terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Infelizmente, Obama já começou mal

Pela primeira vez na história dos Estados Unidos da América, um presidente eleito toma posse recebendo as bênçãos de Alá e as de um bispo homossexual. Ingrid Mattson, presidente da Sociedade Islâmica da América do Norte, foi convidada por Obama para falar no culto de posse amanhã, na Catedral Nacional em Washington, e invocar as bênçãos de Alá sobre o novo presidente; e o bispo gay Gene Robinson “invocará as bênçãos divinas” sobre Obama. E qual o nome escolhido para representar, assim, como diríamos... os evangélicos conservadores? O pastor Rick Warren, conhecido por ser um “conservador light” ou, como ressaltam alguns, "um dos mais liberais entre os conservadores". Ele fará apenas uma oração. Rick Warren é o máximo de conservadorismo que Obama admite ao seu lado, mesmo assim contrabalançado "prudentemente" com Alá e Gene Robinson. Ah, sim: o pregador oficial do culto de amanhã é ninguém menos do que a pastora liberal Sharon Watkins, que defende o aborto e o casamento homossexual.
Não é à toa que Obama já anunciou que sua primeira medida como presidente será decretar a Lei de Liberdade de Escolha (LLE), que tornará debalde toda a luta dos movimentos pró-vida dos EUA daqui para frente (veja e ouça Obama fazendo a promessa aqui, saiba o que é a LLE aqui e veja o protesto marcado contra esse ato para o dia 22 em Washington aqui). Sabendo disso, o presidente Bush decretou, antes de sua despedida, o Dia nacional de Santidade da Vida, um dia pró-vida de reflexão e oração (leia o texto do decreto em português aqui).
Ademais, o “messias” midiático Barack Hussein Obama, aquele que já é sem nunca ter sido (aquele que estranhamente já é proclamado em alto e bom som como um dos maiores presidentes da história dos EUA sem nunca ter exercido um dia só de mandato até então), toma posse hoje com a mídia ocidental quase que totalmente genuflexa de amores diante dele. É só tomarmos como exemplo o caso brasileiro. Nunca a posse de um presidente norte-americano teve uma cobertura tão grande da mídia brasileira. Nunca. E mais: jornalistas daqui e de lá chegam a escrever textos poéticos extremamente melosos não apenas exaltando Obama, mas também ressaltando a fé que têm de que ele fará mudanças e transformações profundas que afetarão positivamente todo o mundo. Detalhe: Obama nunca fez nada na vida que justificasse essa crença em mudanças concretas e substanciais. Ele construiu a sua campanha apenas com retórica. Escrevemos muito a respeito no final do ano passado (clique aqui e aqui). Outro detalhe é que ele repetiu no seu discurso de posse hoje a mesmíssima frase de Lula em seu discurso de vitória em 2002 ("A esperança venceu o medo"). Quem escreveu o discurso de posse de Obama foi o mesmo rapaz de 27 anos que escreveu todos os seus outros discursos de campanha: John Favreau.
Obama já começa mal, pedindo as bênçãos de Alá e as de um deus ecumênico e que abençoa o homossexualismo – eis mais um motivo para orarmos pelos EUA.

A edição de fevereiro do jornal Mensageiro da Paz deverá estar disponível à venda já a partir de amanhã e nas filiais da CPAD, até sábado. A nova edição do MP traz matérias sobre o despertar do anti-semitismo no mundo depois da ofensiva de Israel ao Hamas; sobre a cristalização do ensino do Criacionismo de cunho científico em escolas e em uma universidade brasileiras; sobre a verdadeira história dos hinos 1, 5, 8, 84, 96 e 187 da Harpa Cristã; e artigos sobre Liderança Cristã, o erro de usar as Escrituras como uma espécie de livro de auto-ajuda, o movimento herético Crescendo em Graça etc, além de matérias internacionais e sobre eventos regionais da Assembléia de Deus pelo Brasil.
Quem quiser assinar o maior jornal evangélico do país, ligue para (21) 2406-7416 ou 2406-7418. Para comprar cotas, você poderá fazê-lo por esses mesmos números ou pelo 0800-021-7373.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Verdades e mentiras sobre a ofensiva de Israel

Nestes últimos dias, tenho lido e ouvido muitos equívocos serem ditos em relação à ofensiva israelense contra o Hamas e aproveito para usar este espaço para desfazer alguns desses erros. Vamos a eles.

