Em Números 21, encontramos a história de "Neustã", a serpente de bronze que foi construída sob a orientação divina. Ela foi colocada no alto de um poste para ser observada pelos israelitas, que foram acometidos por uma praga permitida por Deus como juízo pelos seus pecados. O povo de Israel havia desobedecido a Jeová, ofendido o Seu amor e desrespeitado seu líder Moisés. O caos poderia se estabelecer se Deus não agisse. Por isso, Ele logo interviu e, pela sua misericórdia, depois do arrependimento do povo, fez com que os israelitas que olhassem para a serpente de bronze recebessem a cura.
Considerando o fato de que Deus proibiu a adoração às imagens (Êx 20.4), por que Ele fez com que Seu povo olhasse para a serpente de bronze para ser curado? Esse ato não se constituiria uma aprovação à idolatria?
De forma alguma. O episódio da serpente de bronze está longe de servir de sustentação para os que tentam justificar o uso de ídolos no culto a Deus, por pelo menos três razões.
Em primeiro lugar, porque a serpente de bronze não era um objeto para culto. Ela só foi ganhar um significado idolátrico tempos depois de Moisés. Além disso, quando ela apareceu como objeto de idolatria, foi destruída. O rei Ezequias a despedaçou e chamou-lhe "neustã", que significa “pedaço de bronze”.
Considerando o fato de que Deus proibiu a adoração às imagens (Êx 20.4), por que Ele fez com que Seu povo olhasse para a serpente de bronze para ser curado? Esse ato não se constituiria uma aprovação à idolatria?
De forma alguma. O episódio da serpente de bronze está longe de servir de sustentação para os que tentam justificar o uso de ídolos no culto a Deus, por pelo menos três razões.
Em primeiro lugar, porque a serpente de bronze não era um objeto para culto. Ela só foi ganhar um significado idolátrico tempos depois de Moisés. Além disso, quando ela apareceu como objeto de idolatria, foi destruída. O rei Ezequias a despedaçou e chamou-lhe "neustã", que significa “pedaço de bronze”.
“Ele [Ezequias] fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai. Tirou os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso), e chamou-lhe Neustã”, 2Rs 18.3,4 (Almeida Atualizada). Ou seja, ao chamar-lhe de "pedaço de bronze" diante do povo por ocasião de sua destruição, o rei estava querendo dizer que aquela serpente não era nada mais do que um simples objeto que não deveria nunca ganhar contornos de veneração. (Obs.: Algumas traduções dão a entender que os israelitas adoravam a serpente de bronze chamando-a de "Neustã", mas as melhores traduções, principalmente em outras línguas, entendem que o final do texto diz que Ezequias é que a chamou, por desprezo, de "Neustã". Além da Almeida Atualizada [não confundir com Revista e Atualizada], corroboram isso a King James, a Young's Literal Translation, a American Standard Version, Reina & Valera [espanhol], a Riveduta [italiana], Darby [francesa], a de Lutero [alemã] e dezenas de outras traduções).
Em segundo lugar, o poder vivificante que fluía da serpente de metal foi temporal, servindo só para aquele momento e para prefigurar a morte sacrificial de Cristo, que foi levantado na cruz para dar vida a todos que para Ele olharem com fé. Nada se fala posteriormente sobre a serpente de bronze ter mantido a sua condição de meio para o poder curador.
Em terceiro lugar, sua confecção tinha dois propósitos – um primário, que ficou claro já na época, e outro que só foi clarificado posteriormente por Cristo.
O objetivo primário da serpente de bronze era ensinar aos israelitas a submissão. Lembre-se que os israelitas haviam saído do Egito, porém se mostravam rebeldes a Deus e a Moisés. A Bíblia registra que, quando estava a rodear Edom, o povo de Israel começou a se impacientar, falando contra Jeová e Seu servo. Por isso, Deus permitiu que serpentes atacassem os israelitas, o que levou muitos à morte. Como os rebeldes logo depois reconheceram seu pecado e voltaram-se para o Senhor, Ele resolveu livrá-los do mal. Foi aí que Deus orientou Moisés a fazer uma reprodução de metal das serpentes e colocá-la sobre uma haste. À medida que as pessoas eram picadas, olhavam para a serpente sobre a haste e eram imediatamente saradas (Nm 21.4-9). Israel precisava aprender a obediência a Deus. O mesmo Senhor que protegia sua vida poderia punir conforme o erro.
O segundo objetivo foi trazido ao lume séculos depois por Jesus: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, Jo 3.14-15.
Tratava-se, portanto, de uma manifestação da misericórdia divina no Antigo Testamento que apontava para a obra salvadora de Cristo. Aquela serpente de bronze tipifica Cristo, que se fez homem (bronze na tipologia bíblica representa a humanidade) e foi feito pecado por nós (o pecado é representado pela serpente) para nos salvar. Jesus fez-se pecado para que pudéssemos hoje ser livres. Aquela serpente de bronze nos diz que quem deseja ser liberto do pecado e receber a salvação deve voltar-se de coração, na obediência da fé, à Palavra de Deus em Cristo.
