Caros,
No programa Resposta Fiel de 9 de setembro, às 22h, falaremos sobre a tendência que muitos cristãos hodiernos têm de, sob a influência da cosmovisão pós-moderna, confundir lei moral com legalismo e disciplina espiritual com disciplina meramente religiosa. No quadro de perguntas-e-respostas, abordaremos o caso de Saul e a pitonisa de En-dor, atendendo à sugestão de um de nossos leitores. E ao final do programa, o nosso bate-papo teológico é com o pastor Geremias do Couto, coordenador nacional do Projeto Minha Esperança. Os temas do debate são apologética cristã contemporânea e o envolvimento das igrejas em todo o país com o projeto idealizado pela Associação Billy Graham. O link para assistir ao programa é http://www.cpad.com.br/radioweb
No programa Resposta Fiel de 9 de setembro, às 22h, falaremos sobre a tendência que muitos cristãos hodiernos têm de, sob a influência da cosmovisão pós-moderna, confundir lei moral com legalismo e disciplina espiritual com disciplina meramente religiosa. No quadro de perguntas-e-respostas, abordaremos o caso de Saul e a pitonisa de En-dor, atendendo à sugestão de um de nossos leitores. E ao final do programa, o nosso bate-papo teológico é com o pastor Geremias do Couto, coordenador nacional do Projeto Minha Esperança. Os temas do debate são apologética cristã contemporânea e o envolvimento das igrejas em todo o país com o projeto idealizado pela Associação Billy Graham. O link para assistir ao programa é http://www.cpad.com.br/radioweb
O programa terá reprise na quinta-feira, 11 de setembro, às 17h e no domingo, 14 de setembro, às 12h.
A revista Veja desta semana traz uma matéria interessante sobre a juventude evangélica no Brasil. A colega jornalista Juliana Linhares, que assina a matéria, entrou em contato comigo há algumas semanas, por telefone e por e-mail, para pedir informações que pudessem incrementar a matéria. Ela queria conhecer melhor como era a juventude assembleiana. Apesar de eu ter dado várias informações, ela preferiu dar destaque ao comportamento da juventude de igrejas neopentecostais, uma vez que o comportamento de certa forma exótico desses jovens se configura muito mais chamativo para uma matéria. Entendo perfeitamente o feeling dela, só achei que poderia mostrar um pouco mais o contraponto. Nem todos os jovens evangélicos do Brasil têm exatamente aquele perfil. Mas, ressalva à parte, gostei muito do fato de Juliana ter feito uma matéria onde procura imparcialmente entender a mente dos jovens evangélicos de hoje.
Em agosto, no programa Focus on the Family, o meteorologista Stuart Shepard apresentou um vídeo de humor onde dizia, com guarda-chuva na mão, que estava esperando, em resposta a orações de cristãos em todo o país, uma “chuva de proporções bíblicas” na noite do discurso de Barack Obama na Convenção do Partido Democrata, que ocorreria no dia 28 daquele mês. Apesar de ser uma brincadeira, o vídeo acabou ganhando repercussão. É que algumas pessoas (inclusive no Brasil) divulgaram o fato, em sites e blogs, como se o vídeo fosse sério e como se o pastor James Dobson, líder do Focus on the Family, estivesse conclamando de verdade uma oração desse tipo em todos os EUA, o que seria um contra-senso para qualquer cristão genuíno, que não deve desejar o mal aos outros. Como os democratas exploraram muito a brincadeira na última semana de agosto (o que era de se esperar), jornalistas seculares chegaram a perguntar a Dobson e Stuart Shepard se a coisa era séria mesmo ou uma brincadeira, ao que reagiram surpresos: “O quê? É incrível que algumas pessoas tenham tomado isso como literal! Se alguém o fez, lamentamos muito. Não estamos fazendo nenhuma oração desse tipo”. Apesar disso, o senador democrata John Morse, da campanha de Obama, não perdeu a oportunidade de alfinetar: “Mesmo que não tenham falado a sério, deveriam ter mais cuidado com suas brincadeiras”. Ao que Shepard respondeu: “É se sensibilizar demais com um vídeo de humor leve”.
