terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

John Newton, William Wilberforce e Evan Roberts

Ano passado, postei um artigo sobre Abraham Kuyper e prometi que, breve, postaria mais textos neste blog sobre outros nomes ilustres da História. Finalmente, para cumprir minha promessa, passo a lembrar sinteticamente, nas linhas abaixo, a notável e inspiradora vida de mais três nomes de destaque dos últimos séculos da história do cristianismo: John Newton, William Wilberforce e Evan Roberts. Os dois primeiros, com a graça de Deus, obtiveram uma extraordinária conquista que completa 201 anos na semana que vem. O outro foi o instrumento divino para catalisar um avivamento que completa 100 anos: o Avivamento Galês de 1906 a 1910. Vamos a eles.

Fevereiro de 2007 foi importante para os evangélicos anglo-saxões. Na manhã de domingo, 18 de fevereiro, cristãos de todos os países de fala inglesa entoaram solenemente em suas igrejas o hino Amazing Grace (Maravilhosa Graça). É que nessa data completou-se o bicentenário da abolição da escravatura na Inglaterra, que teve como um de seus grandes nomes o autor desse célebre hino, o pastor John Newton. Por isso, 18 de fevereiro foi consagrado pelos norte-americanos e ingleses como o Amazing Grace Sunday, em ação de graças. Dias depois, a Aliança Evangélica Mundial, em parceria com a Walden Media, lançou nos EUA, Canadá e Reino Unido, o filme Amazing Grace: A História de Wilberforce, sobre a abolição da escravatura (aos interessados, o filme não foi lançado em português nem nos cinemas nem em DVD, mas o DVD da película em espanhol está disponível para venda na internet; e mais sobre ele pode ser encontrado no site oficial www.amazinggracemovie.com).
Mas, quem foram John Newton e Wilberforce? E qual a ligação de Amazing Grace com a abolição?
O hino Amazing Grace está ligado à luta pela abolição da escravatura. Antes de converter-se a Cristo, John Newton (1725-1807) gastara parte da sua vida no comércio de escravos, tendo ele próprio sido preso na África e tratado como escravo. Na viagem de regresso à Inglaterra, quando o barco quase naufragava, Newton voltou-se para Deus. Ele chamava o dia de sua conversão de “dia da minha libertação”.
Depois disso, Newton passou a ler todos os dias a Bíblia e “devorou” o livro Imitação de Cristo, de Thomás de Kempis. Também tornou-se discípulo do evangelista George Whitefield e admirador de John Wesley, fundador da Igreja Metodista. Ordenado pastor, Newton liderou a Olney Parish Church e a Saint Mary, Woolnot, em Londres. Em Olney, tornou-se amigo do poeta William Cowper. Juntos trabalharam nos cultos, em reuniões de oração e na produção de um novo hino para cada culto da comunidade. Newton compôs Amazing Grace nesse período, mais precisamente em dezembro de 1772, apresentando-o à sua congregação em 1 de janeiro de 1773.
Mas, Newton não era conhecido só pelos belos hinos e poesias. Seus sermões também eram ungidos. Foi durante a apresentação da oratória O Messias, de Haendel, em Londres, que Newton pregou uma série de sermões sobre os temas do libreto da oratória (Nascimento, Paixão, Ressurreição, Glorificação de Cristo e Juízo Final). Em um deles, um jovem recém-convertido a Cristo chamado William Willberforce (1759-1833), membro da Câmara dos Comuns desde 21 anos, procurou conselho pastoral com Newton. Influenciado pelos conselhos de Newton, Wilberforce começou a levantar-se cedo para ler a Bíblia, orar e escrever seu diário, e entendeu que Deus o chamara para lutar pelo fim da escravatura e pela reforma moral da sociedade inglesa. John Newton tornou-se sua inspiração para essa gigantesca luta. Gigantesca porque tinham contra si grandes poderes e interesses. O comércio de escravos era justificado pelo país econômica e politicamente.
Enquanto Newton e outros pregavam contra a escravatura, Wilberforce apresentava várias propostas de lei, todas rejeitadas, mas não desistiu. Ele escreveu: “A perversidade do comércio [de escravos] era tão gigantesca, tão medonha e tão irremediável, que a minha mente estava completamente preparada para a abolição. Fossem quais fossem as conseqüências. Desde então, determinei que nunca descansaria até que tivesse conseguido a abolição” (131 Christians Everyone Should Know).
De tanto insistir, o comércio de escravos foi oficialmente abolido em 1807, ano da morte de John Newton. A abolição total dos escravos, porém, ocorreu em 1833, ano da morte de Wilberforce, que também desempenhou papel fundamental na criação da British and Foreign Bible Society, em 1804, e da Church Missionary Society, em 1799. Nas palavras de Robin Furneaux, “sua mensagem era a de que não bastava professar o cristianismo, levar uma vida decente e ir à igreja aos domingos, já que o cristianismo atravessa cada aspecto, cada canto da vida cristã. A sua abordagem do cristianismo era essencialmente prática”.
No século 20, Winston Churchill ainda diria que a história não terá muitas pessoas que tenham contribuído tanto para o bem da sociedade como William Wilberforce. Não é à toa que Churchill o chamou de “a consciência da nação”.

