Rhodes, gostaria de saber se o senhor me indicaria a leitura desse livro, caso o senhor o conheça.
Seria uma boa aquisição?
Caro pastor e amigo Geremias,
Li seu comentário na madrugada em que a postou, mas, como era tarde da noite, não respondi logo. Ontem e hoje estou, como sabe, fechando a próxima edição do jornal "Mensageiro da Paz", por isso só agora, e mesmo assim brevemente, pude dar um retorno. Hoje ainda, à noite, quando chegar em casa, pretendo tecer minhas considerações sobre o importante assunto que o irmão levanta. Portanto, até logo mais!
Caro Josélio,
Não li ainda esse livro do Ron Rhodes, mas já li outros textos dele e sei que ele tem conteúdo. Depois de ler o livro, dou uma palavra mais precisa; mas, no momento, o que posso dizer é que suspeito que o livro seja muito bom. Inclusive, alguns amigos meus que já o leram garantem que é mesmo bom.
Abraço!
Caro Geremias,
Sobre o assunto levantado em seu último comentário, como prometido, segue minha ponderação.
Antes de tudo, quero dizer que achei brilhante a sua definição de tipos que, de má-fé, se embrenham na blogosfera evangélica para atacar e denegrir (no caso de uns) ou confundir (no caso de outros) gente que preza pela ortodoxia. Parece que muitos acham que, como a blogosfera é um espaço marcado pela liberdade, então não é lugar para ortodoxia, verdades absolutas e posicionamentos seguros. Seria, pelo contrário, um espaço que teria mais a ver com heterodoxia, com oportunidade para discursos marginalizados e relativização, um espaço que deveria ser pautado pelo politicamente correto. Ou seja, nada de posicionamentos “preto no branco”, nada de ter posições bem definidas e linhas bem claras. Ao contrário: para alguns crentes da blogosfera evangélica, ser espiritual é sinônimo de ser politicamente correto e o menos afirmativo possível.
Como adoram a incerteza esses heterodoxos!
Reverencie a dúvida, fuja de dizer “isso é evidentemente certo e aquilo é claramente errado” e você já é visto como equilibrado, prudente, sensível, humilde, generoso, bom, amável, honesto. Quanto mais você se prostrar no altar da incerteza e, sobre ele, com lábios trêmulos, derramar reverentemente suas lágrimas quentes e depositar seus beijos apaixonados, mais atraente você parecerá. Se você sempre disser “Não podemos ter certeza”, “Toda análise é apenas um ponto de vista” e “Não podemos julgar” (Esse povo parece que não lê João 7.24, Gálatas 1.8, 1Co 4.6 e 2Co 4.2, dentre tantos outros textos bíblicos que nos orientam a julgar à luz da Bíblia tudo que não é aparente, isto é, tudo que é público; e eu acho que é justamente por isso que confundem os tipos de julgamento – o julgamento necessário com o condenável); se você tiver posicionamentos cinzentos, se ficar sempre em cima do muro, então mais “espiritual” parecerá. “Murismo” é sinônimo de coerência agora.
Ora, graças a Deus que a blogosfera é um ambiente democrático, onde não há só heterodoxos (que muitas vezes se julgam os verdadeiros portadores do “espírito” da blogosfera), mas também ortodoxos, que defendem os princípios bíblicos no espaço virtual. O problema é quando os heterodoxos se contrafazem de ortodoxos para confundir incautos ou quando (no caso de outros) se incumbem religiosamente de atacar ou denegrir os ortodoxos, em vez de (se querem dialogar mesmo) se aproximarem com argumentos honestos.
Já notou que ortodoxos não se fazem de heterodoxos para confundir heterodoxos, enquanto é comum heterodoxos se camuflarem de ortodoxos para tentar confundir alguns ortodoxos distraídos ou gente confusa? Por que isso?
Porque os ortodoxos têm uma veste só. Simples, mas é a deles. Os heterodoxos, porém, têm várias roupas que são usadas conforme a estação, a situação e a conveniência. São camaleônicos.
Entretanto, tão ou mais preocupante do que o comportamento camaleônico, ambíguo e mal intencionado de alguns é, com certeza, o fato de que, em certos casos, até algumas atitudes absolutamente impróprias para um cristão, escandalosas, têm sido tomadas por alguns em interações na blogosfera evangélica.
Por isso, pastor Geremias, diante dessa sua proposta de mais critérios para inclusão na União de Blogueiros Evangélicos, só tenho uma coisa a dizer: “Onde eu assino?”
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