A revista Veja desta semana traz uma matéria interessante sobre a juventude evangélica no Brasil. A colega jornalista Juliana Linhares, que assina a matéria, entrou em contato comigo há algumas semanas, por telefone e por e-mail, para pedir informações que pudessem incrementar a matéria. Ela queria conhecer melhor como era a juventude assembleiana. Apesar de eu ter dado várias informações, ela preferiu dar destaque ao comportamento da juventude de igrejas neopentecostais, uma vez que o comportamento de certa forma exótico desses jovens se configura muito mais chamativo para uma matéria. Entendo perfeitamente o feeling dela, só achei que poderia mostrar um pouco mais o contraponto. Nem todos os jovens evangélicos do Brasil têm exatamente aquele perfil. Mas, ressalva à parte, gostei muito do fato de Juliana ter feito uma matéria onde procura imparcialmente entender a mente dos jovens evangélicos de hoje.
Em agosto, no programa Focus on the Family, o meteorologista Stuart Shepard apresentou um vídeo de humor onde dizia, com guarda-chuva na mão, que estava esperando, em resposta a orações de cristãos em todo o país, uma “chuva de proporções bíblicas” na noite do discurso de Barack Obama na Convenção do Partido Democrata, que ocorreria no dia 28 daquele mês. Apesar de ser uma brincadeira, o vídeo acabou ganhando repercussão. É que algumas pessoas (inclusive no Brasil) divulgaram o fato, em sites e blogs, como se o vídeo fosse sério e como se o pastor James Dobson, líder do Focus on the Family, estivesse conclamando de verdade uma oração desse tipo em todos os EUA, o que seria um contra-senso para qualquer cristão genuíno, que não deve desejar o mal aos outros. Como os democratas exploraram muito a brincadeira na última semana de agosto (o que era de se esperar), jornalistas seculares chegaram a perguntar a Dobson e Stuart Shepard se a coisa era séria mesmo ou uma brincadeira, ao que reagiram surpresos: “O quê? É incrível que algumas pessoas tenham tomado isso como literal! Se alguém o fez, lamentamos muito. Não estamos fazendo nenhuma oração desse tipo”. Apesar disso, o senador democrata John Morse, da campanha de Obama, não perdeu a oportunidade de alfinetar: “Mesmo que não tenham falado a sério, deveriam ter mais cuidado com suas brincadeiras”. Ao que Shepard respondeu: “É se sensibilizar demais com um vídeo de humor leve”.
Por falar de tempestade, a única tempestade que Obama sofreu mesmo veio no dia seguinte, com o anúnico de Sarah Palin como vice na chapa de McCain. Depois da Convenção Republicana, Obama, que chegou a terminar a Convenção Democrata com 7 pontos à frente de McCain depois de estar empatado tecnicamente com ele, agora está 10 pontos atrás de McCain-Palin, segundo pesquisa USA Today/Gallup divulgada em 8 de setembro.
12 comentários:
Pastor Silas, a paz!
01. Infelizmente os horários do programa não permitem que eu acompanhe o programa (Talvez o de domingo, mas até mesmo as atividades da igreja podem impedir)... Quero sugerir a possibilidade de baixar os programas no site da rádio.
02. Sobre a reportagem da Revista Veja (muito boa por sinal) havia uma rápida citação sobre uma assembleiana, chamada Janara Alves, que destacou mudanças no legalismo presente em muitas igrejas pentecostais... Achei muito positiva a posição dessa jovem advogada.
03. Lembro que li um artigo da BBC onde descrevia que questões religiosas não influenciariam tanto as eleições de 2008 para presidência nos EUA. Vejo o contrário! A temática “religião” tem sido um dos pontos mais quentes da campanha. A furação “Sarah Palin” alcançou uma audiência fenomenal em seu discurso e ainda ajudou a elevar a audiência da FOX NEWS.
Hoje os jornais estão divulgando o crescimento da campanha de John McCain e o deslize de Barack Obama, que em entrevista para um programa da ABC falou “minha fé mulçumana”, sendo corrigido pelo apresentador.