1) “A ofensiva de Israel não é legítima”
A ofensiva de Israel é legítima. O Hamas quebrou unilateralmente o cessar-fogo com Israel sem que Israel tivesse feito alguma coisa que provocasse isso. O Hamas, como de hábito, apenas usou o cessar-fogo para se rearmar. Rearmado, anunciou o fim do cessar-fogo e lançou em menos de uma semana mais de 300 foguetes contra o território de Israel, destruindo centenas de casas e matando civis. Israel, então, resolveu se defender. Depois de mais de 6 mil foguetes e morteiros lançados sobre seu território nos últimos sete anos, resultando em 16 mortos (todos civis), e de mais de 300 foguetes lançados depois do fim do cessar-fogo, Israel foi forçado a agir firmemente para pôr fim ao problema que aflige a sua população. O Artigo 51 da Carta da ONU afirma que todas as nações têm o direito de agir em defesa própria contra ataques armados contra o seu país. É o que Israel está fazendo.

2) “Israel comete genocídio e terrorismo de Estado”
É uma mentira da pior espécie dizer que Israel comete genocídio e terrorismo de Estado. Genocídio é quando um povo, governo ou grupo objetiva dizimar um povo. Ora, Israel não quer destruir os palestinos. Israel não quer destruir nação nenhuma. Israel não quer destruir a população da Faixa de Gaza. Israel quer destruir os recursos bélicos e a infra-estrutura do grupo terrorista Hamas, um exército de 20 mil homens que lança milhares de foguetes e morteiros por ano sobre Israel e já matou milhares de judeus em atentados terroristas em praças, escolas, ônibus escolares e pizzarias nos últimos anos. O Hamas, diferentemente do Fatah, não aceita a existência do Estado de Israel.
E terrorismo de Estado, por sua vez, só ocorre quando se promove um ataque indiscriminado, um ataque onde civis também são vistos como inimigos. Ora, Israel não está se levantando contra os civis, mas apenas contra o Hamas. Prova é que todos os ataques que Israel perpetrou em Gaza desde o início da ofensiva foram antecedidos pelo lançamento de folhetos nas regiões do bombardeio avisando à população a hora dos bombardeios e instando a que saíssem desses locais. Aliás, essa é uma prática antiga do exército de Israel. Porém, infelizmente, a maioria da mídia omite deliberadamente essa informação. Só passaram a falar dos panfletos de poucos dias para cá.
Exemplo: quando um dos líderes do Hamas morreu com suas esposas e filhos em sua residência há poucos dias, a imprensa não informou que antes Israel lançou folhetos na região avisando a todos ali que haveria um bombardeio naquele local (que era um dos quartéis do Hamas), nem que o exército de Israel, na hora do bombardeio, não tinha certeza de que o indivíduo ainda estava ali com sua família. Perceba: mesmo sabendo do bombardeio, aquele líder do Hamas e suas esposas resolveram ficar com seus filhos. Então, quando as bombas caem e os palestinos informam que aquele louco morreu com a sua família, a culpa da morte daquela família é de Israel? Não: a culpa pela morte daquela família é daquele pai de família criminoso e suas esposas, que, mesmo sabendo que o local seria bombardeado, resolveram ficar ali com seus filhos para morrerem todos.
Outra informação que a mídia brasileira omite é que as armas do Hamas estão escondidas em mesquitas, escolas e em residências de civis, e a sala de guerra da liderança do movimento fica em uma casamata instalada exatamente sob o maior hospital de Gaza. E mais: os militantes do Hamas estão combatendo em trajes civis e os policiais foram instruídos a deixar de lado seus uniformes. Quando morrem, aparentam serem civis mortos, não soldados. Segundo relatos do campo de batalha, os militantes emergem dos túneis, disparam armas automáticas ou mísseis antitanques e depois voltam a procurar proteção nos túneis terrestres.
Uma matéria do jornal The New York Times deste domingo lembra: “Os israelenses estão usando novas armas, como uma bomba inteligente de pequeno diâmetro, a GBU-39. Ela conta com uma pequena carga explosiva, para minimizar os danos colaterais em áreas urbanas. Mas é capaz de penetrar no solo e atingir casamatas ou túneis. Funcionários dos serviços de inteligência israelenses estão ligando para moradores de Gaza e, falando árabe, fingem ser simpáticos à causa palestina. Depois de expressar horror diante da guerra, os agentes perguntam se a família apóia o Hamas e se há combatentes do movimento nas cercanias. Uma nova arma foi desenvolvida para combater a tática do Hamas de pedir que civis fiquem no telhado dos edifícios a fim de evitar bombardeios. Os israelenses rebatem essa tática com um míssil cuja paradoxal função é não explodir. Os mísseis são apontados para áreas desocupadas dos telhados, para assustar os moradores e levá-los a deixar os edifícios. Os civis são alertados a abandonar as áreas de batalha”.
Esses são os métodos dos chamados “genocidas” e “terroristas de Estado” de Israel.
“E a história dos dois motoristas da ONU mortos quando em serviço, levando um comboio de alimentos ao interior de Gaza? E a história das dezenas de meninas que morreram em uma escola da ONU?”
Pergunta-se: Alguém é ingênuo de acreditar mesmo que Israel quis matar dois palestinos funcionários da ONU só para, digamos, eles não levarem alimento e remédios aos civis? E que quis matar dezenas de meninas dentro de uma escola da ONU?
