De 7 a 18 de dezembro, em Copenhague, Dinamarca, ocorrerá a próxima Conferência do Clima, que, bem antes de ser realizada, já está cercada de polêmica. Isso porque, em primeiro lugar, como todos sabemos, a tese do Aquecimento Global Irreversível e Antropogênico nunca foi unanimidade no meio científico.
Em postagem de 27 de março neste blog, enfatizei isso, indicando, inclusive, o documentário
A Grande Farsa do Aquecimento Global, exibido em 8 de março de 2007 na tevê inglesa e que ganhou dois prêmios: Melhor Documentário na Europa em 2007 pelo Isabella Film Festival, da Itália; e Melhor Documentário para Televisão na Inglaterra em 2007 pelo British Television Industry's 2008 Broadcast Awards, o “Oscar” da tevê britânica. O excelente documentário pode ser assistido gratuitamente
aqui. Ele conta com depoimentos e explicações de cientistas renomados dos EUA, Europa, Israel e Ásia, além de um depoimento de um co-fundador do Greenpeace, Patrick Moore.
Quem quiser saber mais sobre o assunto, indico o depoimento do Dr. William Gray, do Departamento de Ciência Atmosférica da Universidade do Colorado, publicado no site do Senado dos EUA. Gray é a maior autoridade no mundo em ciclones tropicais e ele afirma que – e explica cientificamente porque – o Aquecimento Global Antropogênico e Irreversível (daqui em diante, chamarei AGAI) é “uma farsa”. Leia o artigo
aqui. Indico ainda um artigo de Richard Litzen, renomado cientista e o mais destacado professor de Ciência Atmosférica do MIT, publicado no jornal
Wall Street Journal em 2006 (leia-o
aqui); um artigo do meteorologista gaúcho Eugenio Hackbart, publicado no site do MetSul (leia-o
aqui); e o depoimento do professor José Carlos Parente de Oliveira, da Universidade Federal do Ceará, doutor em Física e pós-doutorado em Física da Atmosfera, negando o AGAI (veja
aqui).
Mas, em segundo lugar, a Conferência de Copenhague está cercada de polêmica por causa do maior golpe sofrido pelos adeptos do AGAI, ocorrido há poucos dias.
Um hacker entrou nos computadores da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, considerada o maior centro de pesquisa sobre Aquecimento Global do mundo, e coletou 61 megabytes de documentos (1.073 e-mails, cerca de 3 mil PDFs, planilhas etc), colocando-os à disposição de todos na internet. Detalhe: os documentos provam (1) a manipulação de dados para tornar crível a tese do AGAI e (2) a destruição e omissão deliberada de informações embaraçosas contra o AGAI. A autenticidade dos documentos foi confirmada pelo diretor da unidade, Phillip Jones. Como a unidade é uma das maiores bases de elaboração de informações para o alardeado IPCC (a turma do Painel do Clima da ONU), alguns cientistas já estão chamando o conteúdo dos documentos de “o maior escândalo da ciência moderna”.
Em um dos e-mails, por exemplo, o diretor da unidade, Phillip Jones, afirma que usou um “truque” para esconder o declínio da temperatura no mundo (para quem não sabe, dados mostram que, desde 1998, a temperatura do planeta tem diminuído, e não aumentado). Escreveu Jones: “
Eu apenas aperfeiçoei o truque da (revista) Nature aumentando a temperatura real para cada série durante os últimos 20 anos (ou seja, a partir de 1981) para esconder o declínio”.
Em outro e-mail, afirma Jones: “
O fato é que não podemos explicar a falta de aquecimento no momento e é cômico que não possamos. Os dados do CERES publicado no suplemento BAMS em 9 de agosto de 2008 mostra que deveria haver ainda mais aquecimento, mas os dados estão certamente errados. Nosso sistema de observação é inadequado”.
Há ainda e-mails em que recomenda-se apagar dados científicos que servem de prova contra a tese do AGAI. Em matéria sobre o assunto publicada pelo jornal
The New York Times, o climatologista Patrick J. Michaels declara que, mais do que “
uma prova indiscutível” contra o AGAI, esses documentos são “
uma nuvem explosiva”.