Porém, há outra lição que o episódio de "Neustã" nos passa. É a do perigo, muito recorrente em nossos dias, de transformarmos um simples meio – usado por Deus para manifestar a Sua graça – em um objeto de culto. Não era a serpente de bronze que curava, mas Deus. Ele só exigiu que os israelitas olhassem para a serpente de bronze para serem curados porque queria ensinar-lhes, como já falamos, a obediência e, em figura, o que Cristo faria mais à frente. Aquela simples serpente de bronze era apenas um meio e um objeto de valor didático para o povo de Israel e para nós hoje. Porém, os israelitas, tendentes à idolatria, endeusaram aquele pedaço de bronze.
Assim como aconteceu naqueles dias, acontece muito atualmente, quando, por exemplo, algum cristão idolatra um líder, um conferencista ou um cantor, que nada mais são do que simples bronze e um meio, um canal por onde a graça de Deus flui para alcançar vidas.
Quem cura é Deus. Quem salva é Deus. Quem liberta é Deus. Quem transforma é Deus. Quem toca os corações é Deus. Quem convence é Ele. Entretanto, não é raro muita gente atribuir a Neustã, ao “pedaço de bronze”, a glória que só a Deus pertence.
Quis Deus usar excepcionalmente aquele pedaço de bronze há milhares de anos como condição para a cura, assim como prefere nos usar hoje, apesar de nossas falhas, para a concretização de seus planos. Os anjos queriam realizar a nossa missão, diz o apóstolo Pedro (1Pe 1.12), mas Deus preferiu que fôssemos nós mesmos, simples bronze em Suas mãos. Logo, somos apenas canais usados pela generosidade divina.
Portanto, se é Deus, pela sua graça, que nos usa, não aceitemos os incensos que nos são ofertados, as glórias que nos são lançadas, mas remetamos todas elas a Deus, nosso Senhor, o verdadeiro curador, libertador e abençoador.
Quando transformamos um canal em objeto de culto, estamos transformando o simples bronze em um deus. "Neustã" não é Deus. "Neustã" é só "Neustã", um mero pedaço de bronze, que Deus quis usar para trazer, para transmitir algo a alguém.
Como o rei Ezequias, chamemos "Neustã" apenas de "Neustã".
E se "Neustã" está sendo chamado de “deus” em seu coração, coloque fim hoje a esse culto abominável em sua vida, em nome de Jesus.
E você que prega, ensina, canta ou dirige, detendo alguma parcela de liderança e exemplo na obra de Deus, não permita que sejas visto como algo mais do que és: um simples pedaço de bronze nas mãos de Deus.
“E se 'Neustã' já estiver a receber incensos incessantes?” Talvez seja hora de ele ser desfeito, como fez o rei Ezequias com aquela serpente de metal (2Rs 18.4). Talvez seja hora de ser despedaçado e dissolvido pelo fogo de Deus para ganhar uma nova forma, que não lembre mais a antiga, para que não mais entristeçamos o coração de Deus, mas continuemos a ser usados graciosamente por Ele. Isso se queremos, como o rei Ezequias, fazer o que é reto aos olhos do Senhor (2Rs 18.3).
Deixe "Neustã" ser apenas "Neustã" e Deus continuará a ser Deus na sua vida!
Em segundo lugar, o poder vivificante que fluía da serpente de metal foi temporal, servindo só para aquele momento e para prefigurar a morte sacrificial de Cristo, que foi levantado na cruz para dar vida a todos que para Ele olharem com fé. Nada se fala posteriormente sobre a serpente de bronze ter mantido a sua condição de meio para o poder curador.
Em terceiro lugar, sua confecção tinha dois propósitos – um primário, que ficou claro já na época, e outro que só foi clarificado posteriormente por Cristo.
O objetivo primário da serpente de bronze era ensinar aos israelitas a submissão. Lembre-se que os israelitas haviam saído do Egito, porém se mostravam rebeldes a Deus e a Moisés. A Bíblia registra que, quando estava a rodear Edom, o povo de Israel começou a se impacientar, falando contra Jeová e Seu servo. Por isso, Deus permitiu que serpentes atacassem os israelitas, o que levou muitos à morte. Como os rebeldes logo depois reconheceram seu pecado e voltaram-se para o Senhor, Ele resolveu livrá-los do mal. Foi aí que Deus orientou Moisés a fazer uma reprodução de metal das serpentes e colocá-la sobre uma haste. À medida que as pessoas eram picadas, olhavam para a serpente sobre a haste e eram imediatamente saradas (Nm 21.4-9). Israel precisava aprender a obediência a Deus. O mesmo Senhor que protegia sua vida poderia punir conforme o erro.
O segundo objetivo foi trazido ao lume séculos depois por Jesus: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, Jo 3.14-15.
