(A bela charge que abre este artigo é uma obra do meu amigo Flamir Ambrósio. Ela foi publicada originalmente em edição recente do jornal Mensageiro da Paz)
Há muitas formas de identificar teólogos liberais nos dias de hoje, mas gostaria de frisar apenas cinco critérios que acho essenciais para essa identificação (acrescentando que alguns deles também cabem em outros tipos de desvios doutrinários além do liberalismo teológico).
1) Um teólogo liberal vez por outra confunde doutrinas bíblicas com opiniões pessoais e trata doutrinas fundamentais da mesma forma que são tratadas as doutrinas secundárias. Ele ou não enxerga ou despreza essa diferença entre as doutrinas bíblicas. Por quê? Devido à sua obsessão que o cega. Mas que obsessão? Veja o ponto seguinte.
2) Um teólogo liberal sempre está em busca de uma “revolução teológica”, do ineditismo, chegando ao ponto de ultrapassar limites bíblicos claros em busca desse "ineditismo revolucionário", quando o que as igrejas precisam mesmo é de um resgate da verdadeira Teologia.
Não é preciso abrir novos poços, os que já temos são suficientes. E únicos. Basta desentulhá-los para voltarem a jorrar e saciar a sede. A Bíblia diz que quando Isaque estava sem água, não abriu novos poços, mas apenas desentulhou os poços que seu pai Abraão abrira no passado. Se tentarmos abrir novos poços, teremos que fazê-lo longe daqui, isto é, longe do terreno bíblico, e essa é uma atitude tresloucada, porque é apoiado sobre as Sagradas Escrituras que deve viver o cristão. E além disso, os poços abertos fora do terreno bíblico, quando dão água (quando dão!), são águas turvas, águas que contaminam e matam.
Para ser um teólogo relevante não é preciso "inventar a roda", procurar obsessivamente a originalidade, produzir uma nova teologia mesmo que esta choque-se frontalmente com a Palavra de Deus. É preciso, sim, voltar-se para as cisternas da Palavra, desentulhá-las (quando os inimigos se levantarem para estorvá-las), beber de suas águas cristalinas e dá-las ao povo.
3) Um teólogo liberal, ao tentar podar as pontas de um galho (ou sob o falso pretexto de fazê-lo) acaba cortando todo o galho. Às vezes, o galho está precisando ser podado mesmo. Em alguns momentos, há pontos que necessitam realmente ser aparados doutrinariamente. Porém, sob o falso pretexto de fazer isso ou em um arroubo cego, o teólogo liberal corta tudo fora, vai além da conta, joga fora o essencial junto com o pernicioso. Joga fora a água suja da bacia juntamente com o bebê.
4) Um teólogo liberal coloca a filosofia acima da Palavra de Deus. Entenda que não estamos dizendo aqui que a razão é um obstáculo à crença ou que a razão e a fé se opõem uma à outra. A fé, de acordo com a Bíblia, é um ato de pensar e, como já disse alguém, todo problema de quem tem uma fé pequena consiste exatamente em não pensar.
Quem opta por uma espiritualidade que despreza a razão termina por ou esmorecer na fé ou desaguar em sandices, bizarrias, loucuras.
De maneira alguma devemos pensar que a fé é algo meramente místico, divorciado da razão. A Bíblia está repleta de lógica. O culto a Deus, por exemplo, diz a Bíblia, deve ser “racional” (Rm 12.1,2). E como bem definiu C. S. Lewis, “a fé é a arte de admitir as coisas que a razão já aprovou, apesar da mudança de ânimo”.
Em Isaías 1.18, Deus assevera claramente que a razão é importante para Ele e para a fé, pois conclama Seu povo a “arrazoar” com Ele, isto é, pensar e argumentar com Ele. Conversar com Deus exige o ato de pensar. Enquanto a meditação oriental prega o esvaziamento da mente, a meditação bíblica, muito pelo contrário, consiste numa reflexão séria sobre o que o texto bíblico está falando conosco.
Portanto, fé e razão não são opostas.