Ainda que o exército de Israel fosse um grupo de loucos maquiavélicos, guiando-se pelo raciocínio criminoso de que “em guerra, os fins justificam os meios”, não seria estúpido ao ponto de cometer idiotices dessas que jogariam a comunidade internacional contra si. Ou, como alguns já ressaltaram, alguém acredita que a morte de dois soldados israelenses no chamado “fogo amigo” significa que Israel está matando seus próprios soldados?
Ademais, leia a verdadeira história da tragédia naquela escola da ONU aqui: http://www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1231167272256&pagename=JPost%2FJPArticle%2FShowFull
Para quem quiser a informação em português, o blog do jornalista Bruno Pontes (http://brunopontes.blogspot.com/2009/01/grande-imprensa-faz-assessoria-para-o.html) traz uma síntese da notícia. Relata Pontes: “Testemunhas contaram ao Jerusalem Post que homens do Hamas entraram na escola, onde civis buscavam refúgio, para atirar bombas em soldados israelenses estacionados na vizinhança. Os soldados revidaram. E então o fogo cruzado atingiu as bombas armazenadas no interior do prédio (uma escola sendo usada como depósito de armas – cortesia do Hamas), que explodiram e mataram dezenas de pessoas que lá estavam. Esta também foi a versão apresentada pelas Forças de Defesa Israelenses”. Sobre o assunto, leia ainda aqui http://brunopontes.blogspot.com/2009/01/os-gritos-e-o-silncio.html e não deixe de assistir a este vídeo: http://brunopontes.blogspot.com/2009/01/o-uso-de-civis-como-escudos-humanos.html
A mídia informou todos esses detalhes passados pela Força de Defesa de Israel sobre o caso? Claro que não. Apenas disse que “Israel afirmou que revidou os ataques de terroristas que estariam ali”. O quê? Revidou tiros com um míssil para destruir toda a escola sem saber se tinha gente lá dentro?!?! E Israel é doido de fazer isso contra uma escola da ONU!?
Israel revidou com tiros, e apenas e exatamente contra o lugar onde os soldados do Hamas estavam, mas alguns desses tiros atingiram algo com que o exército de Israel não contava: um depósito de bombas que estava ali, no terreno daquela escola, o que ocasionou a tragédia. Lembrem-se: tiros não provocam explosões, a não ser que atinjam explosivos.
Não é à toa que o representante da ONU naquela escola se apressou a negar tudo. Imagine você, caro leitor, um depósito de bombas do Hamas dentro de uma escola da ONU! Aliás, você sabia que dos 9 mil funcionários da ONU em Gaza, todos palestinos, boa parte deles também é de "civis" ligados ao Hamas, que domina a Faixa de Gaza? Não, com certeza não.
Lembrando ainda que essa é uma tática antiga do Hamas: usar escolas de Gaza para lançar foguetes contra Israel. Uma dessas ações chegou a ser filmada pela Força Aérea Israelense. Veja o vídeo aqui: http://littlegreenfootballs.com/article/32368_UN_School_Used_by_Terrorists_As_a_Weapons_Dump).
Detalhe: das 800 vítimas até o final da semana passada, 200 (25%) eram civis (dados dos próprios palestinos). A ONU, porém, dizia que, dessas 800, pelo menos 250 são crianças (sic), o que afeta mais ainda a credibilidade da ONU: Como é que a ONU conseguiu achar um número de crianças mortas maior que o número de todos os civis palestinos mortos, conforme os dados dos próprios palestinos?
Outra coisa: já notou que a maioria esmagadora de todos os civis palestinos mortos nesse confronto é de crianças, e majoritariamente meninas? Estima-se que cerca de 80% de todos os civis mortos entre os palestinos sejam crianças. Não é estranho? Onde estão os adultos (homens e mulheres), os idosos etc? Isso não revela um método?
“Que método?”
Fabricar cadáveres de crianças como propaganda de guerra, para jogar a comunidade internacional contra Israel.
Caros, um dos grandes problemas das pessoas que se indignam com as mortes de civis, principalmente crianças, nesse ataque de Israel é que, infelizmente, dirigem a sua indignação para o lado errado. Culpam quem não é culpado. A indignação é justa (aliás, não se indignar com a morte de inocentes é sintoma de patologia social), mas a quem ela é dirigida é no que consiste o erro.
Mortes de civis, principalmente de crianças, são para se indignar mesmo. Entretanto, reflita: Quem são os verdadeiros culpados?
É verdade que, para padrões de guerra, 25% dos mortos de civis não é considerado um número alto, porém lembremos que não dá para dimensionar o valor de uma vida humana, ainda mais inocente. Então, mesmo sendo “apenas 25%”, não deixa de ser um custo altíssimo. Ainda mais que estamos falando de 25% num universo de 800; ou seja, estamos falando da morte de 200 pessoas. É igualmente verdade que alguns desses civis são, na verdade, “civis” contados como civis, porém isso não diminui o fato de que, mesmo assim, morreu muita gente que não tinha nada a ver com a guerra, como é o caso das crianças. Ou seja, por qualquer ângulo, é de chorar e se indignar mesmo, mas com os verdadeiros culpados por esse número de civis mortos. E quem são eles? Não são aqueles que avisam aos civis que irão bombardear alvos militares próximos e que instam para os civis saírem do local; não são os que evitam o máximo possível a morte de civis, mas, sim, aqueles que deliberadamente, propositalmente, friamente, usam civis, principalmente crianças, como escudo humano e seus cadáveres como mensagem de falsa-propaganda: o Hamas.
Israel não atira em civis. O Hamas é que usa os civis como escudo. O culpado pela morte desses civis palestinos que não têm nada a ver com a história chama-se Hamas.
É como ilustra perfeitamente a charge colocada na abertura deste artigo: enquanto uns lutam para proteger suas crianças, outros lutam colocando suas crianças como seus escudos.

