"Um dos artifícios que o demônio usa para pôr os homens no caminho do mal é dar nomes desprezíveis a certas virtudes eternas e, assim, encher as almas fracas com o tolo medo de passarem por antiquadas se as exibirem" (Blaise Pascal)
Em época de significados distorcidos, clarificação de idéias se torna um dever constante. Por exemplo: o conceito de tolerância no cristianismo ou mesmo de tolerância em termos democráticos está sendo cada vez mais distorcido. Por isso, urge explicitarmos seu significado. É o que passo a fazer sinteticamente nesta postagem, atendendo à dúvida de um leitor enviada por e-mail.
Antes de tudo, o cristão bíblico, obviamente, defende fervorosamente a tolerância; porém, não qualquer tipo de tolerância. E que tipo de tolerância ele defende e qual ele não defende? Ele defende a tolerância em termos democráticos, que significa tolerância legal e tolerância social, mas não a tolerância acrítica. Como assim?
O cristão bíblico defende o direito que cada pessoa tem de acreditar em qualquer crença (ou em nenhuma) que se queira acreditar. Ele defende, por exemplo, que ninguém deve ser coagido a crer no que ele, cristão, crê. Isto é, o verdadeiro cristão defende e promove a liberdade religiosa. Isso se chamada tolerância legal.
O cristão bíblico também defende o respeito a todas as pessoas, mesmo que discordemos frontalmente de sua religião ou idéias. Ele defende a paz entre os indivíduos, entre os diferentes. Isso é tolerância social.
É com base na tolerância legal e na tolerância social que temos de fato a chamada liberdade religiosa.
Entretanto, o cristão bíblico não defende a tolerância acrítica. Muito pelo contrário. Ele defende que a tolerância em uma democracia, assim como a tolerância cristã à luz da Bíblia, não é sinônimo de ser acrítico. O cristão tem o direito de expressar, defender e pregar os valores bíblicos.
Tolerância cristã não é sinônimo de condescendência doutrinária, não é afrouxamento de princípios. Por isso, o cristão genuíno se opõe à agenda liberal, defende as verdades absolutas, prega a Palavra de Deus em sua inteireza e evangeliza. Ele, obviamente, é e deve ser condescendente e generoso com as pessoas, mas não condescendente no que diz respeito a relativizar os valores e princípios do Evangelho, no qual está baseada a sua fé e prática, nem deve olvidar o "Ide" (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16), achando que evangelizar é desrespeitar a fé do outro, como tenta impor a ditadura do politicamente correto.
O cristão bíblico não é, nem em seus princípios teológicos nem em suas decisões morais, Vox populi vox Dei. Ele é Sola Scriptura. Ou, como diria John Wesley, “ele é o homem do Livro”.
Antes de tudo, o cristão bíblico, obviamente, defende fervorosamente a tolerância; porém, não qualquer tipo de tolerância. E que tipo de tolerância ele defende e qual ele não defende? Ele defende a tolerância em termos democráticos, que significa tolerância legal e tolerância social, mas não a tolerância acrítica. Como assim?
O cristão bíblico defende o direito que cada pessoa tem de acreditar em qualquer crença (ou em nenhuma) que se queira acreditar. Ele defende, por exemplo, que ninguém deve ser coagido a crer no que ele, cristão, crê. Isto é, o verdadeiro cristão defende e promove a liberdade religiosa. Isso se chamada tolerância legal.
O cristão bíblico também defende o respeito a todas as pessoas, mesmo que discordemos frontalmente de sua religião ou idéias. Ele defende a paz entre os indivíduos, entre os diferentes. Isso é tolerância social.
É com base na tolerância legal e na tolerância social que temos de fato a chamada liberdade religiosa.
Entretanto, o cristão bíblico não defende a tolerância acrítica. Muito pelo contrário. Ele defende que a tolerância em uma democracia, assim como a tolerância cristã à luz da Bíblia, não é sinônimo de ser acrítico. O cristão tem o direito de expressar, defender e pregar os valores bíblicos.