Fico feliz pelo esclarecimento sobre a “campanha” de oração promovida pelo pastor James Dobson para atrapalhar a convenção democrata. Quando li isso no domingo, fiquei imaginando como Dobson poderia expressar tamanha imaturidade. Mas Graças a Deus tudo não passou de um equívoco. Bem que os conservadores norte-americanos não conseguem se livrar de frases infelizes, como de Sarah Palin, que na Assembléia de Deus em Wasilla declarou que a guerra do Iraque é “uma missão de Deus”.
Um abraço,
Caro Gutierres,
Falei com o pessoal da rádio sobre o assunto e me disseram que brevemente estarão disponibilizando no www.cpad.com.br/radioweb a opção de assistir a programas anteriores, como já acontece com o programa televisivo "Movimento Pentecostal". Quando a opção estiver disponível, bastará clicar no nome do programa que quer ouvir e aparecerão todas as edições dele discriminadas conforme a data em que foram veiculadas. Agora, vai demorar ainda alguns dias até disponibilizarem essa opção. Por isso, por enquanto, para ouvir o programa, só assistindo-o no dia e horário agendados.
Quanto a Janara, não a conheço. Imagino que a Juliana deve ter visitado alguma Assembléia de Deus em São Paulo para pegar depoimentos de alguns jovens para a matéria e publicou dentre eles aquele depoimento que era mais interessante para o tipo de matéria que ela queria.
Quanto ao artigo da BBC, balela pura! As questões religiosas e morais influenciam sim, ainda hoje, a política norte-americana. Quem acha que não são esses comentaristas de fora dos EUA que acham que entendem mais de política americana do que os próprios americanos. Às vezes, ao ouvi-los, dá a sensação de que eles querem ensinar aos americanos o que é melhor para eles. E como forçam terrivelmente a barra em sua torcida obamista!
Um exemplo: Viu o "Jornal Nacional" de ontem? O “JN” só mostrou a pesquisa da CNN quanto à corrida presidencial americana. Por quê? Porque a da CNN foi a única que mostrava Obama e McCain ainda empatados. Todas as outras pesquisas divulgadas também ontem mostram McCain à frente, algumas com 3 pontos de vantagem (a menos otimista) e as outras com 7 e 10 pontos de vantagem, como a da conceituada Gallup. A Zogby, outra respeitável, é uma das que dá vantagem folgada à dupla McCain-Palin hoje. Mas, o "Jornal Nacional", de obamistas roxos, só deu o resultado do censo da CNN... Ou seja, a do Gallup, da Zogby e das demais só vale quando o resultado é interessante para eles, entende?
E se alguém acha que isso é um caso isolado, deixe-me lembrar que, nas eleições presidenciais de 2004, quando Bush tentava a reeleição, todas as pesquisas a um dia da eleição mostravam Bush à frente ou, no mínimo, empatado, menos a da Zogby, que dava vitória folgada ao democrata John Kerry. Pois bem, adivinhe qual foi a única pesquisa divulgada no "Jornal Nacional" um dia antes das eleições americanas de 2004, e apresentada como a que realmente mostrava a realidade dos EUA naquele momento? A da Zogby, que inclusive passou por um vexame depois do resultado, pois foi a única que errou feio. Em vez de mostrar todas, inclusive a da Zogby, mostraram só esta, porque foi enfatizada pelos democratas CNN e “NYT”. Depois desse vexame, a Zogby teve que correr atrás para recuperar a sua imagem. Com dificuldades, conseguiu melhorar a sua credibilidade, aperfeiçoando seu método de fazer pesquisa. Mas a questão é: Por que o "JN" só mostrou o resultado da Zogby?
Alguém já me perguntou: “Às vezes não parece que a Globo age como se achasse que pudesse influenciar a eleição americana?” De certa forma, sim. Via Globo Internacional, tentam influenciar pelo menos o imigrante brasileiro nos EUA, numa forma de ajudar os democratas por lá. Mas, principalmente, é uma questão ideológica, é uma tentativa de influenciar ideologicamente o brasileiro de forma geral e as cabeças pensantes do país.