Porém, à luz da Bíblia, aprendemos também que a fé muitas vezes ultrapassa a razão. Ela não a deprime, mas ultrapassa-a. Isso porque, como criaturas que somos, nunca podemos compreender perfeitamente as coisas espirituais, a não ser por fé. Por isso, quando a razão resolve sair de seu lugar e entrar numa esfera que não é sua, quando ela tenta suplantar a fé, acaba virando loucura. A razão só pode alçar altos vôos com segurança se atrelada à carruagem da fé.
A verdadeira fé nunca despreza, oprime ou esmaga a razão; ela eleva a razão a vôos muito maiores. Se a razão se rebela diante da verdadeira fé, ela se auto-destrói afogando-se na multidão de argumentos de seu narcisismo. A razão humana, por si mesma, nunca sondará o insondável. Ela só poderá tanger um pouco do insondável pelo auxílio do Espírito Santo, que só opera onde há a fé verdadeira.
Aliás, é importante frisar aqui que, quando refiro-me à fé ou à verdadeira fé em todo esse texto, obviamente não estou falando de fé no sentido genérico, mas de fé bíblica, fé que tem por base as Sagradas Escrituras. Essa é a fé verdadeira.
A Bíblia alerta-nos para o perigo de colocarmos a filosofia acima das Escrituras, isto é, de pensarmos que a razão por si mesma é o suficiente para tudo, que a razão não precisa da fé. Repito: a razão, sem a verdadeira fé, torna-se loucura e, por isso, embriagada em sua sandice, interpreta a fé como loucura, acha que ela é que é loucura. Está escrito: “Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio” (1Co 3.18). A expressão “louco” aqui significa não confiar totalmente e acima de tudo na filosofia, e não desprezar a verdadeira fé. Um teólogo liberal sempre é alguém que faz exatamente o contrário.
5) Finalmente, um teólogo liberal sempre invoca um discurso piedoso como justificativa para seu erro. Ele consegue achar normal justificar um erro doutrinário crasso usando o manto de uma falsa piedade e de um falso amor. Ele tenta desonestamente colocar o amor em oposição à doutrina bíblica, fazendo com que seus seguidores não percebam a loucura que estão fazendo, já que não existe verdadeiro e pleno amor onde há desprezo à Palavra de Deus.
Isso é uma estratégia antiga. Paulo já dizia que alguns em sua época ensinavam heresias, mas, mesmo assim, eram considerados corretos por alguns incautos, tudo porque portavam uma aparência de piedade. “Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade (...) estando debalde inchado na sua carnal compreensão” (Cl 2.18).
A única diferença daqueles falsos mestres da época paulina para os teólogos liberais de hoje é apenas o tipo de bizarria doutrinária. A estratégia, contudo, é a mesma.
Como vemos, não há mesmo nada novo debaixo do sol. Já dizia Salomão.
1) Um teólogo liberal vez por outra confunde doutrinas bíblicas com opiniões pessoais e trata doutrinas fundamentais da mesma forma que são tratadas as doutrinas secundárias. Ele ou não enxerga ou despreza essa diferença entre as doutrinas bíblicas. Por quê? Devido à sua obsessão que o cega. Mas que obsessão? Veja o ponto seguinte.
2) Um teólogo liberal sempre está em busca de uma “revolução teológica”, do ineditismo, chegando ao ponto de ultrapassar limites bíblicos claros em busca desse "ineditismo revolucionário", quando o que as igrejas precisam mesmo é de um resgate da verdadeira Teologia.
Não é preciso abrir novos poços, os que já temos são suficientes. E únicos. Basta desentulhá-los para voltarem a jorrar e saciar a sede. A Bíblia diz que quando Isaque estava sem água, não abriu novos poços, mas apenas desentulhou os poços que seu pai Abraão abrira no passado. Se tentarmos abrir novos poços, teremos que fazê-lo longe daqui, isto é, longe do terreno bíblico, e essa é uma atitude tresloucada, porque é apoiado sobre as Sagradas Escrituras que deve viver o cristão. E além disso, os poços abertos fora do terreno bíblico, quando dão água (quando dão!), são águas turvas, águas que contaminam e matam.