De 1904 a 1910, o País de Gales experimentou um dos maiores avivamentos da História, que teve como principal instrumento divino o jovem pregador Evan Roberts (1879-1951). O avivamento foi tão notório que, em 1904, o famoso jornalista William Stead (1849-1912), editor de um dos principais jornais britânicos da época, o Pall Mall Gazette, publicou uma série de matérias de destaque sobre o acontecimento. Porém, até 1909, o avivamento ainda seria notícia em jornais britânicos. Foi nesse ano que um jornalista de Londres resolveu visitar Gales para ver se, cinco anos depois, o avivamento ainda estava vivo.
Ao chegar em Gales, o jornalista marcou uma entrevista com pastores de uma das primeiras cidades onde tudo começara. No encontro, um deles afirmou que, dois anos antes do avivamento, o número de crentes fiéis na cidade era quase nenhum, ao ponto de as igrejas estarem prestes a fechar. Quando o jornalista perguntou se o reavivamento já estava em declínio, eles responderam: “Sim, está. É que não existe mais ninguém aqui querendo ser salvo. Todos os habitantes da nossa cidade aceitaram Jesus durante o avivamento”.
O País de Gales foi marcado por muitos avivamentos. O primeiro foi no final do século 18, com Christmas Evans. O segundo ocorreu em 1859. No início do século 20, porém, não havia mais resquícios do grande avivamento galês. Por isso, muitos crentes daquele país começaram a orar por um reavivamento, que veio no final de 1904.
Tudo começou em 29 de setembro de 1904, quando Evan Roberts, um jovem minerador de carvão de 25 anos que estava se preparando para o ministério, e mais 19 amigos se reuniram em uma manhã para ouvir o evangelista Seth Joshua. Em sua mensagem, Joshua afirmou: “A igreja galesa precisa, acima de tudo, ser dobrada, quebrantada como argila mole nas mãos de Deus”. Aquelas palavras tocaram o coração de Evans, que prostrou-se em lágrimas clamando: “Senhor, dobra-me!” E, como escreveu alguém, “dentro de pouco tempo, a igreja galesa estava acertando seus corações com Deus. Os líderes estavam clamando a Deus. E, de repente, Deus chegou!”
O detalhe desse avivamento é que, de 1904 a 1905, temos muito pouco registro de pregação evangelística. Entretanto, nesse período, em menos de 40 dias, 20 mil pessoas vieram a Cristo. Em seis meses, esse número subiu para 100 mil. O que foi que aconteceu?
Nos contam os registros da época que o avivamento começou quando Evans deu início a reuniões de oração e passou a ensinar, insistentemente, quatro coisas, que se tornaram “Os quatro pontos do avivamento galês”: os galeses deveriam pedir perdão a Deus de seus pecados, confessar publicamente Cristo como o seu Salvador, afastar-se de tudo aquilo que desagrada a Deus e não resistir à ação do Espírito Santo. Muitos receberam essa palavra, foram restaurados espiritualmente e, através da visível transformação de suas vidas, o restante do país foi atraído a Cristo.Contam os historiadores que “as transações de jogo e álcool perderam a sua atividade e os teatros foram obrigados a fechar as portas por falta de espectadores. (...) Adolescentes, cansados de seus pais alcoólatras batendo nas mães, oravam para que os bares se fechassem. A polícia pranteava e se juntou aos cânticos – e a criminalidade quase cessou”. Em pouco tempo, todas as igrejas ficaram lotadas, de tal forma que multidões ficavam sem poder entrar. As reuniões eram das dez da manhã até à meia-noite, com três cultos bem definidos realizados todos os dias.
“Os infiéis se convertiam, beberrões, gatunos e jogadores profissionais eram salvos; e milhares voltavam a ser cidadãos respeitáveis. Confissões depecados horrendos se faziam ouvir por toda parte. Dívidas antigas eram saldadas”.
E tudo começou com oração e o ensino bíblico sobre conversão e avivamento.