Tolerância cristã não é sinônimo de condescendência doutrinária, não é afrouxamento de princípios. Por isso, o cristão genuíno se opõe à agenda liberal, defende as verdades absolutas, prega a Palavra de Deus em sua inteireza e evangeliza. Ele, obviamente, é e deve ser condescendente e generoso com as pessoas, mas não condescendente no que diz respeito a relativizar os valores e princípios do Evangelho, no qual está baseada a sua fé e prática, nem deve olvidar o "Ide" (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16), achando que evangelizar é desrespeitar a fé do outro, como tenta impor a ditadura do politicamente correto.
O cristão bíblico não é, nem em seus princípios teológicos nem em suas decisões morais, Vox populi vox Dei. Ele é Sola Scriptura. Ou, como diria John Wesley, “ele é o homem do Livro”.
25 comentários:
Silas D.
Muito bem esclarecedora esta distinção entre a tolerância cristã q se baseia no amor e na liberdade, e a tolerância frouxa. Isso só pode ser coisa dos emergentes.
Júnior
Caro Júnior,
Não creio que o leitor que tenha me enviado o e-mail que inspirou esta postagem seja um emergente. Pelo menos foi o que me pareceu. Isso porque, no e-mail que me enviou, ele demonstrou estar preocupado com a secular onda fundamentalista liberal que grassa a sociedade ocidental hodierna e com o fato de esse discurso de "tolerância" propugnado por essa onda estar afetando cristãos desatentos, e por isso pedia a mim mais subsídios sobre o assunto. Então, achei pertinente, pela importância do tema hoje, além de atendê-lo por e-mail, também postar um artigo aqui sobre o tema, pois é preciso clarificar esse assunto às pessoas para que não caiam, como muitos em nossa sociedade (inclusive alguns cristãos), no tremendo equívoco de confundir tolerância acrítica com liberdade religiosa.
Abraço!
A paz do Senhor pastor Silas Daniel.
Muito boa essa reflexão, pois os “tolerantes” pós-modernos são bem intolerantes com aqueles que discordam de suas idéias. Esse é um dos paradoxos que a nossa sociedade vive. Somente a Palavra de Deus ensina a verdadeira tolerância, que não é conveniente ao erro. As sociedades baseadas, no passado, em uma cosmovisão cristã, são hoje as mais democráticas.
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com
Caro Silas Daniel
Apesar de sucinto, este post cumpre um papel importante, considerndo o tipo de sociedade em que vivemos.
Ele também é oportuno e deveria ser conhecido por milhares de pessoas que, na noite passada, assistiram a mais um capítulo de baixaria na novela global.
Com a clara intenção de criar um estereótipo - equiparando-nos aos xiitas e talibãs -, o folhetim apelou aos mostrar uma cena estarrecedora que nos expõe, não somente ao ridículo, acusando-nos de fanáticos, mas instila o ódio das pessoas contra os cristãos.
Não podemos ser tolerantes com esta postura de uma emissora que existe por concessão pública e, por isso mesmo, indiretamente acaba sendo beneficiada pelos nossos impostos e tributos.
O caso em tela, cabe ser enfrentando como apropriadamente Martin Luther King Jr. enfrentou
a sociedade segregacionista e escravista de sua época. Ele foi um "fora-da-lei" para aquilo que não refletia os interesses coletivos, nem estava de acordo com a ordem criada por Deus que, diga-se de passagem, não agride em nada a forma correta de se viver.
Penso que o nosso posicionamnto não deve se restringir a um boicote na audiência (pois, isso, creio, todos já fazemos voluntariamente, devido o baixo nível moral e intelectual da programação desta emissora), mas deve haver um pronunciamento de que a atitude tomada pelo grupo de atores que atuaram na cena, não reflete, nem de perto, nossa opnião e modo de tratar com os homossexuais.
A despeito de não concordarmos com o homossexualismo, não usamos de violência com eles, nem com qualquer outro grupo excêntrico. O fato de não sermos acríticos frente aos desvirtumentos morais, não significa que somos torturadores de pessoas que, por sinal, precisam de nossa ajuda para sair do estado decadente em que se encontram.
A emissora está sendo, como já é do seu feitio, discriminadora, intolerante, desrespeitadora, antiética, imoral e desonesta para com uma parcela significativa da sociedade, que ainda mantém valores morais e não flexibilizam sua índole por nada.