Para ser um teólogo relevante não é preciso "inventar a roda", procurar obsessivamente a originalidade, produzir uma nova teologia mesmo que esta choque-se frontalmente com a Palavra de Deus. É preciso, sim, voltar-se para as cisternas da Palavra, desentulhá-las (quando os inimigos se levantarem para estorvá-las), beber de suas águas cristalinas e dá-las ao povo.
3) Um teólogo liberal, ao tentar podar as pontas de um galho (ou sob o falso pretexto de fazê-lo) acaba cortando todo o galho. Às vezes, o galho está precisando ser podado mesmo. Em alguns momentos, há pontos que necessitam realmente ser aparados doutrinariamente. Porém, sob o falso pretexto de fazer isso ou em um arroubo cego, o teólogo liberal corta tudo fora, vai além da conta, joga fora o essencial junto com o pernicioso. Joga fora a água suja da bacia juntamente com o bebê.
4) Um teólogo liberal coloca a filosofia acima da Palavra de Deus. Entenda que não estamos dizendo aqui que a razão é um obstáculo à crença ou que a razão e a fé se opõem uma à outra. A fé, de acordo com a Bíblia, é um ato de pensar e, como já disse alguém, todo problema de quem tem uma fé pequena consiste exatamente em não pensar.
Quem opta por uma espiritualidade que despreza a razão termina por ou esmorecer na fé ou desaguar em sandices, bizarrias, loucuras.
De maneira alguma devemos pensar que a fé é algo meramente místico, divorciado da razão. A Bíblia está repleta de lógica. O culto a Deus, por exemplo, diz a Bíblia, deve ser “racional” (Rm 12.1,2). E como bem definiu C. S. Lewis, “a fé é a arte de admitir as coisas que a razão já aprovou, apesar da mudança de ânimo”.
Em Isaías 1.18, Deus assevera claramente que a razão é importante para Ele e para a fé, pois conclama Seu povo a “arrazoar” com Ele, isto é, pensar e argumentar com Ele. Conversar com Deus exige o ato de pensar. Enquanto a meditação oriental prega o esvaziamento da mente, a meditação bíblica, muito pelo contrário, consiste numa reflexão séria sobre o que o texto bíblico está falando conosco.
Portanto, fé e razão não são opostas.
Porém, à luz da Bíblia, aprendemos também que a fé muitas vezes ultrapassa a razão. Ela não a deprime, mas ultrapassa-a. Isso porque, como criaturas que somos, nunca podemos compreender perfeitamente as coisas espirituais, a não ser por fé. Por isso, quando a razão resolve sair de seu lugar e entrar numa esfera que não é sua, quando ela tenta suplantar a fé, acaba virando loucura. A razão só pode alçar altos vôos com segurança se atrelada à carruagem da fé.
A verdadeira fé nunca despreza, oprime ou esmaga a razão; ela eleva a razão a vôos muito maiores. Se a razão se rebela diante da verdadeira fé, ela se auto-destrói afogando-se na multidão de argumentos de seu narcisismo. A razão humana, por si mesma, nunca sondará o insondável. Ela só poderá tanger um pouco do insondável pelo auxílio do Espírito Santo, que só opera onde há a fé verdadeira.
Aliás, é importante frisar aqui que, quando refiro-me à fé ou à verdadeira fé em todo esse texto, obviamente não estou falando de fé no sentido genérico, mas de fé bíblica, fé que tem por base as Sagradas Escrituras. Essa é a fé verdadeira.
A Bíblia alerta-nos para o perigo de colocarmos a filosofia acima das Escrituras, isto é, de pensarmos que a razão por si mesma é o suficiente para tudo, que a razão não precisa da fé. Repito: a razão, sem a verdadeira fé, torna-se loucura e, por isso, embriagada em sua sandice, interpreta a fé como loucura, acha que ela é que é loucura. Está escrito: “Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio” (1Co 3.18). A expressão “louco” aqui significa não confiar totalmente e acima de tudo na filosofia, e não desprezar a verdadeira fé. Um teólogo liberal sempre é alguém que faz exatamente o contrário.