14 comentários:

Anchieta Campos disse...

Nobre Pr. e escritor Silas Daniel, a Paz do Senhor!

Um belo artigo que retrata um pouco da vida desses três homens de Deus, nos informando melhor daquilo que o nosso Criador fez em sua Igreja no decurso da história. Suas postagens como sempre nos enriquecendo em conhecimento e cultura. É uma pena que elas passarão a ser mensais, mas no mundo em que vivemos é complicado termos tempo livre, quanto mais em casos como o seu.

Despeço-me desejando-lhe toda a sorte de bênçãos divinas sobre sua vida espiritual e secular, em nome de Jesus.

Abraços fraternos.

Anchieta Campos

Silas Daniel disse...

Caro Anchieta, a Paz do Senhor!

Obrigado pelas palavras motivadoras e de compreensão. Sem dúvida, são personagens como Wilberforce, John Newton e Evan Roberts que devem ser sempre lembrados pelos cristãos, para que seus exemplos possam inspirar cada vez mais vidas.

Um abraço! E que Deus também continue abençoando sua vida em todos os sentidos!

Casamento Eduarda e Gutierres disse...

Pastor Silas Daniel, a Paz do Senhor!
Vemos em todos esses grandes homens, do cristianismo-reformado, uma dedicação ao Reino de Deus que refletiu na sociedade onde viviam. John Newton, William Wilberforce, Evans Roberts, John Wesley, Abraham Kuyper etc, com amor que tinham pela Palavra, levaram sua sociedades aos tempos de refrigério. Com esses homens aprendemos que não precisamos apelar para a heterodoxia da “Teologia da Libertação” ou da “Teologia do Domínio” para transformarmos o ambiente onde vivemos.
Mudando de assunto: Foi com tristeza que recebi a notícia do encerramento da revista “Resposta Fiel”, pois foi um veículo que desde sua 9° edição tem me edificado bastante.

Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com

Silas Daniel disse...

Caro Gutierres,

A Bíblia e a história do cristianismo nos mostram que o que os cristãos precisam mesmo para impactar o mundo não é de uma nova teologia, mas da velha e boa teologia bíblica e do poder do Espírito, ou seja, das Escrituras e do "poder dela".

Quando não há avivamento, as pessoas se sentem tentadas ou a aderir aos movimentos pseudoavivalísticos, os do tipo "mais fumaça que conteúdo", ou, dependendo do gosto, a aderir a teologias alternativas, teologias "bote salva-vidas", "novas espiritualidades", etc.