Caro Silas, a situação é desoladora e eu espero que os crentes reajam a essa afronta insana da Rede Globo, pois se nós calarmos, estaremos sendo covardes e indignos representantes do Reino.
Um grande abraço.
A paz do Senhor pastor Silas!
Para um fichamento deste artigo, destacaria:
"Tolerância cristã não é sinônimo de condescendência doutrinária, não é afrouxamento de princípios"
Sem mais nenhum comentário!
Deus o abençoe grandemente!
Vitor Hugo
pericopecc.blogspot.com
Olá, Pr Silas, gostaria de pedir sua permissão para colocar a expressão "Verba volant, scripta manent" como assinatura de minhas mensangens enviada pelo email, ela é perfeita.
Josélio
Amigos,
Desculpe a demora! Estive este final de semana pregando no interior do Maranhão, em uma cidade a centenas de quilômetros da capital São Luís (cujo trecho inclui, além do percurso pelo chão, quase duas horas de viagem de barco), e por isso não foi possível interagir convosco. A conexão de Internet às vezes funcionava lá, às vezes não e, quando funcionava, de repente, caía, o que fez com que eu deixasse de lado a tentativa de comentar os temas pertinentes levantados em suas participações aqui, o que faço só agora, já no Rio.
Como cada intervenção fala de um tema em particular relacionado ao assunto da postagem, passarei a comentá-los individualmente a seguir.
Caro Gutierres, a Paz do Senhor!
Como já escrevi em uma das minhas primeiras postagens no "Verba volant scripta manent", e também em meu livro "A Sedução das Novas Teologias" (na seção que falo sobre o fundamentalismo liberal que grassa a sociedade ocidental atualmente), a grande ironia do uso do termo fundamentalismo em nossos dias é que justamente aqueles que o usam com o sentido de intolerância (os liberais) são os mais intolerantes de todos. Uma análise da cultura ocidental hodierna comprova que não há nada mais contraditório hoje no mundo do que o fundamentalismo liberal, porque não há nada mais intolerante hoje no Ocidente do que o liberalismo. É pura intolerância camuflada de tolerância.
A verdadeira tolerância é a tolerância que respeita o direito de escolha das pessoas (tolerância legal – o termo "legal", aqui, é uma referência ao direito individual de escolha que as pessoas têm e que a legislação hodierna em países democráticos corretamente respeitam e protegem) e a tolerância em relação à convivência com os diferentes (tolerância social). A verdadeira tolerância não choca-se com a liberdade de expressão nem sufoca a liberdade religiosa. Porém, infelizmente, é isso que fazem os "tolerantes" de hoje.
Como você bem lembrou, as primeiras sociedades democráticas (obs.: nos moldes que conhecemos, e não no estilo ainda imperfeito da Grécia Antiga) surgiram sob a influência da cosmovisão cristã, mais especificamente sob a influência do protestantismo. Foi assim na Europa depois da Reforma Protestante, onde a necessidade de liberdade religiosa e de expressão se impôs. Foi assim no início do século 17, nos Estados Unidos, com o "Pacto dos Pais Peregrinos", mais de cem anos antes da Revolução Francesa e anos antes do advento do Iluminismo. Foi assim no Brasil, quando a influência evangélica, mais do que a maçonaria (mas nossos livros de História oficiais omitem isso), forçou a liberdade religiosa.
A democracia, como a conhecemos, deve muito ao protestantismo. Porém, hoje, os liberais propõem, consciente ou inconscientemente, o sufocamento dos valores sobre os quais a democracia foi fundada. O que estamos assistindo é um processo autofágico, de autodestruição. É os liberais usando distorcidamente a democracia, manipulando-a, subvertendo seus reais princípios, mudando o significado e a aplicação da tolerância em um sistema democrático, para acabar com a própria democracia. Ora, o Estado não deve ser religioso nem antiteísta. O Estado deve ser laico. Estado antiteísta não é Estado laico. Estado anti-religioso não é Estado laico.