Tratava-se, portanto, de uma manifestação da misericórdia divina no Antigo Testamento que apontava para a obra salvadora de Cristo. Aquela serpente de bronze tipifica Cristo, que se fez homem (bronze na tipologia bíblica representa a humanidade) e foi feito pecado por nós (o pecado é representado pela serpente) para nos salvar. Jesus fez-se pecado para que pudéssemos hoje ser livres. Aquela serpente de bronze nos diz que quem deseja ser liberto do pecado e receber a salvação deve voltar-se de coração, na obediência da fé, à Palavra de Deus em Cristo.
Porém, há outra lição que o episódio de "Neustã" nos passa. É a do perigo, muito recorrente em nossos dias, de transformarmos um simples meio – usado por Deus para manifestar a Sua graça – em um objeto de culto. Não era a serpente de bronze que curava, mas Deus. Ele só exigiu que os israelitas olhassem para a serpente de bronze para serem curados porque queria ensinar-lhes, como já falamos, a obediência e, em figura, o que Cristo faria mais à frente. Aquela simples serpente de bronze era apenas um meio e um objeto de valor didático para o povo de Israel e para nós hoje. Porém, os israelitas, tendentes à idolatria, endeusaram aquele pedaço de bronze.
Assim como aconteceu naqueles dias, acontece muito atualmente, quando, por exemplo, algum cristão idolatra um líder, um conferencista ou um cantor, que nada mais são do que simples bronze e um meio, um canal por onde a graça de Deus flui para alcançar vidas.
Quem cura é Deus. Quem salva é Deus. Quem liberta é Deus. Quem transforma é Deus. Quem toca os corações é Deus. Quem convence é Ele. Entretanto, não é raro muita gente atribuir a Neustã, ao “pedaço de bronze”, a glória que só a Deus pertence.
Quis Deus usar excepcionalmente aquele pedaço de bronze há milhares de anos como condição para a cura, assim como prefere nos usar hoje, apesar de nossas falhas, para a concretização de seus planos. Os anjos queriam realizar a nossa missão, diz o apóstolo Pedro (1Pe 1.12), mas Deus preferiu que fôssemos nós mesmos, simples bronze em Suas mãos. Logo, somos apenas canais usados pela generosidade divina.
Portanto, se é Deus, pela sua graça, que nos usa, não aceitemos os incensos que nos são ofertados, as glórias que nos são lançadas, mas remetamos todas elas a Deus, nosso Senhor, o verdadeiro curador, libertador e abençoador.
Quando transformamos um canal em objeto de culto, estamos transformando o simples bronze em um deus. "Neustã" não é Deus. "Neustã" é só "Neustã", um mero pedaço de bronze, que Deus quis usar para trazer, para transmitir algo a alguém.
Como o rei Ezequias, chamemos "Neustã" apenas de "Neustã".
E se "Neustã" está sendo chamado de “deus” em seu coração, coloque fim hoje a esse culto abominável em sua vida, em nome de Jesus.
E você que prega, ensina, canta ou dirige, detendo alguma parcela de liderança e exemplo na obra de Deus, não permita que sejas visto como algo mais do que és: um simples pedaço de bronze nas mãos de Deus.
“E se 'Neustã' já estiver a receber incensos incessantes?” Talvez seja hora de ele ser desfeito, como fez o rei Ezequias com aquela serpente de metal (2Rs 18.4). Talvez seja hora de ser despedaçado e dissolvido pelo fogo de Deus para ganhar uma nova forma, que não lembre mais a antiga, para que não mais entristeçamos o coração de Deus, mas continuemos a ser usados graciosamente por Ele. Isso se queremos, como o rei Ezequias, fazer o que é reto aos olhos do Senhor (2Rs 18.3).
Deixe "Neustã" ser apenas "Neustã" e Deus continuará a ser Deus na sua vida!
12 comentários:
Caro Pastor Silas Daniel,
Entro no seu blog pela primeira vez. Parabenizo-o porque pela primeira vez encontrei um blog assembleiano que não apenas contesta a Teologia Relacional porque está na moda contestá-la, mas dedica espaço lidar com mais profundidade as suas implicações, quando confrontada com a teologia sistemática tradicional, de viés calvinista. Com certeza voltarei outras vezes.
Um abraço,
pr Paulo Silvano
Caro pastor Silvano,
A Teologia Relacional ou Teísmo Aberto não é um problema só para a teologia de viés calvinista. Ela é um erro crasso diante da verdadeira ortodoxia bíblica, e aí independe se a pessoa é arminiana ou calvinista. Agora, é claro que a TR engana mais facilmente crentes da linha arminiana, posto que a TR é um arminianismo bizarro, distorcido, envesgado, que é apresentado com uma embalagem muito bonita, devido ao seu discurso filosófico e ao seu apelo à sensibilidade humana. Tudo muito bonitinho, mas falso. É por isso que chamo a TR de "canto de sereia".