3) “O ataque de Israel é desproporcional”
Israel não quebrou o princípio da proporcionalidade. Essa é uma tremenda falácia. Como lembra o jurista Alan Dershowitz, em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo da semana passada, não há equivalência legal entre a matança deliberada de civis inocentes e a matança deliberada de terroristas do Hamas. “Segundo as leis da guerra, para impedir a morte de um único civil, é permitido eliminar qualquer número de combatentes. Em segundo lugar, a proporcionalidade não pode ser medida pelo número de civis mortos, mas pelo risco de morte de civis e pelas intenções dos que têm em sua mira esses civis. O Hamas procura matar o maior número possível de civis e aponta seus foguetes na direção de escolas, hospitais, playgrounds. O fato de que não tenha eliminado tantos quanto gostaria deve-se à enorme quantidade de recursos que Israel destinou para construir abrigos e sistemas de alarme. O Hamas recusa-se a construir abrigos, exatamente porque quer que Israel mate o maior número possível de civis palestinos, ainda que inadvertidamente”.
E sobre a tal “precariedade” das armas do Hamas: é uma mentira chamar os atuais foguetes do Hamas de “precários”, “caseiros”. Quando a mídia brasileira afirma isso, ou é por pura ignorância ou por anti-semitismo enrustido. O Hamas já passou dessa fase há muito tempo. Os foguetes do Hamas eram sem sofisticação até 2007. A partir daí, devido ao financiamento do Irã, passaram a ser mais potentes e destrutivos. E a quantidade deles também aumentou. Muitos desses foguetes já chegavam prontos via fronteira, só para serem lançados sobre Israel. E os “caseiros” (que só são assim chamados porque produzidos em fábricas escondidas em meio a bairros residenciais de Gaza, e não porque eram rústicos e/ou feitos com materiais improvisados) passaram a ser mais sofisticados devido à injeção de dinheiro da Síria e, principalmente, do Irã. O que se viu foi um crescimento quantitativo e qualitativo de armamentos.
Os centenas de foguetes lançados anualmente sobre Israel até 2006 se tornaram em milhares por ano a partir de 2007. E com mais potência e alcance. Antes, atingiam até 20km. Os atuais atingem até 50km, chegando a alcançar as cidades mais populosas de Israel, com 1 milhão de habitantes e onde não é tão comum abrigos anti-bomba. Após o cessar-fogo, centenas deles foram lançados em menos de uma semana, matando civis judeus até Israel começar a ofensiva. Entretanto, a imprensa, mais uma vez, omite esses “detalhes”.