Um erro crasso que tem tudo a ver com isso: quem pauta a maioria esmagadora da mídia brasileira sobre os EUA é o jornal liberal e democrata "The New York Times", quando, não sei se você sabe, uma pesquisa encomendada pelo próprio "NYT" há pouco tempo revelou, para indignação de seus donos, que o denominado (pelos fãs) "o mais influente jornal dos EUA" e "um dos mais influentes jornais do mundo" não é levado a sério nem pelos seus próprios leitores. Segundo a pesquisa, 60% dos leitores do "NYT" dizem que não acreditam no que é publicado no "NYT" por ele ser "muito tendencioso". E o que fez o "NYT" à época da pesquisa? Disse que a culpa disso era... da republicana Fox News!!! Acredite se quiser. Por quê? Porque a Fox estaria "desinformando" os seus leitores ao desmentir muitas das matérias do "NYT". Ora, mas as matérias do "NYT" na área política são corroboradas pela CNN, pela NBC etc, e a Fox não chega nem perto da audiência desses outros canais juntos. Então, o que leva realmente o “NYT” a ser tão desacreditado hoje? É que os americanos não se apóiam apenas em uma versão, mas comparam versões para chegar normalmente a conclusões. A maioria ouve os dois lados. Agora, aqui, no Brasil, os jornalistas só lêem uma versão: a do "NYT" e da CNN. E é essa versão que passam aos brasileiros como verdade.
A verdade é que lemos os EUA com as lentes do “NYT”, da CNN e da revista “Times”, pois estas são as grandes fontes da mídia brasileira impressa e televisiva.
A imprensa brasileira, ao tentar entender os EUA, só lêem o "The New York Times", a "Times" e o "Washington Post", e só assistem à CNN, enquanto o americano não só lê o "NYT" e o "Post", e não só assiste à CNN.
O resultado disso é que os brasileiros só sabem dos republicanos aquilo que os democratas lhes dizem sobre os republicanos. Por isso, os prognósticos da mídia brasileira sobre os EUA são tão equivocados. Por isso, o Brasil é pego de surpresa quando Sarah Palin é escolhida vice, quando todos os sites e programas republicanos já colocavam o nome dela entre os cinco prováveis escolhidos semanas antes da escolha. Se eles lessem e ouvissem todos os lados... Mas só lêem e ouvem um! É o resultado que dá só ler NYT e só assistir CNN, NBC etc.
Aliás, o jornal "O Globo" de hoje "chora" a quase-falência do jornal "The New York Times", que está cortando os gastos e demitindo centenas de funcionários para não afundar mais ainda financeiramente. Fala-se até que, do jeito que está, em 2014 o "NYT" será apenas eletrônico (ou seja, só via Internet) posto que os gastos são bem menores assim. Seria a única forma de sobreviver. Essa não é uma notícia estranha para quem, como a maioria das pessoas do Brasil, via mídia brasileira, criou uma impressão gloriosa do “NYT”?
O que sai no "NYT" não é o que realmente pensa a maioria dos americanos nem é a verdadeira versão dos fatos sobre os EUA. Nem as mídias republicanas sozinhas são!
Em síntese: se alguém quiser uma versão honesta, leia os dois lados! Leia o "NYT", assista à CNN e a NBC, mas também assista à Fox News e, como não é fácil ouvir os programas de debate das rádios americanas (majoritariamente republicanas), leia o www.worldnetdaily.com ou o www.townhall.com
Só ouvindo os dois lados chegamos a conclusões mais verdadeiras.