5) Finalmente, um teólogo liberal sempre invoca um discurso piedoso como justificativa para seu erro. Ele consegue achar normal justificar um erro doutrinário crasso usando o manto de uma falsa piedade e de um falso amor. Ele tenta desonestamente colocar o amor em oposição à doutrina bíblica, fazendo com que seus seguidores não percebam a loucura que estão fazendo, já que não existe verdadeiro e pleno amor onde há desprezo à Palavra de Deus.
Isso é uma estratégia antiga. Paulo já dizia que alguns em sua época ensinavam heresias, mas, mesmo assim, eram considerados corretos por alguns incautos, tudo porque portavam uma aparência de piedade. “Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade (...) estando debalde inchado na sua carnal compreensão” (Cl 2.18).
A única diferença daqueles falsos mestres da época paulina para os teólogos liberais de hoje é apenas o tipo de bizarria doutrinária. A estratégia, contudo, é a mesma.
Como vemos, não há mesmo nada novo debaixo do sol. Já dizia Salomão.
10 comentários:
Caro Ministro
Comentando seu parágrafo:
“Um teólogo liberal vez por outra confunde doutrinas bíblicas com opiniões pessoais e trata doutrinas fundamentais da mesma forma que são tratadas as doutrinas secundárias. Ele ou não enxerga ou despreza essa diferença entre as doutrinas bíblicas. Por quê? Devido à sua obsessão que o cega. Mas que obsessão? “
Concordo com a sua conclusão sobre essas perguntas.
Acrescentando, quero dizer que sou moderador de algumas comunidades evangélicas ligadas às Assembléias de Deus, lá no site Orkut (comunidades tanto ligadas à CGADB, quanto algumas que estão desligadas). E os fóruns delas são ótimos termômetros do que está gravado na cabeça do povo pentecostal sobre qual é a doutrina que estão recebendo.
Noto que grande parte desses internautas crentes confunde usos e costumes e tratam o assunto como sendo a doutrina bíblica de Cristo, a apostólica, colocando até como mais importante que o sangue vertido por Cristo na cruz e pensam que para defender a tradição podem transgredir o mandamento do amor ao próximo. Parece que acham licença para pecar nos casos de defender a tradição dos usos e costumes...
Eu, nas minhas observações e participações nesses fóruns virtuais assembleianos – quase três anos envolvido neles– percebo que os mais ardorosos defensores dos usos e costumes são os que menos trazem argumentos bíblicos e que quando colocados sobre a forte pressão dos contra-argumentos bíblicos partem para as ofensas – seja o crente ligado, ministerialmente, à Convenção Geral AD ou não...
O Pr Carlos Roberto, em seu blog, no artigo COLOCANDO PIMENTA NA CRISE DE IDENTIDADE, explana muito bem as razões que geram esse problema. Em última análise, penso eu, seja mesmo pelas proporções que se encontra a denominação Assembléia de Deus.
Fiquei alegre em ler seu artigo. Tenho pregado exatamente isso que escreveu, mas sem o seu brilhantismo sintático.
Querendo navegar no Orkut nas comunidades que mencionei, achará os links no meu blog.
Paz do Senhor.
Adendo impostante: quando digitei, logo acima, “comunidades evangélicas LIGADAS às Assembléias de Deus” não quis dizer vinculados oficialmente às instituições, apenas que os fundadores dessas comunidades fazem parte das Assembléias de Deus e que criaram as comunidades com a finalidade de agregar internautas que também sejam ou que sejam simpáticos a elas. É a esfera virtual próxima da realidade física...
É um belo espaço para análise antropológica.
Paz do Senhor.
Olá Pastor Silas Daniel!
A Paz do Senhor!
Parabéns pelo seu post!
Concordo plenamente!
É necessário que nossa liderança fique atenta a esses arroubos de modismos teológicos, de forma que ao primeiro sinal, possamos acender um sinal de alerta, e a questão não tome proporção de prejudique o rebanho.