4) “Israel deveria tentar negociar e, enquanto isso, suportar sacrificialmente os ataques do Hamas”
O problema não é que Israel não queira negociar, mas é que o Hamas não quer negociar. Diferentemente do Fatah, o Hamas quer apagar o Estado de Israel da face da terra. Quando vemos o Hamas negociando, é apenas no que diz respeito a reféns. São apenas exigências para libertação de soldados seqüestrados. Por exemplo: há mais de 900 dias, o soldado israelense Gilad Shalit foi seqüestrado pelo Hamas e vive sob tortura, e o grupo terrorista disse que só soltará o rapaz sob uma única e inamovível condição: se Israel libertar 400 terroristas do Hamas que mataram milhares de israelenses na Intifada de 2000.
Quanto a suportar sacrificialmente, o que é que Israel fez justamente nos últimos sete anos se não isso? Foram 6 mil foguetes e morteiros, 16 civis mortos e milhares de casas e prédios destruídos, entre eles escolas. Só não morreram mais porque Israel, diferentemente do Hamas, protege seus civis. Nas cidades próximas a Gaza, os habitantes têm 15 segundos, desde o lançamento de um foguete, para correrem até um abrigo anti-bombas. Todas as casas nessa região de Israel têm abrigos anti-bomba. A regra nessas cidades é que ninguém fique a mais de 15 segundos de distância de um abrigo. Já o grupo terrorista, além de atacar sem avisar e com o propósito deliberado de atingir civis, não protege seus civis, mas usa-os como escudos humanos.

5) “O Hamas é um grupo político”
Não! O Hamas é um grupo terrorista, um grupo que não só foi originalmente fundado com esse caráter como não o abandonou nem um milímetro até agora, mesmo depois de ter resolvido entrar também na área política. Esperava-se, a princípio, que, ao entrar na política, o Hamas paulatinamente abandonasse o terrorismo. Mas, não. Ele não só não o deixou como intensificou suas atividades terroristas. O Fatah, por outro lado, é um grupo que deixou o terrorismo (só uma minoria esmagada e marginalizada dentro do partido ainda simpatiza com o terrorismo) e que reconhece o Estado de Israel. O Fatah negocia com Israel. O Hamas, não; aliás, é absolutamente contra os seus irmãos do Fatah.
Em junho de 2007, soldados do Hamas executaram a sangue-frio mais de 100 membros da cúpula do Fatah na região. Prédios públicos e delegacias foram incendiados e implodidos em poucas horas. Naquele ataque surpresa do Hamas, o grupo preferiu não fazer prisioneiros. Os que eram rendidos ou se rendiam eram executados com tiros na cabeça, e as mulheres e filhos das vítimas eram chamados para presenciar a cena. Estima-se que o Hamas tenha matado de lá para cá 700 palestinos do Fatah. Por isso que a Autoridade Palestina, no início da ofensiva israelense, não condenou os ataques de Israel e houve até brigas entre árabes em países onde ocorreram protestos nas ruas. No Brasil, árabes saíram às tapas contra outros árabes que protestavam nas ruas apoiando o Hamas.
Inclusive, na atual guerra, o Hamas matou dezenas de policiais do Fatah em Gaza. O Hamas não respeita nem o seu próprio povo. Leia aqui: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u487744.shtml