Eis mais um exemplo do que acabamos de falar: não é verdade que Palin referiu-se à Guerra no Iraque como uma “missão de Deus”. Essa foi a interpretação forçada que a mídia democrata e a campanha de Obama deu ao pedido de oração que Palin proferiu em relação ao Iraque em sua palestra naquele dia em sua igreja. O que ela realmente disse? Na palestra que proferiu em junho, Palin pediu oração aos presentes para que Deus guiasse o governo dos EUA na condução da situação no Iraque. Na mesma ocasião, pediu oração também para que um projeto, que resultaria em melhora na economia do seu Estado, fosse aprovado. Resultado? Os democratas afirmaram que Palin estava misturando Igreja com Estado ao pedir oração pela Guerra no Iraque e também pela aprovação do projeto (sic). E disseram ainda que o tal pedido de oração sugeriria que ela acha que a Guerra no Iraque é uma missão divina! Como a mídia aqui não ouve o outro lado, mas apenas publica a versão democrata dos fatos, a coisa fica parecendo verdade, o brasileiro fica pensando que Palin falou aquela besteira mesmo. E aí conclui depois: “O americano é muito burro! Como é que ele deu a vitória a Bush em 2004 depois de tudo o que assistimos na tevê e lemos sobre ele nos jornais e revistas? Como é que McCain e Palin estão à frente depois de tudo isso?” É que tudo que sabem sobre os EUA é apenas o que a oposição e a campanha democrata dizem. É como estudar Teologia em livros de antiteístas.
Veja o caso do James Dobson. Se alguém só conhece a versão contrária, fica pensando que todos os conservadores dos EUA são doidos e que o Dobson é um doido “varrido” ao ponto de fazer uma campanha nacional de oração para que Deus derrame uma “chuva de proporções bíblicas” sobre Obama no dia do seu discurso. Só de ouvir a história a gente já sabe que é uma tremenda mentira. E depois de checar a verdade dos fatos, aí é que fica ainda mais clara a sordidez do pessoal na distorção dos fatos quando o assunto é política.
Abraço! E obrigado por provocar essa reflexão!
Pastor Silas Daniel,
Muito interessantes os esclarecimentos...
Bom seria se tivéssemos uma “Fox News” no Brasil (Que os meus colegas obanistas não me ouçam, rsrs!!!). Tomara que a história de que Rubert Murdoch, dono da Fox, que planeja comprar o liberal-democrata do The New York Times se concretize...
Agradeço a atenção!
Infelizmente, não temos uma "Fox News". O que há é "Globo versus Record - a disputa para ver quem é pior". E com isso não estou dizendo que a Fox é perfeita, mas que não temos no Brasil nenhum canal de televisão secular que, além de ter excelente estrutura, defenda princípios conservadores. Globo e Record brigam para ver quem faz melhor a mesma coisa, para ver quem é mais liberal. A disputa pela audiência ali é entre o original e o aprendiz.
Mas, nem tudo é ruim. Há algumas ilhas de qualidade nesse imenso oceano da pouca qualidade da tevê brasileira. Quando digo pouca qualidade, refiro-me, obviamente, a conteúdo, e não a tecnologia. Não adianta dizer que o jornalismo no Brasil é ótimo só porque tem ótima tecnologia. O que adianta tanto dinheiro e tecnologia, se a serviço de um interesse antiético e na promoção de um conteúdo distorcido?
Exemplos de "ilhas"? Acho, por exemplo, o "Jornal da Globo", aquele de tarde da noite, em termos de conteúdo, infinitamente melhor do que o "Jornal Nacional", o "Jornal Hoje" e o "Bom Dia Brasil". Os quatro jornais são do mesmo canal de televisão - Rede Globo -, mas só o primeiro tenta não forçar muito a barra, tenta ser mais fiel aos fatos. Tem suas pisadas na bola, mas é muito mais prudente e coerente. Isso tem a ver com uma certa independência da editoria de São Paulo ("Jornal da Globo") em relação à do Rio de Janeiro ("Jornal Nacional" e "Bom Dia Brasil"). Gosto também do jornal da noite da Bandeirantes, com o Boris Casoy. E só.
Sobre o Murdoch, há pouco tempo ele comprou o "New York Post" para fazer frente ao "The New York Times". O "New York Post" é bem menor que o "NYT", mas tenta mostrar o outro lado. Li quando ele anunciou, provocativamente, que, um dia, comprará o "NYT", o que deixou o pessoal liberal irado. Se isso acontecer, pela primeira vez os republicanos vão ter um jornal de peso em termos políticos, já que o único jornal republicano que pode se dizer de peso é o "Wall Street Journal", comprado também recentemente por Murdoch, mas que só é de economia. Ele é como o "Valor Econômico". Os grandes jornais de opinião política nos EUA ainda são democratas. Bom seria que houvesse um equilíbrio: grandes jornais democratas e grandes jornais republicanos.