Devido à TR ter nascido no meio arminiano, os calvinistas muitas vezes identificam os erros dela mais facilmente do que os arminianos. Por isso, logo que a TR começou a ser seriamente disseminada no Brasil (e por gente séria), eu, que sou arminiano e estou no meio arminiano, tratei logo de desmascará-la, porque o apelo forte do discurso da TR facilmente enreda arminianos incautos, e é o que realmente começou a acontecer nesses dois últimos anos. Ainda bem que, aos poucos, foram ficando claros aos crentes arminianos os terríveis erros dos pressupostos do Teísmo Aberto (aliás, espero que os textos postados neste blog tenham realmente o ajudado a perceber bem isso).
Aproveitando o "gancho" do texto acima (que não foi escrito com esse propósito, mas pode ser aplicado por extensão a esse caso), acredito que muitos que ainda insistem em aceitar o Teísmo Aberto o façam justamente porque fizeram do simples "pedaço de bronze", de "Neustã", o seu ídolo. Como a TR começou a ser pregada seriamente no Brasil por pessoas que não poucas vezes foram usadas por Deus, inclusive na área apologética, muita gente que havia endeusado o "bronze" (o homem ou os homens, meros canais), mesmo com o "bronze" deixando de ser só canal de bênção para ser também meio disseminador de heresia, não deixou de venerá-lo, quando, na verdade, "o pedaço de bronze" é só "pedaço de bronze", só meio, nunca deve ser venerado.
Se nossa atenção estiver sempre em Deus e não apenas no canal; no conteúdo da mensagem e não simplesmente no carisma, eloqüência e talento do orador, nunca vamos ser enganados.
No mais, obrigado pela visita.
Um abraço!
Graça e Paz pastor Silas!
Certa feita tive um intenso debate com um católico romano. Este debate eu adjetivei como muito "penoso" para mim.
Penoso por que o núcleo de seu argumento girava em torno da idéia de que muitos evangélicos são idólatras no sentido de devotarem supra espiritualidade aos cantores e pregadores de certas denominações.
Tive que imparcialmente concordar com Ele, mas, expliquei que este tipo de procedimento - por parte de alguns - não é correto e que isto não justifica a idolatria católica referentes a imagens e santos.
Mas, desde que idolatria não é só imagem, permita-me com sinceridade ponderar o fato de que muitos de nós evangélicos não temos deixado transparecer - conforme escreveu o Rev Augustus Nicodemus - a alma católica dos evangélicos?
Que o Senhor abra os olhos de todos nós para que Neustã seja somente Neustã!
Na Paz de Nosso Mestre.
Pb Gilson Barbosa
Graça e Paz, Gilson!
É isso mesmo. Idolatria é idolatria independente de se manifestar em relação a um objeto ou a uma pessoa. O crente em Cristo que endeusa pregadores, cantores, líderes e teólogos não tem diferença, diante de Deus, daquele que se verga adorativamente perante um pedaço de barro, de uma pintura ou de qualquer outro tipo de iconografia.
Duas coisas devem ser ditas ainda aqui sobre esse assunto que você levantou:
1) Mesmo que alguém seja verdadeiramente um servo do Senhor, santo, coerente e ético em toda sua maneira de viver, é óbvio que nada justifica uma postura idolátrica em relação a essa pessoa. Porém, há aqueles que, sutilmente, sem perceberem, têm uma mentalidade idolátrica diante de pessoas assim. Eles não conseguem discernir até onde vai a linha que separa a admiração da veneração. Em síntese, diria que o critério diferenciador entre uma atitude e a outra é a seguinte: quando incensamos alguém como nosso "maior referencial", a admiração passou a se tornar idolatria. Explico-me no ponto seguinte.
2) Nosso maior referencial, o padrão de todas as referências que possam povoar nossa existência, sempre é Jesus, Deus e a Sua Palavra. Paulo disse para os cristãos de sua época serem imitadores dele como ele era (ou enquanto ele fosse) imitador de Cristo, posto que qualquer referencial que se choque com o padrão bíblico é anátema para nossas vidas. Paulo também disse, escrevendo aos Gálatas, no primeiro capítulo de sua epístola, que se ele mesmo mudasse de idéia de repente e pregasse outro evangelho, que fosse anátema.
Ou seja, nunca pessoas devem ser o nosso "maior referencial". Podem ser referenciais, mas não o maior referencial, e só continuarão sendo referencias para nós enquanto suas vidas forem uma referência a Cristo, apontarem para o referencial maior: Jesus e a Sua Palavra.
Qualquer postura que fira esses dois pontos acima é catolicismo romano ou paganismo "versão evangélica". A aparência e o discurso podem ser outros, mas a alma é pagã. É adoração a "Neustã".
No mais, obrigado por enriquecer esta reflexão, Gilson.
Um abraço!
Olá Pastor Silas Daniel!
É a primeira vez que visito seu blog.
Parabéns!
Estou gravando em meus favoritos,pois além de um fórum edificante, está surgindo como um ponto de pesquisas, sério, com uma visão pentecostal com base e sem paixão vulnerável.
