Caros, a matéria abaixo é do jornal O Estado de São Paulo. Segundo pesquisa Ibope divulgada ontem à noite, diferentemente do que diz uma recente pesquisa do Instituto Datafolha, o voto evangélico teria evitado, sim, a vitória da candidata petista no primeiro turno. Reproduzo a matéria abaixo, na íntegra, conforme o site do Estadão publicou hoje às 0h00.
Voto religioso evitou vitória de candidata do PT no 1º turno
Pesquisa Ibope aponta que o efeito da religião na decisão do voto deve ser limitado no segundo turno da eleição
Pesquisa Ibope aponta que o efeito da religião na decisão do voto deve ser limitado no segundo turno da eleição
A pesquisa Ibope confirma que o voto religioso teve papel decisivo para evitar a vitória de Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno, mas o efeito religião parece ser limitado nesta nova fase da campanha. A maioria dos eleitores sensíveis a essas questões já trocou de candidato.Segundo o Ibope, Dilma teve o voto de metade dos católicos, mas de pouco mais de um terço dos evangélicos. Nesse segmento, ela empatou com José Serra (PSDB). Marina Silva (PV) chegou a um quarto dos votos.
A queda de Dilma na véspera do primeiro turno começou entre os evangélicos e depois se estendeu aos católicos. O principal motivo foi a campanha, em templos e igrejas, contra o voto nela por causa da legalização do aborto, defendida pelo PT. Segundo o Ibope, 80% dos eleitores são contra a mudança da lei.
Agora, a intenção de voto em Dilma se estabilizou tanto entre evangélicos quanto entre católicos, quando se compara com a pesquisa feita na véspera do primeiro turno: ela continua com 41% entre os primeiros, e foi de 50% para 52% entre os outros.
Mas há uma diferença fundamental: agora só restam dois candidatos. Para onde foram os eleitores religiosos de Marina Silva (PV)? Migraram, na proporção de dois para um, para Serra. Como consequência, ele cresceu em todos os segmentos religiosos, mas principalmente entre os evangélicos.
O tucano tem hoje 41% dos eleitores católicos, contra os 29% de antes do primeiro turno. Nesse segmento, que representa 61% do eleitorado nacional, ele ainda tem 11 pontos porcentuais a menos do que Dilma.
Entre os evangélicos, Serra dobrou e virou: tem agora 52% (tinha 25%), ou seja, 11 pontos porcentuais a mais do que a petista. Esse segmento é responsável por 1 em cada 5 eleitores.
Mas nem todos os eleitores de Marina são evangélicos ou católicos. Há 22% de ateus, agnósticos e de eleitores que professam outra religião. Esses racharam: partes iguais migraram para Serra e Dilma, mas ainda restam 20% de sem-candidato (indecisos e os que pretendem anular ou votar em branco).
A disputa pelo voto desses eleitores agnósticos, ateus e adeptos do espiritismo e outras religiões é a mais apertada. Dilma recuperou-se e chegou agora a 47%, contra 41% de Serra.
Para a conta da intenção de voto total fechar, é preciso levar em conta os eleitores que dizem ter votado em Dilma e Serra no primeiro turno e que, pelo menos por enquanto, trocaram de candidato. O saldo é ligeiramente favorável ao tucano.
Dos eleitores da petista no primeiro turno, 7% pularam agora para Serra. E, dos eleitores do tucano, 5% saltaram para o barco de Dilma. Isso ajuda a explicar a diminuição da diferença entre os dois candidatos.
Só eleitores evangélicos afirmam ter acatado orientação de um líder religioso para não votar em um dos candidatos (no caso, em Dilma). Dos que seguem a orientação dos pastores, não sobrou nenhum que ainda pretenda votar na petista.
Agora, a intenção de voto em Dilma se estabilizou tanto entre evangélicos quanto entre católicos, quando se compara com a pesquisa feita na véspera do primeiro turno: ela continua com 41% entre os primeiros, e foi de 50% para 52% entre os outros.
Mas há uma diferença fundamental: agora só restam dois candidatos. Para onde foram os eleitores religiosos de Marina Silva (PV)? Migraram, na proporção de dois para um, para Serra. Como consequência, ele cresceu em todos os segmentos religiosos, mas principalmente entre os evangélicos.