Agora, já imaginou se um dia o "NYT" se tornar republicano? Será que os jornalistas no Brasil vão continuar seguindo a cartilha do "NYT"?
Vou tentar dar uma escutada na rádio pastor Silas, que parece ser muito interessante. Porém fica difícil para mim, pelo mesmo motivo que o Gutierres, apresenteou, talvez dê para escutar na faculdade, mas isso se não tiver aula ou meus trabalhos já tiverem terminado.
Gostaria de também sugerir a possibilidade do internauta escutar a rádio no sistema o.,
pracional Linux( o qual eu utilizo, assim como muitos crentes hoje). Infelizmente não pude escutar no sistema oprecional padrão em meu computador, graças a Deus que possuo o windows também...
Com relação a Murdock, se o New York post mostra o outro lado, certamente não é por ele. Pelo que já li sobre ele, o que verdadeiramente importante são $eu$
Princípio$.
Abraços pas to Silas e Paz do Senhor!!!
Caro Gutierres,
Só um adendo: ao dizer que o jornalismo no Brasil não é ótimo, não estou dizendo que, portanto, é péssimo. O jornalismo feito no Brasil tem várias virtudes e, em qualidade, não fica atrás da maior parte do jornalismo feito no mundo. Aliás, se faz jornalismo tendencioso mascarado de isento em todos os cantos do mundo, mas essa constatação não deve nos levar a minimizar os erros grosseiros cometidos pelos jornalistas de nossas plagas.
Caro Victor, a Paz do Senhor!
O bilionário australiano Rupert Murdock não é nenhum cristão muito conservador, apesar das raízes conservadoras e presbiterianas de sua família. Porém, como ele não gosta dos democratas, especialmente dos Clinton, e foi forte defensor da Guerra no Iraque, às vezes é visto como se fosse um "grande direitista" nos EUA, mas não é. Há de se elogiar, entretanto, seu excelente "feeling", pois resolveu ir contra a corrente democrata da mídia ao aceitar adotar uma linha editorial conservadora em suas empresas de comunicação nos EUA, atraindo grande audiência. É verdade que a Fox News (criada por ele em 1996, depois de ter comprado o grupo Fox) é apenas o nono canal mais assistido dos EUA, mas não deixa de ser um excelente contraponto.
A Fox News é, na verdade, uma invenção do jornalista Roger Ailes (este, sim, realmente de direita) e aprovada por Murdock. Aliás, a revista "Vanity Fair" deste mês traz um curioso trecho de um livro que estará sendo lançado em fevereiro de 2009 sobre Murdock, trecho este que conta que o empresário australiano queria muito conversar com Obama ao ponto de, insistentemente, tentar marcar um encontro com o senador democrata, embora Obama se esquivasse continuadamente. Até que, um dia, Obama resolveu aceitar o encontro, que seu deu há poucos meses em um hotel. Para não chatear os democratas, o encontro foi secreto (antes da matéria da "Vanity Fair", ninguém sabia do encontro). O motivo da conversa? Murdock admira Obama e, por isso, estava disposto a estabelecer uma trégua entre ele e a Fox News. Para isso, levou para a conversa Roger Ailes, diretor e criador da Fox News. Diz o trecho do livro que Obama e Murdock se deram muito bem no bate-papo, mas, na seqüência da conversa, quando Ailes entrou para conversar, o clima ficou ruim. Água e óleo. Aí, apesar da tentativa de Murdock de estabelecer trégua entre Obama e a direção da sua empresa, a coisa continuou como estava.
Então, pode ter certeza que se o "New York Post" e a Fox News mostram o outro lado, certamente não é bem por causa de ideais nobres de Murdock, mas porque o empresário australiano, influenciado por jornalistas republicanos e conservadores que o assessoram, sentiu que o público americano precisava de um contraponto ao posicionamento majoritário da mídia impressa e televisiva nos EUA. E acertou na aposta.