Ser Pentecostal,isto mesmo,propositalmente com "P" maiúsculo, não significa ser raso de entendimento.
Estou lutando para chegar lá,mas louvo a Deus por aqueles que navegam por águas mais profundas, como é o seu caso, de Geremias do Couto, Ciro Zibordi e outros.
Parabéns!
Olá, pastor Carlos Roberto! É um prazer tê-lo aqui pela primeira vez!
Obrigado por ter-me incluído em seus favoritos. Acho interessantes suas definições para o blog: "fórum" e "fonte de pesquisa". É que esses são verdadeiros propósitos dele. Ele existe para, por meio de debates edificantes, aprofundar assuntos atuais e importantes; e também para acrescentar algo à vida das pessoas por meio de algumas informações que Deus, pela sua graça, nos concede para despertar essas reflexões necessárias.
Não sei se navego "em águas mais profundas", mas vou aceitar o elogio. E assino embaixo de sua afirmação de que ser pentecostal (ou "P"entecostal) não significa ser raso de entendimento. O pentecostalismo sadio é fervor e entendimento; ele não despreza nem "as Escrituras nem o poder delas".
Obrigado pelas suas palavras e um abraço!
Caro Silas Daniel:
Em primeiro lugar, parabéns pelo artigo sobre Abraham Kuyper, publicado na revista "Ensinador Cristão" deste trimestre, da CPAD, agora reproduzido também no seu blog. Que exemplo brilhante para os evangélicos que ocupam funções públicas em nosso país!
Em segundo lugar, outra vez parabéns por sua lucidez em situar o combate ao Teísmo Aberto não como uma luta facciosa de calvinistas e arminianos contra mais uma corrente teológica, mas fruto da preocupação de cristãos sinceros contra uma teologia esdrúxula, que apresenta um "deus rebaixado" ao panteão dos deuses que não enxergam um palmo à frente do nariz.
Lembro-me perfeitamente de nossas conversas pessoais, há alguns anos, por ocasião de nossos encontros de trabalho, quando trocávamos idéias sobre os primeiros "rumores" da chegada da Teologia Relacional ao nosso país. Desde então você publicou vários artigos sobre o assunto em nossos periódicos, enquanto eu o discutia em minhas palestras nas conferências e congressos realizados pela CPAD em todo o país. Prevíamos então os estragos que hoje, para a nossa tristeza, se alastrou em alguns segmentos evangélicos em virtude da adesão de algumas cabeças pensantes bem posicionadas no evangelicalismo brasileiro.
Você acertou ao afirmar, na postagem acima: "Devido à TR ter nascido no meio arminiano, os calvinistas muitas vezes identificam os erros dela mais facilmente do que os arminianos. Por isso, logo que a TR começou a ser seriamente disseminada no Brasil (e por gente séria), eu, que sou arminiano e estou no meio arminiano, tratei logo de desmascará-la, porque o apelo forte do discurso da TR facilmente enreda arminianos incautos, e é o que realmente começou a acontecer nesses dois últimos anos".
De sua resposta, depreende-se que: 1) a "briga" entre calvinistas e arminianos, ainda que cada corrente permaneça fiel aos seus postulados, é algo ultrapassado em nossa história, embora haja quem esteja interessado em ressuscitá-la, talvez com o propósito de criar uma "cortina de fumaça" para esconder o "Teísmo Aberto"; 2) O "Teísmo Aberto" tem origem na exacerbação da responsabilidade humana, como se Deus estivesse limitado à vontade do homem para concretizar o futuro. É, por isso, um discurso que "facilmente enreda arminianos incautos". Assim, como do lado calvinista, algumas de suas teses foram levadas às últimas conseqúências e geraram o fatalismo do movimento "Crescendo em Graça", nos EUA, trazido para o Brasil à época pelo Apóstolo Miguel Ângelo.
Em suma, nem os calvinistas, nem os arminianos ou qualquer um de nós contestamos o "Teísmo Aberto" por estar na moda contestá-lo, mas o fazemos em defesa da ortodoxia bíblica.
Quanto ao mais, é um prazer visitar o seu blog e continuar, aqui, as conversas que sempre temos quando de nossos encontros.
Um abraço.
Um abraço.
Pastor Geremias,
Acho que histórias inspirativas como a de Kuyper devem ser mais conhecidas em nossos dias, por isso resolvi reproduzir meu artigo da coluna “Exemplo de Mestre” da última edição da “Ensinador Cristão”, só que com alguns pequenos acréscimos que o espaço na revista não permitia que inserisse. Sem dúvida, Kuyper é um exemplo para todos nós.
Sobre sua reflexão acerca do debate em torno do Teísmo Aberto, concordo plenamente; com todos os pontos, mas com destaque para a seguinte consideração: "A 'briga' entre calvinistas e arminianos, ainda que cada corrente permaneça fiel aos seus postulados, é algo ultrapassado em nossa história, embora haja quem esteja interessado em ressuscitá-la, talvez com o propósito de criar uma 'cortina de fumaça' para esconder o Teísmo Aberto".