Como diz Judas, o apóstolo, esses estão em nossas festas de caridade, banqueteando-se conosco.
É preciso muita atenção.
Ministros servem como atalaias!
Em tempo: Parabéns ao Flamir pela charge!
Muito boa essa reflexao pastor Silas, infelzimente até quando determinados crentes, por mais sinceros sejam, conseguirao enxergar as verdades aquie explanadas?
Que Deus tenha misericórdia!!!
Abraçose Paz do Senhor!!!
Caro Eliseu,
Desculpe só estar respondendo seu comentário agora. É que cheguei de viagem hoje de manhã de Itaperuna (cerca de 400km de estrada) e, durante os dias que estive lá, estava tão ocupado com as ministrações que haveria de fazer na igreja ali que não deu nem tempo de abrir o blog direito para responder os comentários que o pessoal postou esse final de semana.
Sobre a questão de usos e costumes, ela sempre vai gerar polêmica. Particularmente, sou a favor dos bons costumes, não dos exageros. Bons costumes, como já frisaram vários teólogos assembleianos durante décadas (entre eles nosso querido pastor Antonio Gilberto), são reflexos da sã doutrina. As doutrinas bíblicas geram, naturalmente, bons costumes. A questão toda é o equilíbrio.
Para você ver como o assunto continua atual, e não apenas aqui no Brasil, de 8 a 12 de agosto houve mais um Concílio das Assembléias de Deus norte-americanas, desta vez realizado em Indianápolis, e um dos temas abordados foi... Usos e Costumes. Esse assunto foi bem debatido lá porque também existe nos EUA essa heterogeneidade em torno do tema usos e costumes como há no Brasil(sendo que aqui a maioria das ADs é conservadora quanto ao assunto). Eles não são tão homogêneos nessa questão como nós às vezes pensamos, nem muito menos totalmente liberais nessa área. Há igrejas mais conservadoras em termos de usos e costumes e outras mais abertas.
A decisão do concílio lá sobre o assunto foi a seguinte: "Deve-se ter cuidado para não adicionar costumes como condição para a salvação e os que preferem adotar costumes mais rígidos não devem pressionar os que têm costumes menos rígidos e vice-versa, pois são questões de máteria de consciência, como afirma Romanos 14.1-4". Mais detalhes sobre a decisão no site www.ag.org, que é o site da AD norte-americana.
Só mais uma detalhe: quando falo de doutrinas secundárias, não estou falando de usos e costumes, mas de doutrinas que são bíblicas, porém não são essenciais para a Salvação. Um crente pode não compreendê-las perfeitamente e ser salvo mesmo assim. Agora, doutrinas fundamentais são aquelas sem as quais não podemos nem dizer que a pessoa é realmente cristã. São as doutrinas que formam a "espinha dorsal" da fé cristã.
É isso. Um abraço!
Pastor Carlos Roberto,
A minha preocupação foi justamente esta que o irmão frisou: alertar. Ainda mais que essa nova onda da teologia liberal no Brasil é encampada por gente influente no meio evangélico.
São nos pequenos detalhes que às vezes se escondem os maiores desvios, por isso a necessidade de apresentar esses cinco pontos identiticadores. Creio que esses simples critérios já são bastante elucidativos para quem não quer ser enredado por discursos envernizados e argumentos cheios de sutilezas, e seduzidos por embrulhos muito piedosos à primeira vista, mas carregados de erros crassos.
Um abraço!
Caro Victor,
O grande problema é que muitas dessas pessoas estão tão enredadas pelos discursos envernizados e pela aparência de "verdadeira piedade" do Teísmo Aberto que não conseguem enxergar a verdade, pois já não estão dispostas a verem a verdade. Estão embriagadas pelo TA ao ponto de não desejarem parar para refletir melhor no assunto à luz das Sagradas Escrituras. Essas pessoas foram ensinadas a entender qualquer apelo às Escrituras proferido por uma pessoa que discorda do TA como "doutrina de homens", "sistematizações teológicas que não têm nada a ver realmente com o que diz a Bíblia", etc. Elas criaram essa barreira em suas mentes e corações e, por isso, permanecem no erro.