Enfim, estar do lado de Israel nesse caso específico não tem nada a ver com os judeus serem "o povo escolhido de Deus". Tem a ver com coerência.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Uma palestra em sete vídeos imperdíveis de 26 anos atrás que apresenta mais subsídios para entender o que está acontecendo hoje na sociedade ocidental

Caros leitores,
Prometi postar sábado (dia 10) meu primeiro artigo deste ano, o qual – adianto – versa sobre verdades e mentiras sobre a ofensiva de Israel contra o Hamas. O artigo está praticamente pronto. Porém, preferi adiá-lo para esta semana ainda porque julgo de extrema importância divulgar uma palestra imperdível em sete vídeos colocada recentemente à disposição na Internet. A palestra foi proferida 26 anos atrás em uma universidade norte-americana em Los Angeles por Yuri Bezmenov, ex-agente do Departamento de Propaganda da KGB que trabalhou como jornalista no Canadá e EUA, além de ter desenvolvido atividades soviéticas na Índia. Depois de abandonar o comunismo e a KGB em 1970, Bezmenov passou a residir no Canadá e depois nos EUA, assumindo o nome Tomas Schuman.
Por que essa palestra é interessantíssima? Porque nos ajuda a entendermos melhor o que está acontecendo hoje na sociedade ocidental.
Como assim?
Na palestra, Bezmenov descreve o método sutil de contra-cultura que os ideólogos esquerdistas usavam em sua época para levar seus países, natural e paulatinamente, à desintegração e à mudança de seus valores. Quem leu Gramsci vai entender perfeitamente o assunto.
Ele detalha como essa estratégia era usada, como ela foi aplicada com sucesso em vários países (cita exemplos) e acrescenta que, quando iniciada, ela inaugura um processo quase sem volta, onde a sociedade segue sozinha, como que “no automático”, a uma desintegração e subsequente mudança de seus valores. E mais: ele detalha como essa estratégia estava sendo usada nos EUA há muito tempo já naquela período por meio da chamada "esquerda chique americana".
Segundo Bezmenov, naquela época (1983), o processo já havia sido iniciado nos EUA havia mais de 20 anos e não havia mais volta. Inclusive, para ilustrar a inexorabilidade do processo, ele faz uma analogia interessante com um golpe usado no judô.
De acordo com Bezmenov, a não ser que os americanos despertassem para o que estava acontecendo, os EUA fatalmente, dentro de mais 20 anos, sofreriam alguns efeitos inevitáveis. E ele diz quais seriam, e o que impressiona é que sua descrição parece uma fotografia perfeita dos Estados Unidos hoje espiritual, cultural, política, social e até economicamente (ele chega a antever a conjuntura que provocaria a atual crise econômica).
Bezmenov explica que esse processo, que foi iniciado lá pelos anos 50, teve início na área cultural do país e consistia na formação de uma geração que fosse liberal socialmente e, ideologicamente, com tendência esquerdista. Ele conta como se deu a formação da chamada "esquerda chique dos EUA" e lembra que esse processo também foi encetado na América Latina.
Ora, sabemos que aqueles que idealizaram, gestaram, influenciaram e acompanharam esse processo à distância se foram com o fim da Guerra Fria. Porém, como no golpe de judô que descreve Besmenov, uma vez começado o processo liberalizante e esquerdizante, ele continua sozinho. É inexorável.
Aos que irão assistir à palestra, peço apenas duas coisas:
(1) Favor ver todos os sete vídeos do começo ao fim, obedecendo sempre à seqüência, sem pular mesmo, para que não se perca o encadeamento lógico;
(2) E, à medida que for assistindo à palestra, reflita sobre o “boom” das religiões orientais e espiritualistas nos anos 60 e na New Age; sobre a atual onda antiteísta no mundo; sobre a atual guerra cultural contra o Cristianismo; sobre os motivos que levaram à atual crise econômica nos EUA; sobre a mudança de paradigma que o capitalismo experimentou nas últimas décadas, abandonando a ética protestante para adotar um capitalismo firmado majoritariamente na lógica consumista; no caráter político beligerante do movimento homossexual hoje; na desintegração dos valores; na criação do Foro de São Paulo em 1990 pelos grupos de esquerda de toda a América Latina que se sentiam à época órfãos com a queda da URSS e como seus seguidores aplicaram fielmente a estratégia de Gramsci na Venezuela, na Bolívia, no Equador, no Paraguai, no Brasil etc. E, por fim, perceba como todo esse cenário tem uma pano de fundo escatológico.
Bem, já falei demais. Eis o link para os vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=cj0Id3BLFco&feature=related (Se ao iniciar o vídeo as legendas em português não aparecerem, é só clicar no último retângulo à direita na barra do vídeo - próximo ao alterador de volume - e aparecerá dois outros retângulos, tendo um deles a opção "ativar legendas". É so clicar nesse último retângulo e esperar alguns segundos, então a legenda é ativada).
Clicando nele, você já assiste o primeiro vídeo e, em seguida, na coluna “Related Vídeos” (Vídeos Relacionados) ao lado da tela do primeiro vídeo, você encontrará, em ordem, os outros seis vídeos. Vale a pena. E para saber mais quem é Yuri Besmenov, segue uma entrevista com ele em 1984 na tevê americana: http://www.youtube.com/watch?v=aZ1yoKcaAT0&feature=related (a entrevista está dividida em nove vídeos e já vem com a legenda em português).
Abraços a todos!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