É exatamente isso que está acontecendo. Essa é a estratégia que muitos defensores do Teísmo Aberto estão usando hoje depois de se verem pegos ensinando heresias claras. Eles ludibriam dizendo que "o que está acontecendo, na verdade, é a velha disputa teológica entre arminianos e calvinistas ressuscitada". Frágil artifício! Querem levar os arminianos a defendê-los (já que estão sozinhos) enquanto mantêm, incólumes e às esconsas, suas heresias; ou enquanto tentam “livrar a cara”, como se diz popularmente.
Defensores do Teísmo Aberto, não coloquem na conta dos arminianos sérios suas bobagens teológicas, não escondam seus erros por trás do arminianismo, porque isso “não cola”!
Que fique definitivamente claro: Teísmo Aberto não é um novo nome para o arminianismo. Teísmo Aberto é um arminianismo “Frankstein”, deformado, desfigurado. É heresia mesmo! Isso é tão claro como o sol!
Por fim, como você também frisou, bater no Teísmo Aberto não é uma questão de “estar na moda”, mas de responsabilidade permanente para todos aqueles que amam a Palavra de Deus.
Um abraço!
Caro pastor Silas daniel,
A paz do Senhor. Cuido que a maioria dos proponentes da teologia da abertura de Deus - Clark Pinnock, Richard Rice, John Sanders, William Hasker, David Basinger, Greg Boyd e outros – não tenham origem arminiana; Pinnock era reformado. No Brasil temos o batista Darci Dusilek (falecido na semana passada, no dia 16/08/07), o batista Ed René, a batista Bráulia Ribeiro e o batista Paulo Brabo. Mesmo o mais polêmico, o assembleiano Ricardo Gondim, é de origem calvinista, veio do presbiterianismo.
Quanto ao ser calvinista ou arminiano, tal como defendidos, penso que um e outro, quando analisados com isenção, tornam-se as duas pilastras indispensáveis na sustentação do atual edifício da nossa soteriologia. Uma depende do outra para se manter em pé. Assim sendo, atendendo a necessidade de contemporizar livre arbítrio com a presciência exaustiva de Deus, sem resvalar para a Sua abertura, o arminianismo se obriga a terminar calvinista, da mesma forma que, quando tenta conciliar a onisciência de Deus com a livre agência do homem (a designação calvinista para livre arbítrio), o calvinismo se compatibiliza e termina arminiano.
O que incomoda na verdade não é a existência das duas teses, que delineadas e acomodadas nos séculos do cristianismo dependem da coexistência, mas os altos esforços necessários para que a abertura de uma delas – principalmente a da mais frágil, o arminianismo- não ameace a perpetuação de ambas. Por isso os escritos dos referidos estrangeiros, incluindo Philip Yancey e C.S. Lewis, bem como as reflexões de brasileiros, como o professor Darci Dusilek, o pastor Ed René e o pastor Ricardo Gondim, causam inquietação, principalmente no meio reformado, pois sabem eles que, mesmo ocorrendo fora das cercas do calvinismo, qualquer progressão na teologia arminiana desestabiliza todo o terreno da soteriologia e perturba dramaticamente o equilíbrio vital entre ambas as teses.
Teoricamente a nossa teologia, incluindo a dos supostos arminianos – é determinista, enquanto a nossa práxis, a dos arminianos e calvinistas, é notoriamente arminiana – a prática da oração é um caso sintomático. No cenário do protestantismo, em que o alicerce, diferentemente do judaísmo e do catolicismo romano, é essencialmente teológico, explica-se a preocupação e a necessidade de se fazer apologética para corroborar a soberania de Deus a partir de duas teologias aparentemente contraditórias, que em última análise não diferenciam em nada. Dada a forte influência da reforma sobre ambas, eu as vejo, tal como defendidas hoje, como sendo teologias de viés calvinista.
Um abraço,
Pr Paulo Silvano
Caro pastor Paulo Silvano,
A Paz do Senhor!
Pelo jeito você não entendeu o que eu disse. Eu não falei que todos os proponentes do Teísmo Aberto tiveram suas origens evangélicas no arminianismo. Eu disse que o Teísmo Aberto teve sua origem no arminianismo. E isso não é uma teoria, não é uma suposição; estou falando de fatos.
Afirmar que porque Pinnock e alguns outros defensores do TA foram, num passado remoto, calvinistas não significa que o Teísmo Aberto tenha surgido no meio calvinista. Afirmar isso não só não tem respaldo histórico como é absolutamente ilógico. Não tem respaldo histórico porque o TA, também conhecido como Teologia do Processo, Teologia da Esperança, Teologia Relacional, etc, não foi criado por Pinnock, nem por Sander, nem por Boyd, nem por Rice, nem por Hasker e nem por Basinger. O TA já existia décadas antes de todos esses que você citou sonharem em ensinar isso. Alguns desses que você citou nem eram nascidos quando o TA foi ensinado pela primeira vez. Mas, como falei, tal afirmação também é ilógica, porque, ainda que eu não soubesse que o TA não é criação desses nomes que você citou, o TA só é possível de ser desenvolvido por teólogos com linhas já arminianas, já que ele é claramente o resultado do uso distorcido de pressupostos do arminianismo. Todos os defensores do TA na História foram teólogos que ou já eram arminianos ou se tornaram publicamente arminianos e, mais à frente, tempos depois, infelizmente, desaguaram nessa concepção bizarra de Deus.