Caro pastor e amigo César Moisés,
Não havia tomado conhecimento das tais cenas da novela global, até ler seu comentário e comprar ontem, numa livraria do Aeroporto de Brasília, à espera de minha conexão para o Rio de Janeiro, a atual edição da revista "Veja", que afirma que a Globo "compra mais uma briga com os evangélicos" com esta novela.
Era de se esperar que isso acontecesse, pois o histórico da Globo é sabido de todos e, além disso, sabe-se que o autor da atual novela das oito já defendeu a agenda do Movimento Homossexual em outros folhetins globais. Quem esperava que seria diferente desta vez por causa de alguns supostos "personagens evangélicos legais" na novela foi ingênuo demais. Só bobos acreditaram nisso. Os valores bíblicos chocam-se com os valores defendidos pela emissora há anos. Se o autor da novela suavizou o discurso preconceituoso em relação aos evangélicos no início, colocando, inclusive, músicas evangélicas na novela, foi só para atrair a audiência dos evangélicos. Mas, para que fim? Queriam passar uma mensagem aos evangélicos e à sociedade. A mensagem é a seguinte: os evangélicos "do bem" são condescendentes com os atuais "valores" da sociedade e os evangélicos "do mal", os que não são condescendentes, são todos "homofóbicos fanáticos", loucos, agressivos, etc.
Sabemos que há alguns "evangélicos" que praticam atitudes vergonhosas, atitudes absurdas, que afrontam o Evangelho. Mas o caso apresentado na novela não é para mostrar esse tipo de “evangélico” (claramente, o alvo ali não é especificamente a Universal ou os neopentecostais), já que os "evangélicos do bem" da novela são frouxos em princípios bíblico-doutrinários e o estereótipo negativo de “evangélico” apresentado na novela é tão absurdo que transcende qualquer outro estereótipo negativo já criado sobre evangélicos até hoje. A própria matéria de "Veja" admite isso, e ela foi escrita por um jornalista secular.
O que a Globo e o autor da novela querem é taxar como intolerantes, agressivos e fanáticos todos os evangélicos que são contrários ao projeto de lei que institui o crime de "homofobia" no Brasil. Querem imprimir na consciência das pessoas que os evangélicos que são contrários ao tal projeto são, pelo menos em potencial, agressores de homossexuais. Nada mais falso.
Sou a favor de protestos pacíficos, como os que o irmão propôs. Fato é que não podemos ficar passivos. Aliás, a Globo já recebeu, segundo matéria de "Veja", uma enxurrada de e-mails de protestos por essas cenas na novela. E a cena foi tão forte que até mesmo não crentes já estão dizendo que o autor da novela da Globo pegou pesado.
Aos leitores, indico o artigo de Euder Faber, do Vinacc, sobre o assunto, e que pode ser encontrado no endereço http://www.conscienciacrista.org.br/novo/geral/layoutnovo-destaqueprincipal.php?subaction=showfull&id=1205458243&archive=&start_from=&ucat=8&
Abraço!
Caro Vitor, a Paz do Senhor!
Realmente, a frase que você destacou resume bem o conteúdo desta postagem. Daria um bom "olho" para este artigo, para usar a linguagem jornalística. Como lembrei ao Gutierres, mais sobre o assunto pode ser encontrado nos quatro últimos capítulos do meu livro "A Sedução das Novas Teologias", quando falo sobre a onda fundamentalista liberal que está impregnando a sociedade ocidental em nossos dias.
Abraço!
Caro Josélio,
Não vejo problema em usar esta expressão latina ao final de seus e-mails. Apesar de ela estar associada ao meu blog na blogosfera cristã, é expressão de uso público.
Abraço!
Sucinto, objetivo e coerente. Textos simples como esse ajudam a esclarecer para cristãos menos informados o nosso correto proceder para com a sociedade e grupos ex-eclésia, além destes entenderem como pensam os protestantes.
Abraços fraternos!