Quanto ao fim da revista "Resposta Fiel", quero lembrar que o jornal "Mensageiro da Paz" conta com artigos (seções "Apologia" e "A Bíblia tem a Reposta") que, com certeza, suprirão em parte essa carência. Além disso, a CPAD ainda idealiza a criação de uma revista com uma nova proposta apologética, e que talvez seja lançada este ano ainda. Essa é a razão do fim da revista RF. Vem coisa um pouco melhor por aí! Aguarde.

Abraço!

Unknown disse...

Caro Silas Daniel

Inpiradora a mensagem deste post.

Destaco o trecho em que Robin Furneaux, comenta sobre Wilberforce, “sua mensagem era a de que não bastava professar o cristianismo, levar uma vida decente e ir à igreja aos domingos, já que o cristianismo atravessa cada aspecto, cada canto da vida cristã. A sua abordagem do cristianismo era essencialmente prática”.

Louvamos a Deus pela vida desses expoentes, pois se eles vivessem reclusos ou fossem adeptos do cristianismo periférico ou de gueto, talvez não tivessem tornado o evangelho ainda mais relevante para a sociedade de sua época.

Que o Senhor digne-se em abençoar a nossa geração, para que sintamo-nos inspirados a perseguir tais exemplos. Que saibamos viver em favor do Reino e não em defesa de projetos pessoais (principalmente se valendo de uma suposta piedade, mas fazendo disso trampolim para se autopromover).

Um grande abraço.

Silas Daniel disse...

Caro César,

Que cada vez mais crentes despertem para o mandato que Deus nos deu de sermos "sal da terra" e "luz do mundo"! Wilberforce, Newton e Roberts são alguns dos exemplos precípuos disso, com certeza, e devemos perseguir seus exemplos.

Um abraço!

P.S.: (1) Como sabe, estou em plagas gaúchas esta semana, e já encontrei conhecidos seus de Curitiba por aqui. Mandaram-lhe um forte abraço. Repasso-os. (2) Parabéns pelo livro! Creio que será bênção para muitos jovens e adolescentes.

Esdras Costa Bentho disse...

Kharis kai eirene

Prezado Pr. Silas, lendo a biografia desses dois denodados servos de Deus, aprendi que o Evangelho também deve imiscuir-se em causas sociais. Enquanto aqui, em nossas plagas, a escravatura teve, até mesmo, anuência do poder eclesiástico, é salutar saber que outros cristãos viveram a mesma preocupação social dos profetas do Antigo Testamento.

Deus continue iluminando vossa vida e minstério.
Um abraço
Esdras Betnho

Silas Daniel disse...

Caro Esdras,

Sem dúvida, quando os valores do Evangelho impregnam nosso ser, nos vemos envolvidos em causas sociais justas. Foi isso que aconteceu com Wilberforce, Newton e tantos outros. É o mesmo que deve acontecer com os cristãos de nossa geração.

Um abraço!

Victor Leonardo Barbosa disse...

Olá pastor Silas, obrigado por ter postado este artigo. eu baixei o filme amazing grace da internet, que é muito bom mesmo...só uma dúvida: li recentemente que Willian Wiberfoce fazia parte de uma seita na igreja anglicana(não lembro o nome), isso é verdade?

Com relação ao fim da revista resposta fiel, também fiquei triste ao saber de seu fim.

Todavia, pelo que o senhor disse, vai talvez haver uma outra revista com enfonque apologético.

Tomara que seja tão boa e tão barata como a RF.

Abraços e Paz do Senhor!!!

Silas Daniel disse...

Olá, Victor!

Wilberforce não era membro de uma seita dentro da Igreja Anglicana. Na verdade, ele era um dos membros e fundadores do grupo denominado "The Saints" ("Os Santos"), que era formado por cristãos protestantes de várias matizes denominacionais, não apenas anglicanos. A maioria era de anglicanos, mas também havia, por exemplo, metodistas.