"Que tipo de teólogo você é?"

Como prometido, este final de semana (provavelmente já amanhã) estarei publicando meu primeiro artigo do ano neste blog. Enquanto isso, um teste curioso para quem gosta de Teologia: clicando aqui, você será apresentado a pouco mais de 30 perguntas que, se respondidas, pretendem te dizer “que tipo de teólogo você é”. Claro que o resultado não representará perfeitamente o seu perfil teológico. E nem poderia, porque as perguntas tratam só de alguns pontos do pensamento teológico cheio de matizes de 11 teólogos: Anselmo, Agostinho, Lutero, Calvino, Jonathan Edwards, Schleiermacher, Finney, Karl Barth, Bultmann, Tillich e Moltmann. Mas não deixa de ser curioso um teste desse tipo. No meu caso, deu Lutero 100%, Anselmo 100%, Calvino 83%, Agostinho 67%, Karl Barth 67%, Schleiermacher 67%, Jonathan Edwards 58%, Jurgen Moltmann 50%, Finney 17%, Bultmann 0% e Tillich 0%. E você?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Drops da semana

Caros irmãos e amigos,

O programa radiofônico Resposta Fiel, que nas duas últimas semanas contou com reprises, voltou agora a ter programas inéditos. Os programas desta semana e da próxima tratam de dois assuntos que abordamos em dezembro no Verba Volant Scripta Manent: a falácia da nudez artística e de protesto, e o ensino do Criacionismo nas universidades do Brasil. O programa é transmitido todas as terças (às 22h), quintas (às 17h) e domingos (às 12h) pelo endereço eletrônico www.cpad.com.br/radioweb. Quem quiser participar poderá fazê-lo enviando sua mensagem para o e-mail radioweb@cpad.com.br ou deixando sua pergunta ou sugestão no espaço de comentários desta postagem.
Ademais, nos próximos dias estarei postando meu primeiro artigo deste ano no blog.
Amplexos!