Anchieta Campos
Caro Anchieta,
Antes de tudo, desculpe o texto vir sem acentos. Eh que estou nos Estados Unidos (cheguei hoje pela manha) e o computador que estou usando nao estah programado para ter acentos (por isso estou improvisando com a linguagem de chats - "eh", "estah", etc, conforme estao me ensinando aqui enquanto digito). Em uma epoca como a nossa, onde conceitos simples tem seus significados transmutados para atender ao espirito do nosso tempo, urge recolocarmos as coisas nos seus devidos lugares, "os pingos nos Is", "o preto no branco", como se diz popularmente. Os discursos sao cada vez menos claros, os conceitos sao cada vez mais cinzentos, por isso a necessidade de sermos os mais objetivos e precisos possiveis para nao sermos mau interpretados. O assunto tolerancia eh um exemplo claro disso.
Abracos!
Pr. Silas Daniel,
A Paz do Senhor.
Parabéns pelos temas expostos em seu blog.
Em especial o deste mês, sobre a tolerância cristã.
Nesta sociedade tida como "liberal" percebo que tudo que o crente diz, pode ser ouvido como "preconceituoso". Os valores estão distorcidos, o certo é errado e o errado é o certo. Para vivermos fiés a Deus e aos princípios bíblicos precisamos da graça e sabedoria de nosso Senhor Jesus, pois eu mesma percebo que meus amigos não crentes, me tratam bem, desde que eu não fale sobre "religião" ou seja falar de Jesus e seu amor já é tido como falar de religião, hoje as pessoas misturam muito isso, se eu falo do amor de Jesus, já acham que quero leva-los para minha igreja, meus costumes, minhas crenças.
Como fazer los entender que o que fazem é errado, é pecado, sem no entanto ser vista como " a crente preconceituosa".
No meu trabalho tenho colegas homossexuais, temos um relacionamento amistoso, respeito sua decisão, eles demonstram gostar de mim, desde que eu não fale de "religião", tudo que tento dizer sobre Jesus, já levam para o lado do preconceito. Fica difícil para nós servos do Senhor, vivermos em um meio onde temos que conviver com tudo e se falarmos de forma objetiva sobre os valores bíblicos somos taxados de racistas e intolerantes.
Eu me sinto mal as vezes, pois acho que devo mostrar para essas pessoas que se não se arrependerem irão para o inferno, como pregar na Faculdade, trabalho, cursinho, sem ser visto como o crentinho. Minha vida já é um exemplo, pois busco ser fiel ao Senhor em minhas ações e atos, mas as vezes é necessário falar, e aí, como agir?
Grande abraço.
Josefa Lima.
Cara Josefa, a Paz do Senhor!
Sua pergunta é importantíssima! E a resposta a ela poderia resultar até mesmo numa nova postagem. Entretanto, como tenho outro tema em mente para meu próximo artigo, opto por uma resposta mais sintética (porém, creio, suficientemente esclarecedora). Vamos a ela.
Em primeiro lugar, você deve se lembrar que, infelizmente, nem sempre as pessoas vão ser receptivas à mensagem do Evangelho. Lembre-se da Parábola do Semeador (Mt 13.1-9,18-23). Nem mesmo o próprio Jesus teve sua mensagem recepcionada positivamente nos corações de todos aqueles que O ouviam. Porém, isso não deve levar-nos a desistir daqueles que hoje se fecham ao Evangelho. Se as pessoas com quem convivemos já ouviram bastante o Evangelho, devemos continuar orando por elas e pregando com o nosso exemplo e, no momento certo, se tiver de acontecer, quando o Espírito Santo tocar seus corações, elas se aproximarão para saber mais de Jesus. Algumas pessoas que hoje não são abertas à mensagem do Evangelho poderão mais à frente renderem-se a Cristo, como resposta às nossas orações e à ação do Espírito Santo na vida delas. Saulo não foi receptivo à pregação de Estevão, tendo participado até mesmo de sua morte (At 7.51,58). Inclusive, ele se tornou um grande perseguidor da Igreja (At 9.1,2). Naquela época, aos olhos humanos, ninguém apostava na sua conversão a Cristo. Porém, mais à frente, o perseguidor de cristãos se transformou em perseguido por causa do seu amor a Jesus. No início, muita gente nem acreditou (At 9.21). Lembre-se ainda que até os irmãos de Jesus não criam nEle (Jo 7.5), porém, mais à frente, se tornaram grandes discípulos de Jesus (At 1.14; Tg 1.1; Jd 1).
