Ontem, Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República, em debate promovido pela CNBB com os presidenciáveis, tergiversou, tergiversou, mas não conseguiu esconder que defende, sim, na prática, a descriminalização do aborto. Na ocasião, disse Dilma que “a vida é um valor que nós, seres humanos, temos que respeitar” e que ela é “pessoalmente não favorável ao aborto”, mas que, apesar disso, defende que o aborto seja tratado como “questão de saúde pública” e enfatizou que ela iria “defender as mulheres”. Ou seja, o mesmo discurso de sempre, que parafraseio e sintetizo a seguir: “Ninguém gosta de abortar e eu sou pessoalmente contra o aborto, mas o aborto deve ser descriminalizado independente do que eu acho sobre ele, porque é questão de saúde pública”. Não, aborto não é questão de saúde pública. É assassinato! Aborto não é preocupante porque é uma agressão ao corpo da mulher, mas porque é um assassinato à criança no ventre dela. Quem é contra o aborto não defende as mulheres que querem abortar, defende a vida no ventre delas. Se pessoas cometem esse crime usando agulhas de crochê, isso não significa que é obrigação do Estado dar-lhes condições de cometer o crime de forma mais sofisticada.
Diante do clima de desaprovação da platéia pelo que já havia dito sobre a questão, ao ser confrontada de forma direta com a pergunta se ampliaria ou não os casos em que o aborto é permitido na legislação brasileira, a petista suavizou o discurso pró-aborto, dizendo: “Não vejo muito sentido em ampliar os casos”. A pancada viria na sequência, quando foi a vez de a evangélica Marina Silva, candidata pelo PV, responder sobre o assunto. Uma das primeiras coisas que disse foi: “Não faço discursos diferentes para plateias diferentes”, em uma referência clara a Dilma. Pela primeira vez no debate, o público se manifestou em ovações.
Mas, para quem ainda se deixa levar pela falácia de que Dilma não é favorável à legalização do aborto, eis mais informações...
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