Passei cinco dias afastado deste blog em meio a uma maratona de compromissos para pregar no interior do Ceará, Campo Grande (MS) e interior de São Paulo. Em alguns lugares desse percurso da maratona, a conexão de Internet do meu laptop não estava boa, por isso demorei a moderar os comentários. Só pude fazê-lo ontem à tarde. Hoje, porém, já há mais comentários para moderar e interagir, o que farei aos poucos, uma vez que estou também com pouco tempo esta semana. Preciso, inclusive, recuperar alguns comentários enviados pelos amados irmãos da Faculdade Evangélica de São Paulo e que, por distração, acabei não publicando. Antecipadamente, obrigado pelas palavras de apreço e motivação.
Bem, por toda essa conjuntura, não foi possível divulgar o programa Resposta Fiel da semana passada. Quanto ao programa desta semana, ele aborda os temas "Supersticiosidade entre evangélicos" e "A questão da vingança à luz da Bíblia". O programa estará no ar às 22h de hoje e terá os seus tradicionais reprises na quinta-feira, às 17h, e no domingo, às 12h. O link para assistir ao programa é www.cpad.com.br/radioweb
Esta semana ainda, antes de publicar a próxima postagem (o que deverei fazer até semana que vem), estarei publicando, a pedido de alguns leitores, novas e atualizadas informações relativas ao conteúdo da postagem "Porque não sou pró-Obama", e que serão inseridas no espaço de comentários daquela postagem (de 5 de outubro).
Brevemente também novidades sobre a próxima edição da revista Obreiro, que está muito interessante.
P.S.: Desculpem a minha demora em moderar os comentários e interagir com eles esta semana. Desde quinta-feira, 30 de outubro, estou em Cuiabá por ocasião da Conferência Pentecostal do Centro-Oeste, evento que faz parte das comemorações do centenário das Assembléias de Deus no Brasil. Só devo estar de volta ao Rio no domingo. Devido a tudo estar muito corrido por aqui (a programação aqui é literalmente o dia todo: manhã, tarde e noite), só consegui arranjar um tempinho hoje (1 de novembro) de manhã cedo para moderar os comentários, como podem ver; mas ainda falta interagir com eles, o que prometo fazê-lo até domingo (ou seja, amanhã) ou, no mais tardar, segunda-feira. Enquanto isso, podem continuar enviando seus comentários. Até lá.
12 comentários:
Prezado Silas
O estudo do instinto de "vingança" à luz da Bíblia deve ser realmente muito interessante. Tenho a imprensão de que esse sentimento está tão entranhado na mente humana, que perpassa até o outro lado da vida, pois, na visão de João em Apoc 6:10, as almas dos que foram mortos por causa da palavra clamam por vingança. Será que esse termo no contexto apocalíptico quer dizer: clamam por justiça?
Fazer justiça e vingar são a mesma coisa?
Gostaria de saber a sua opinião.
Graça e Paz,
Levi B. Santos
O programa é ótimo, pena que com uma conexão de 128Kbps não dá pra aproveitar muita coisa!rsrsrrsrs
Júnior
Kharis kai eirene
Estamos aguardando os novos drops, "paladino da apologia cristã".
Um abraço
Caro Levi,
Tem havido, nos últimos anos, devido a estarmos vivendo uma época do "politicamente correto", um mal-entendido em relação ao uso do termo vingança. Quando o termo vingança aparece na Bíblia, é vingança mesmo. A questão é que, eclipsados pela influência da onda do "politicamente correto", não percebemos que a vingança, em si mesma, não é nenhum mal. Ela só se torna um mal quando ela é (1) fruto de um senso distorcido de justiça, (2) aplicada desproporcionalmente e (3) aplicada pelos meios e pelas pessoas erradas (4) e contra as pessoas erradas.
Para que seja melhor compreendido: O que é vingança? Vingança é, literalmente, castigar ou punir alguém de quem recebemos uma lesão real, seja ela uma lesão em palavras ou atos. Se não há lesão real, não há razão de ser para a vingança. Vingar é defender, indenizar, compensar, desafrontar, isto é, responder justa e proporcionalmente a uma lesão real. Em suma: vingar é fazer justiça. Quando um criminoso é condenado pelo seu crime, o lesado e a sociedade são vingados.
Agora, o que a Bíblia condena, e a sociedade ocidental também (uma vez que é erigida sobre os princípios judaico-cristãos), é a vingança equivocada: a pelas próprias mãos, sem um julgamento justo e sem regras que respeitem os direitos do acusado.
Em Apocalipse 6.10, vingança é vingança mesmo, a ser executada pelo Justo Juiz - Deus - como Ele promete. A resistência que surge na nossa cabeça em relação ao uso desse termo se deve apenas à forma como o entendemos hoje. Quando lemos "vingança", imaginamos mero revanchismo, resposta ilegal ou desproporcional a um ataque justo ou injusto que sofremos; isto é, retribuir uma maldade com outra maldade. Mas, na maioria esmagadora das vezes que o termo aparece na Bíblia, o sentido não é este. Nesses casos, fala-se de vingança no seu sentido correto, que é fazer justiça.
Quando a Bíblia usa o termo vingança, inclusive em relação a Deus, trata-se de vingança mesmo, porém não em sua forma distorcida, mas na forma correta: fazer justiça.