O tucano tem hoje 41% dos eleitores católicos, contra os 29% de antes do primeiro turno. Nesse segmento, que representa 61% do eleitorado nacional, ele ainda tem 11 pontos porcentuais a menos do que Dilma.
Entre os evangélicos, Serra dobrou e virou: tem agora 52% (tinha 25%), ou seja, 11 pontos porcentuais a mais do que a petista. Esse segmento é responsável por 1 em cada 5 eleitores.
Mas nem todos os eleitores de Marina são evangélicos ou católicos. Há 22% de ateus, agnósticos e de eleitores que professam outra religião. Esses racharam: partes iguais migraram para Serra e Dilma, mas ainda restam 20% de sem-candidato (indecisos e os que pretendem anular ou votar em branco).
A disputa pelo voto desses eleitores agnósticos, ateus e adeptos do espiritismo e outras religiões é a mais apertada. Dilma recuperou-se e chegou agora a 47%, contra 41% de Serra.
Para a conta da intenção de voto total fechar, é preciso levar em conta os eleitores que dizem ter votado em Dilma e Serra no primeiro turno e que, pelo menos por enquanto, trocaram de candidato. O saldo é ligeiramente favorável ao tucano.
Dos eleitores da petista no primeiro turno, 7% pularam agora para Serra. E, dos eleitores do tucano, 5% saltaram para o barco de Dilma. Isso ajuda a explicar a diminuição da diferença entre os dois candidatos.
Só eleitores evangélicos afirmam ter acatado orientação de um líder religioso para não votar em um dos candidatos (no caso, em Dilma). Dos que seguem a orientação dos pastores, não sobrou nenhum que ainda pretenda votar na petista.
6 comentários:
Parabéns pela análise!
Em tese, a candidatura de oposição só precisa de três pontos para virar o jogo. E do que jeito que a coisa vai, com a Dilma desdizendo tudo o que disse e o que está afirmado no programa do partido e no PNDH 3, ela corre o risco de continuar sangrando entre o eleitorado cristão e mesmo entre as esquerdas já que esses temas são também inegociáveis, no sentido negativo, para os seus representantes.
Abraços!
Parabéns pela análise!
Em tese, a candidatura de oposição só precisa de três pontos para virar o jogo. E do que jeito que a coisa vai, com a Dilma desdizendo tudo o que disse e o que está afirmado no programa do partido e no PNDH 3, ela corre o risco de continuar sangrando entre o eleitorado cristão e mesmo entre as esquerdas já que esses temas são também inegociáveis, no sentido negativo, para os seus representantes.
Abraços!
Sobre o meu comentário nada? É isso que a verdade merece? Espero que o Sr. esteja analisando para depois publicá-lo!!
Caro Lira,
Está vendo o que é precipitação? Você me pergunta sobre o seu comentário (Que foi postado no espaço de comentários do artigo abaixo, e não neste) quando ele já havia sido publicado havia mais de uma hora... E ainda o faz em tom de exigência, como seu eu fosse obrigado a publicar todos os comentários que me chegam e na hora que me chegam!
Caro, ninguém que tem um blog tem a obrigação de ficar a postos em seu blog 24 horas, sem fazer mais nada, a não ser ficar atento para, quando você ou alguma outra pessoa postar o próximo comentário, liberá-lo. Poupe-me!
E aproveitando: Não sou obrigado a reproduzir afirmações sem-pé-nem-cabeça e muito menos xingamentos (Como alguns estão fazendo já há alguns dias e não estou publicando). Prezo bastante a mim mesmo e aos meus leitores para dar voz a essas coisas. Tenho mais o que fazer.
Pr. Silas Daniel,
Que bom seria poder ouvir depois do dia da eleição que o povo evangélico, tão desprezado e desdenhado discutiu as idéias dos candidatos e escolheu coscientemente, podendo assim decidir uma eleição levando à presidência o melhor candidato, ou o menos ruim...
Em Cristo,
Clébio Lima de Freitas
clebiolima.blogspot.com
Caro pastor Geremias e prezado irmão Clébio,
A ambos só tenho a dizer: Espero que sim! E obrigado pelas palavras de apreço e motivação.
Abraço!
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