Abraço!
Caros,
Aproveito para responder aqui a algumas perguntas que me chegaram por e-mail: a esquerda e a direita nos EUA se dividem basicamente em torno de questões relacionadas a aborto, "casamento" gay etc, e não tanto por questões econômicas. Isso porque tanto o Partido Democrata quanto o Partido Republicano defendem o liberalismo econômico. Os democratas defendem um pouco mais a intervenção do Estado na economia e são mais protecionistas nas relações internacionais, enquanto os republicanos raramente usam da intervenção do Estado na economia (republicanos só fazem o Estado intervir mais na economia em casos excepcionais, em momentos críticos, como o governo Bush fez esta semana) e são menos protecionistas, mas os dois defendem a liberdade de mercado. Há diferenças em termos de política econômica, mas a essência - o liberalismo econômico - é a mesma.
Os democratas e os republicanos são liberais em termos de economia, porém os republicanos são conservadores em outras questões em que os democratas são liberais, e é justamente nesse ponto que consiste a verdadeira grande distinção entre republicanos e democratas, caracterizando os primeiros como direita e os segundos como esquerda.
Portanto, quando alguém fala de direita e esquerda nos EUA, está se referindo a conservadores versus liberais, e não a diferenças abissais de política econômica.
No Brasil, tal lógica não funciona, primeiro porque nenhum partido de direita em nosso país é conservador. Por exemplo, o DEM (antigo PFL) e o PSDB defendem o liberalismo econômico, mas são liberais em outras questões, defendendo nestas as mesmas bandeiras de partidos como o PT e o PCdoB: aborto, "casamento" gay, manipulação de embriões para fins de células-tronco etc. E se considerarmos que o próprio PT hoje defende políticas econômicas liberais do PSDB e do DEM (embora noutros pontos imponha bandeiras socialistas), vê-se que a diferença entre a tal "direita" e a tal "esquerda" em nosso país some mais ainda. Em outros países, pelo menos ainda existe a diferença em termos de proposta de modelo econômico: uns defendem o socialismo ou comunismo e outros, o liberalismo econômico. Já aqui, na prática, não é bem assim. No discurso, pode ser; na prática, não, embora reconheça que o governo Lula tenta, de alguma forma, emplacar algumas bandeiras odiosas do socialismo em sua política para o nosso país.
Como já disseram vários especialistas, "no Brasil, não existe mais direita e esquerda, mas apenas situação e oposição".
Abraços!
Pr. Silas, não estaria na hora de o Brasil ter um partido conservador, não no sentido politico, mas no sentido de valores morais e éticos? A CGADB junto com a sua comissão de política pensa nisso? Não sei os tramites legais para se criar um partido, mas acharia interessante ter um partido no Brasil que procura-se defender os valores éticos e morais cristãos.
Em Cristo,
Valter Alex
Caro Valter,
Seria realmente muito bom se existisse no Brasil um partido forte com esse perfil, porém não vejo com bons olhos a CGADB ou qualquer outra denominação tomar a frente disso. Não vejo com bons olhos a criação do que poderia ser visto como um "partido de uma denominação". Acho que não cabe a uma denominação criar partidos. Igrejas não devem criar partidos. O ideal, o correto, seria se os conservadores de todo o Brasil, de todos os segmentos evangélicos, e até não evangélicos que defendam os mesmos valores, tomassem uma atitude espontânea de se unirem para criar um partido conservador (no sentido social) e forte. Agora, esse partido, além de defender valores, deveria também ter uma linha política e econômica definida, propostas concretas. Não pode ser só um partido de conservadorismo social.
Não sei se um dia isso será possível. Não sei nem se seria viável hoje. É só uma idéia, uma elucubração provocada pelo irmão.
Abraços!
Pr. Silas,
Obrigado pelas suas colocações e pela sua posição, que sempre e muita bem elaborada, com um posicionamento claro e muito bem articulado, pautados sempre na palavra de Deus.
Em Cristo,
Valter Alex
Caro Valter,
Obrigado a você pelas palavras motivadoras. Pela graça divina, procuramos fazer o melhor.
Abraço!
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