A Bíblia não condena o fazer justiça, mas apenas o fazer justiça pelas próprias mãos, ou sem ser pelas vias legais ou, mesmo que seja pelas vias legais, atribuindo ao culpado uma punição desproporcional. Podemos ver isso tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos.
Quando Deus diz para seus filhos preferirem sofrer o dano em vez de procurar repará-lo, não está se posicionando contra a reparação legal, a reparação via justiça secular em casos graves, mas querendo dizer que nunca devemos fazer justiça com as nossas próprias mãos; que devemos relevar as injustiças e maus tratamentos do cotidiano, que sofremos eventualmente no dia-a-dia; e que devemos também confiar que o Senhor, que é o Justo Juiz, e que também foi ofendido por aquela ofensa ou ataque a seus filhos, irá vingar (julgar, compensar, reparar, punir, castigar) o mal feito a seus filhos. Há também o fato, frisado nas Sagradas Escrituras, de que, independente de a punição secular ser dada ou não ao ofensor, o cristão ofendido deve sempre perdoar o ofensor e não retribuir o crime com outro crime, a maldade com outra maldade, o erro com o erro. Não retribuir o mal com o mal não quer dizer que, cometido um crime contra mim, minha família ou próximos, não devo denunciar o crime para que o criminoso seja preso e condenado pelos seus crimes. Não retribuir o mal com o mal quer dizer: não haja com ele da mesma forma que ele agiu com você. Não retribua maldade com maldade, injustiça com injustiça. E, apesar de tudo, não guarde mágoa ou rancor, mas perdoe e siga em frente.
Prometo postar algo mais a respeito deste assunto ainda este mês em meu blog, para que este importante assunto seja melhor entendido por todos.
Abraço! E obrigado pela sua participação, que enriquece nossa reflexão aqui!
Caro Junior,
Que bom que gostou do programa!
Abraço! E melhoras na conexão!
Caro amigo Esdras,
Até o final desta semana, postarei outro "drops".
Abraço!
A paz do SENHOR !
Pastor Silas o senhor ainda usa o e-mail silas.daniel@bol.com.br? Eu mandei alguns questionamentos e ainda não recebia respostas. Se for por falta de tempo, tudo bem. O senhor já ouviu falar sobre teonomia ? Se já, isso não é meio utópico?
Fiquei surpreso com sua presença no Ceará . Entretanto não fiquei sabendo a tempo e não pude ir vê-lo pregar. Bem que poderia divulgar sua agenda em?! Provavelmente em 2009 devo ir morar no Rio de Janeiro e quem sabe eu possa ter essa oportunidade.
Um abraço.
Caro Joabe,
Uso, sim, o e-mail silas.daniel@bol.com.br. O problema é que fiquei quase que totalmente longe da Internet por quase 15 dias, devido a compromissos nas últimas duas semanas: as viagens já mencionadas, acompanhadas por problemas de conexão; semana de fechamento da próxima edição da revista "Obreiro"; e quatro dias em Cuiabá, participando da Conferência Pentecostal da região Centro-Oeste pela manhã, à tarde e à noite (inclusive pregando). Voltei do evento no domingo, no final da tarde, por isso só retornei ao blog mesmo ontem. Quanto aos e-mails, só começarei a respondê-los hoje. Há muitos pendentes. Aliás, aproveito para pedir a compreensão de todos.
Abraço!
Prezado Silas
Agradeço as suas significantes inserções sobre “Justiça” e “Vingança”, as quais, li atentamente.
Porém, uma coisa eu tenho observado no meu relacionamento interpessoal: para uma boa parte das pessoas do meu convívio, a vingança é experimentada, ou sentida como um meio de prejudicar, ou fazer sofrer aquela pessoa que de uma forma ou de outra foi causadora de danos. Após se sentir vingada a “vítima” experimenta até uma sensação de “paz e felicidade”, como se a vingança fosse uma modalidade de gozo. Entendo que a pessoa que sofreu dano pode ou não ficar ressentida. Creio que o ressentimento, nesse caso, só é mitigado pela reparação daquilo que a vítima foi lesada. Creio também que, a pessoa só se sente moralmente recompensada por um dano, quando ela guarda ressentimento do seu algoz. É possível o desejo de vingança quando não se guardou ressentimento?
Não sei se estou certo, a meu ver, a Justiça não vem trazendo em seu bojo, um sentimento revanchista.
No entanto, pensando bem eu, acho que há uma linha muito tênue separando a vingança da justiça.
Ansiosamente fico aguardando o seu texto completo sobre “Vingança”
Só tenho a aprender.
Cordialmente,
Levi B. Santos
Caro Levi,
Mais uma vez, obrigado por enriquecer essa reflexão. Na postagem já prometida, procurarei analisar todas as nuances sobre esse interessante assunto.
Abraço!
Pastor Silas , eu queria saber o que o senhor pensa sobre "Teonomia".
Caro Joabe,
Você utiliza o termo em seu sentido clássico? Se a resposta é "sim", é óbvio que a teonomia é um posicionamento corretíssimo, posto que absolutamente bíblico. Porém, se você o menciona no sentido político-social, isto é, no sentido distorcido em que o termo é usado pela Teologia do Domínio, então rejeito-o, pois o sentido em que esse termo é empregado nesse caso específico é absolutamente antibíblico.
Abraço!
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