Nosso dever é pregar. Quem convence é o Espírito Santo.
Em segundo lugar, não basta pregar a verdade. Devemos falar e seguir a verdade em amor (Ef 4.15). Às vezes, a resistência que as pessoas têm ao Evangelho não se deve tanto à mensagem do Evangelho em si, mas à forma como ela é transmitida e ao comportamento de quem a transmite (não estou dizendo que este seja o seu caso, longe disso, mas é importante, como seqüência do raciocínio, frisar esse ponto). Infelizmente, há quem pregue não com amor no coração, mas com outro espírito que não é o do Evangelho. Pregam a verdade, mas, por exemplo, sem cortesia e respeito. Outros até com ódio no coração (sic)! Lembremos que Jesus, os profetas e os apóstolos foram duros em muitos dos seus discursos, mas vejamos em que situações, ou seja, como resposta a que tipo de ações e reações.
A regra é pregar “Arrependei-vos”. A regra não é pregar “Raça de víboras”. Cada coisa no seu devido lugar. Devemos pregar a verdade sem transigir uma vírgula em seu conteúdo, mas em amor. Como disse Pedro, devemos estar “preparados para responder a todos que pedirem a razão da nossa fé”, mas essa resposta, diz ele, deve ser dada “com mansidão e temor” (1Pe 3.15). Esse é o espírito.
Em terceiro lugar, nosso comportamento é muito importante na nossa evangelização. Devemos viver o que pregamos. Não basta ortodoxia, é preciso ortopraxia. É preciso viver o Evangelho. As pessoas devem olhar para nós e ver em nossas vidas “as marcas de Cristo”. Por exemplo: já conheci alguns cristãos em faculdade cujo comportamento afastou pessoas do Evangelho. Porém, quando seus colegas de faculdade ou do trabalho vêem que você é diferente mesmo, ou seja, é amoroso com as pessoas, não é frio, é atencioso, humilde, generoso e mantém os seus princípios (os princípios bíblicos), procurando sempre viver uma vida de santidade, de correção bíblica, então as pessoas te ouvem. Eles se interessam em conhecer o Evangelho e vêm a você para saber mais dele. Experiência própria. Já ganhei vidas para Cristo assim.
E agora, o mais importante de tudo: não evangelize estribada no seu “poder de persuasão”, na sua “eloqüência”, mas no poder do Espírito Santo. Se não, será como aquele que lamenta: “Eu apontei a lua, mas a única coisa que ele viu foi o meu dedo”. Sua pregação não deve chamar a atenção para si mesma, para as qualidades de seu discurso, mas para o Evangelho, para as qualidades de Cristo, para o que Deus quer e pode fazer na vida da pessoa. Quando evangelizar, peça a Deus que te conceda as palavras certas no momento certo. Podem ser palavras simples. Pode ser até um simples testemunho do que Deus fez na sua vida e pode fazer na vida dessa pessoa. Se é uma pessoa com quem você já tentou falar de Cristo, mas ela não te dá oportunidade, impregnada que está por algum preconceito, então peça a Deus que te conceda uma oportunidade ou situação para falar de Jesus a essa pessoa, isto é, um momento em que ela se abra para ouvir. E nunca deixe de orar por essa pessoa.
Lembre-se: devemos pregar; e também devemos estar preparados, como disse Pedro, para responder a quem nos perguntar a razão de nossa fé; mas, além da ação e da preparação intelectual e doutrinária, devem estar o nosso preparo espiritual e a nossa dependência do Espírito Santo. Dependemos de Deus. Nós pregamos – disse Jesus: “Ide e pregai” -, porém é o Espírito Santo - disse também Jesus - quem “convence o homem do pecado, da justiça e do juízo”.
No mais, saiba que orei por você e por essas pessoas de quem falou para que possam ser alcançadas pelo Evangelho.
Um abraço!
Caros,
Cheguei de viagem ontem, no final da manhã, depois de uma maratona de pregações nos Estados Unidos. Foram dias abençoados na presença de Deus, onde pudemos presenciar renovação espiritual e vidas se rendendo a Cristo. Hoje, voltei ao batente. Quem sabe mais à frente comento algumas novidades.