O nome original do grupo era "Grupo de Clapham", mas alguns o chamavam ironicamente de "Os Santos" e a pecha pegou. O nome "Os Santos", dado pelos inimigos, era uma crítica aos posicionamentos do Grupo de Clapham, que eram considerados puristas demais. O grupo tinha à frente Wilberforce e um humilde pastor anglicano chamado John Venn, que cedia sua igreja em Clapham, a oito quilômetros de Londres, para as reuniões. O grupo também se reunia na biblioteca do banqueiro Henry Thornton.

"Os Santos" eram contra o comércio de escravos, contra a escravatura, e também eram promotores da obra missionária e de reformas sociais. Este grupo não era bem visto por alguns setores do anglicanismo, devido a seus posicionamentos muito "puristas". O grupo era uma associação informal de cristãos protestantes de várias denominações que se reuniam em prol dos mesmos temas e objetivos, visando ao Reino de Deus.

Mais sobre o grupo, seus 12 princípios e suas lindas conquistas você vai encontrar no capítulo 15 do meu livro "A Sedução das Novas Teologias" (CPAD).

Sobre a RF, como já falei para o Gutierres, ela sai de cena, mas para entrar outra revista apologética que terá um enfoque totalmente diferente. Quanto a preço, não sei. Vai depender do seu formato quando for publicada.

Abraço!

João Paulo Mendes disse...

Pr Silas,

Como ja disseram,é inspiradora a história desses e tantos outros nomes na história do Cristinismo. A revista da ED Junenis,comentada pelo amado, tem feito com que eu e minha classe meditemos no quanto esses homens, Wesley, Moody, Spurgeon, Edwards e outros, fizeram pelo seu amor ao cristianismo, outra coisa que as lições desse trimestre tem colocado em nossos corações é o contrangimento quando olhamos tão nobres exemplos na história e os comparamos com nossas vidas, realmente poderíamos oferecer mais ao Senhor.
Que o nosso Deus conitue acrescentando-lhe a sabedoria e o conhecimento bíblico e histórico para possa contiuar sendo um expositor da PALAVRA e defensor da mesma. Tenho me empolgado tanto com alguns dos heróis que não estão relatados na galeria de Hebreus, que decidi escrever algo sobre eles no meu blog www.joaopaulo-mendes.blogspot.com ,ficarei honrado em tê-lo visitando-me.

Em Cristo,

Joao Paulo.

Silas Daniel disse...

Caro João Paulo, a Paz do Senhor!

Que bom saber que a revista Juvenis deste trimestre tem sido bênção para os amados irmãos, tanto professores quanto alunos. Vou visitar o blog para ler os textos.

Um abraço!

Silas Daniel disse...

Caros leitores,

Um aviso e uma pequena errata.

Errata: No primeiro P.S. de meu comentário do dia 26 de fevereiro, cometi um erro de português. Ao final daquele P.S., deve-se ler: "Mandaram um forte abraço. Repasso-o".

Aviso: Prometi, como sabem, uma postagem por mês. Pois bem, está saindo do forno a postagem de março. Até amanhã pretendo postá-la. Trata-se de uma reflexão pertinente sobre o engodo de determinados tipos de discurso no meio evangélico em nossos dias.

Abraços a todos!

Silas Daniel disse...

Aos interessados:

De vez em quando recebo e-mails de irmãos perguntando se existe já algum DVD do filme "Amazing Grace" em português aqui no Brasil. Pois bem, pelo que li, agora há. Na penúltima edição da revista "Veja", datada de 16 de abril, há uma matéria de duas páginas anunciando que o filme "Amazing Grace" foi lançado semana passada diretamente em DVD no Brasil, e sob o título "Jornada pela Liberdade". A resenha da revista evoca a bela história de Wilberforce, John Newton, "Os Santos" e William Pitt e como Wilberforce influenciou Abraham Lincoln, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa e Luiz Gama. A resenha ressalta ainda que a história de Wilberforce mostra que é possível fazer política eficiente sem deixar de ser ético, algo cada vez mais raro hoje em dia...

Abraços a todos!