Ninguém pula do calvinismo direto para o Teísmo Aberto sem antes passar pelo arminianismo. Assim como ninguém que porventura um dia tenha sido arminiano pula direto para o fatalismo sem antes ter aderido ao calvinismo. Teísmo Aberto não é arminianismo, assim como fatalismo não é calvinismo, mas o Teísmo Aberto nasceu no meio arminiano e o fatalismo no meio calvinista. Pinnock e outros se tornaram arminianos e, só depois que professavam o arminianismo, descambaram, infelizmente, para o Teísmo Aberto (Aliás, não sei nem se você sabe: o Pinnock também é universalista. Ele crê que, no final, todo mundo se salva. Todo mundo! Para ele, o Inferno funciona mesmo como purgatório. Deus, no final, vai fechar o Inferno e todo mundo que estava lá vai ser integrado ao Céu depois de pagar por seus pecados).
Aqui mesmo, no Brasil, todos os nomes que você citou são pessoas que professam abertamente, e há muito tempo, o arminianismo. Por exemplo, você cita Gondim. Gondim só aceitou Jesus na Igreja Presbiteriana. Toda a formação teológica dele foi na Assembléia de Deus, que é arminiana. Há décadas ele é arminiano.
Mais um detalhe, irmão Silvano. Com todo respeito, você sabe mesmo o que é arminianismo e o que é calvinismo? Conhece bem as diferenças entre os dois? Não quero que se sinta ofendido por essa pergunta, mas é que, sinceramente, no mesmo comentário, o irmão faz outra afirmação ilógica, que alguém que conhece o arminianismo e conhece o calvinismo, e que defende uo calvinismo ou o arminianismo, vai se sentir até ofendido com ela: "Uma depende da outra para se manter em pé [??]. Assim sendo, atendendo à necessidade de contemporizar livre arbítrio com a presciência exaustiva de Deus, sem resvalar para a Sua abertura, o arminianismo se obriga a terminar calvinista [??], da mesma forma que, quando tenta conciliar a onisciência de Deus com a livre agência do homem (a designação calvinista para livre arbítrio), o calvinismo se compatibiliza e termina arminiano [??]". Meu irmão, a chamada livre agência do calvinismo não tem nada a ver com o livre arbítrio tão ressaltado pelo arminianismo, e o arminianismo não depende dos pressupostos calvinistas para se manter de pé nem vice-versa. Cada um dos dois tem uma interpretação diferente quanto à mecânica da Salvação (não quanto à Salvação) e tais interpretações (Você as conhece mesmo?) subsistem por si mesmas, sem se socorrer uma na outra.
Mais uma coisa: Você não crê na presciência divina? Não existe esse negócio de "presciência exaustiva" e não exaustiva em relação a Deus. Biblicamente, Deus é presciente e ponto. Você está diminuindo um atributo claro de Deus na Bíblia. Isso é Teísmo Aberto, heresia pura, tanto para arminianos como para calvinistas, simplesmente porque é antibíblica. O arminianismo não se sente na "necessidade de contemporizar o livre arbítrio com a presciência exaustiva de Deus para não resvalar no Teísmo Aberto". O arminianismo aceita o livre arbítrio por entendê-lo bíblico e a presciência de Deus por ser igualmente bíblica. Não é questão de necessidade, nem por medo de cair no Teísmo Aberto. Ora, o Teísmo Aberto nasceu séculos depois do arminianismo ter sua estrutura argumentativa bem solidificada. Como é que os arminianos, séculos antes, ao argumentarem sobre a firmeza de suas afirmações à luz da Bíblia, ficavam com cuidado de não cair em uma doutrina que nem existia ainda?
O irmão também se diz "incomodado" com "os altos esforços necessários para que a abertura de uma delas – principalmente a da mais frágil, o arminianismo – não ameace a perpetuação de ambas". Em outras palavras, o irmão está afirmando que é adepto do Teísmo Aberto (o que já suspeitávamos, apesar de o irmão sempre tergiversar em suas colocações). Isso é realmente preocupante.
Outra coisa: Quem disse que o arminianismo "é o mais frágil dos dois?" De onde o irmão tirou essa conclusão? Frágil? Em que sentido? Se está falando no sentido de argumentos, não é verdade. Os argumentos do arminianismo são sólidos. E se está falando de frágil no sentido de menos significativo, está errado de novo. A maioria esmagadora dos evangélicos do mundo hoje é arminiana.