Aproveitando: Caro "Anônimo" do dia 17 de março, só agora percebi sua mensagem! Passei batido por ela alguns dias atrás ao responder a uma série de comentários postados aqui que, devido aos meus muitos afazeres, ficaram alguns dias sem resposta. Na ânsia de respondê-los, esqueci de você. Fui ao endereço que você indicou. Achei as tais declarações realmente preocupantes.
Abraços a todos!
Caro Silas,
Que Deus lhe abençoe. Parabéns pelo livro.
Em Cristo,
Andrea Araujo
Cara Andrea, é uma surpresa vê-la aqui!
Creio que você esteja falando do meu mais novo livro, "A Sedução das Novas Teologias". Interessante que, nas três últimas semanas, tenho recebido um crescente retorno de irmãos de várias partes do Brasil comentando o livro. Só hoje, além desta mensagem da irmã, um pastor de São Luís (MA) e um outro do Piauí me ligaram parabenizando pelo conteúdo do livro e comentando alguns capítulos que acharam mais interessantes. Fico feliz em saber que estamos sendo, apesar de nossas limitações, bênção para irmãos em todo o país. Glórias, pois, eternamente ao Senhor, que nos inspira!
Abraço e que Deus continue abençoando a você e à sua família!
A paz do Senhor!
Seus artigos tem sido muito edificantes para minha vida. Deus o abençoe.
A Paz do Senhor!
É a mesma Andrea? Seja como for, que bom saber que os artigos deste blog (e espero que os dos jornais e revistas também) têm sido usados por Deus para edificar sua vida.
Que o Senhor, pela Sua graça, possa nos tornar ainda mais eficientes em Sua obra.
Deus a abençoe também!
Caros,
Nos próximos dias, no mais tardar até o final de semana, estarei postando um novo artigo. Não comecei a escrevê-lo ainda, mas já posso adiantar que tudo indica que será um pouco maior do que os artigos que costumo postar, devido ao teor do assunto. Está em gestação em minha mente e, na primeira oportunidade, se Deus assim permitir, logo o darei à luz.
Abraços!
P.S.: Pequena errata: em meu comentário do dia 21 de março, no final do texto, onde se lê "mau interpretados" leia-se "mal interpretados". Obrigado.
Caro Silas, a paz do Senhor!
Estava me referindo mesmo a seu livro 'Sedução das Novas Teologias'. Parabéns pela obra! É bastante explicativa. Quanto a outra Andrea, não sou eu. Mas concordo com ela sobre seus artigos, são uma benção!
Deus continue abençoando seu ministério e o da Lília!
Em Cristo,
Andrea Araujo
Cara Andrea,
Devido à confusão que muitos fazem em torno dessas novas teologias, sendo engodados facilmente por seus argumentos, procurei ser o mais explicativo possível em meu livro, rebatendo ponto a ponto todos os pressupostos do neoliberalismo teológico. Logo, que bom saber que pude ser bastante elucidativo em minha meticulosidade!
Abraço!
Caros,
Aos interessados, informo que a próxima edição da revista "GeraçãoJC" (publicação da CPAD voltada para os jovens cristãos) traz um artigo meu na seção "Crítica" sobre a tolerância cristã e os ataques da novela "Duas Caras", um assunto que começamos a discutir aqui, neste espaço de comentários, mas que está muito mais enriquecido ali.
Os interessados poderá adquirir a revista, que está trazendo muitos outros assuntos interessantes também, logo que ela sair (em meados de maio) em qualquer loja da CPAD perto da sua casa ou pelo www.cpad.com.br, ou ainda pelo 0800-21-7373.
Abraços!
Realmente alguns leem mas não entendam, ou teem medo .Eu não temo nenhum filosofo, sou cristão desde 1985, sinto-me feliz quando encontro alguém ,quem quero seja de qualquer denominação mas que é determinado e que nos trás algo que nos beneficia eu concordo consigo irmão.Acabei de imprimir 19 folhas suas riquissimas pra abrir os olhos daqueles que ainda duvidam do Cristo Maravilhoso.
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