A libertação dessa visão equivocada começará para elas quando houver realmente disposição em comparar as premissas do Teísmo Aberto com o que diz a Bíblia. Acho até que isso está começando a acontecer entre alguns dos muitos adeptos do TA pela Internet, principalmente depois que eles começaram a ver que não são apenas os calvinistas que batem no TA. Quando perceberam que muitos arminianos como eles também batem no TA e conheceram os porquês disso (as razões à luz da Bíblia dessa discordância profunda), seus olhos começaram a se abrir.
Quando só conheciam as críticas calvinistas, era fácil para seus "gurus" enganarem eles. Bastava dizer-lhes: "São os velhos calvinistas querendo dizer que nós, arminianos, somos hereges". Mas, quando começaram a ver que arminianos também condenam o TA, passaram a ver que não é uma questão de ser calvinista ou ser arminiano, é uma questão de ser bíblico ou não.
Apesar de no meio arminiano já terem surgido muitas pessoas falando contra o TA (eu mesmo já escrevi artigos e mais artigos em jornais e revistas [e um capítulo inteiro em um dos meus livros] sobre o assunto, dei entrevista na mídia evangélica sobre o tema, tudo isso nos últimos dois anos [outros companheiros também alertaram em palestras pelo Brasil]), parece que só agora alguns adeptos do TA começaram a perceber que é um logro essa história de dizer que "as críticas ao Teísmo Aberto nada mais são do que a ressurreição dos antigos debates acalorados entre calvinistas e arminianos". Isso está acontecendo porque a maioria dos seguidores do TA são "catequisados" pela Internet (a divulgação do TA se dá básica e principalmente pela Internet), e só de um tempo para cá é que pensadores de linha arminiana passaram a combater na rede, especialmente em blogs, os equívocos do TA, conseguindo finalmente atingir os "catequisados".
Por tudo isso, vida longa aos blogs de reflexão teológica sadia!
A paz do Senhor, pr Silas.
Estou muito feliz pelo Blog do irmão. Vejo a sua preocupação com a perservação da doutrina perante o modernismo teológico e outras teologias contemporâneas. Isso não só no Blog, mas também na revista Resposta Fiel e o jornal Mensageiro da Paz.
Quando vi na última edição da RF o artigo de Norman Geisler sobre o teísmo aberto, me alegrei! Não me esqueço, também, da série de artigos do Norman Geisler sobre os perigos da filosofia, foi muito bom! Mas há outras matérias que me marcaram naquele períodico, assim como várias entrevistas, como de Paulo Romeiro e J.I Packer.
Conto esse pequeno "testemunho", pois a RF, o MP e as lições bíblicas, são a minha maior fonte de pesquisa da nossa bíblica e ortodoxa teologia assembleiana.
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com
Gutierres, a Paz do Senhor!
Que bom saber que os periódicos da CPAD têm sido bênção para o seu desenvolvimento teológico e espiritual! Seu testemunho nos toca, uma vez que, dentro das nossas limitações e pela graça de Deus, temos dado uma pequena parcela de contribuição nesses abençoados veículos de comunicação assembleianos (no caso, o jornal "Mensageiro da Paz" e a revista "Resposta Fiel"). Em nome da equipe que faz esses periódicos, agradeço pelas suas palavras.
Sobre as entrevistas com o Paulo Romeiro e o James Iann Packer (tive o privilégio de fazer aquela entrevista com ele para a revista "Resposta Fiel" na época que a revista "Times" tinha apontado Packer como um dos 25 evangélicos mais influentes nos EUA), foram realmente edificantes. E quando nos deparamos a primeira vez com aquela série de artigos de Geisler, ela muito nos edificou.
Geisler, Romeiro e Packer... Suas referências teológicas são muito boas, Gutierres. Parabéns pelas escolhas!
Um abraço!
necessario verificar:)
Postar um comentário