Vamos agora à sua colocação sobre os escritos. Nem todos os escritos de Philip Yancey, C. S. Lewis, Darci Dusilek (sinceramente, nunca li nenhum texto dele em que defenda o Teísmo Aberto, mas sabe-se que, no final da vida, ele comungava com Caio Fábio em algumas idéias um tanto liberais), Ed René e Gondim preocupam. Eu mesmo, como já afirmei, gosto de alguns textos do Gondim. Só para citar um exemplo: aqueles em que denuncia as heresias da Teologia da Prosperidade. Gosto de muitos livros de Yancey, se bem que de vez em quando ele tem algumas afirmações um tanto forçadas. Gosto dos textos de Lewis e recomendo muitos deles. Aliás, li quase todos os livros dele de cunho teológico, mas isso não significa dizer que coaduno com tudo o que ele diz. Por exemplo, Lewis também era defensor do evolucionismo teísta, tese da qual discordo profundamente. Sem falar de outros pontos, que o espaço não permite que aborde.
Finalmente, qualquer "progressão" no calvinismo ou no arminianismo é heresia (vide fatalismo e Teísmo Aberto). Por quê? Porque as duas lidam com a mecânica da Salvação, cujos detalhes sabemos pouco. Sobre a Salvação sabemos o suficiente para nossa salvação. O calvinismo e o arminianismo subsistem porque são as duas únicas correntes teológicas que melhor explicam a mecânica da Salvação a partir do que a Bíblia menciona sobre o assunto, e sem "viajar" fora da Bíblia, sem forçar a Bíblia, diminuir o Deus da Bíblia, etc. O Teísmo Aberto e o fatalismo, pelo contrário, não subsistem porque fazem exatamente o contrário.
E não chame mais os verdadeiros arminianos de "supostos arminianos". Os adeptos do Teísmo Aberto, esta aberração teológica, é que são pseudo arminianos. E oração não é prática que só se justifica apenas numa visão arminiana (na verdade, sua visão dita arminiana de oração é a do TA; a visão bíblica da oração é aceita tanto pelos arminianos como pelos calvinistas) nem a teologia arminiana é determinista. O Teísmo Aberto é que quer relativizar as doutrinas bíblicas, inclusive o próprio Deus (para adaptá-lo ao seu gosto, para fazer Deus à sua imagem e semelhança). Por isso foge do que chama de "determinismo". O que o TA quer é ir além da Bíblia, por isso joga com as palavras falando de "determinismo". E quem diz uma coisa dessas sobre oração não sabe o verdadeiro propósito da oração, que não é mudar as ações de Deus pelo poder dos nossos apelos. A oração não muda a vontade de Deus. Deus só atende à oração que é segundo a Sua vontade (1Jo 5.14). Mais sobre o assunto, indico que leia meu comentário na matéria "Perigos do Teísmo Aberto" publicada no Portal Elnet no dia 16/01/2007. O endereço é http://www.elnet.com.br/igreja_interna.php?materia=1464.
Portanto, meu irmão, não tente justificar o injustificável. Não se deixe iludir por esse "canto de sereia". O TA não tem nada a ver com a Bíblia. É "balela" pura!
Em Cristo,
Pr. Silas Daniel
Caro Pastor Silas,
Apesar de não convencido da contrariedade quanto a redução que defendo, por pecebe-lá na prática, parabenizo-o pela defesa aguerrida que faz das duas posições soteriológicas mais convencionais, cujas discussões dos seus entornos remontam séculos. Agradeço por dispender tempo para responder o meu comentário, pela indicação do link da MK, acessado e lido, e pelo conselho final. Convido-o a visitar o meu blog, onde tambem faço considerações fortuitas sobre o tema.
Um abraço,
pr Paulo Silvano
Prezado pastor Silvano,
Que pena que ainda confunde a posição bíblica com correntes teológicas de interpretação bíblica. A discussão em torno do TA vai além disso. Quando combatemos o Teísmo Aberto, o fazemos porque ele fere algo que está acima das diferenças entre o arminianismo e o calvinismo: a Palavra de Deus. Por isso que tanto os arminianos como os calvinistas combatem o TA, porque fere algo que os dois lados prezam muito. Mas, se você não quer se convencer disso (que é tão claro como o sol), não sou eu que vou convencê-lo.
Procurei responder prontamente suas considerações, mesmo que isso tenha me custado uma certa dedicação (gastei, com todo prazer, 30 minutos para escrever aquele "artigo"), porque meu propósito sempre foi não deixar sem resposta qualquer pessoa que me aborde no blog com dúvidas honestas, se de repente está ao meu alcance poder ajudá-las. Procuro dedicar-me a este blog como uma extensão do meu ministério, como mais uma oportunidade que Deus me dá de verbalizar e compartilhar aquilo que Ele, pela sua graça, tem nos concedido. Por isso, dentro das minhas limitações, procurarei dar o melhor aqui.
No mais, obrigado pelo convite.
Em Cristo,
Pr. Silas Daniel
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