Declara o climatologista Tim Ball sobre o material publicado: “
Esse material confirma as suspeitas que eu tinha em meus 30 anos nas ciências do clima. Eu vi o sequestro da climatologia, particularmente pelos ‘modelos computacionais’ ajudados por um pequeno grupo de pessoas associados com o IPCC. Antes era extremamente difícil provar que estávamos indo nesse sentido. Mas, agora, subitamente, com a publicação desses arquivos, temos não só o ‘revolver fumegante’, mas uma 'bateria de metralhadoras'”.
O jornal
The Telegraph já informou que
o parlamentar britânico Lord Lawson já pediu um inquérito público para investigar as manipulações. Mais sobre o caso na
Fox News, no
The Times, no site do
The Telegraph (também
aqui) e no
The New York Times. E quem quiser ler todos os documentos, e-mails e planilhas que denunciam a manipulação, o endereço do site contendo-os está disponível a todos, tendo sido, inclusive, divulgado pelo
The New York Times e pelo
The Telegraph. Para acessar o referido site, clique
aqui.
Mas, como se não bastasse tudo isso, temos ainda um terceiro ponto explosivo. A declaração de Lord Christopher Monckton de que o acordo de Copenhague resultará, na prática, em um passo gigantesco para a instauração de um “governo mundial”.
Lord Christopher Monckton, 57 anos, foi assessor de imprensa do Partido Conservador da Inglaterra nos anos 70 e editor-chefe da revista britânica
The Sunday Telegraph no início dos anos 80. Ele foi ainda o responsável pelos grupos de estudos econômicos, de estratégia, saúde e emprego do Centro de Estudos Políticos fundado por Margareth Tatcher, Keith Joseph e Monckton Sherman em 1974. Após Tatcher assumir o poder, Monckton se tornou seu conselheiro político. Hoje, vive como escritor, colunista em jornais britânicos e conselheiro empresarial. Pois bem, Lord Monckton realizou em outubro uma conferência na Universidade Bethel, em Saint Paul, Minessota (EUA), cujo vídeo no
You Tube já foi assistido por mais de 2,3 milhões de pessoas até a presente data. Um dos vídeos está com legendas em português - trata-se justamente do final de uma das palestras, quando Monckton fala sinteticamente sobre sua impressão acerca do que leu do texto de Copenhague, e mais precisamente do trecho que traz a polêmica expressão "governo" para descrever a função que a ONU exercerá sobre as nações para fazê-las cumprir o que estabelece o acordo. Monckton lembra ainda que os histéricos ambientalistas de hoje defensores do AGAI são, em sua maioria, antigos órfãos do comunismo (depois da queda do Muro de Berlim e da URSS) que migraram, com sua tendência ideológica, para o ambientalismo, e via "terrorismo" ambientalista tentam impôr hoje, em nova formatação, seus anseios ideológicos.
As declarações de Lord Christopher Monckton foram matéria no
Wall Street Journal (não deixe de ler o artigo de Janet Albrechtsen) e na
Fox News. O vídeo contendo o referido trecho da palestra de Monckton com legendas em português está
aqui.
O presidente da República Tcheca, que esteve este mês no Brasil, fez coro com Monckton. Ele opõe-se totalmente ao acordo de Copenhague justamente porque "esse acordo vinculativo diminui a soberania dos países". Acrescentou ainda que ele teme que o acordo faça da ONU o que ocorreu com a União Européia – criada para cooperação das nações, ela acabou se tornando, na prática, pelos poderes que conquistou, um “governo transnacional”. Leia as declarações do líder tcheco
aqui e
aqui.
O texto do acordo de Copenhague, denunciado por Monckton e pelo presidente tcheco, foi disponibilizado em PDF via internet (para ler, clique
aqui). Ele é datado de 15 de setembro. São 181 páginas da resolução da Convenção do Quadro sobre Alterações Climáticas das Nações Unidas. É esse o documento que a ONU está levando para ser assinado na Dinamarca.
O documento fala de um "acordo vinculativo" ao qual os países, ao assinarem o Tratado de Copenhague, estarão se submetendo para que cumpram suas metas. E fala-se ainda de redistribuição de renda no mundo (sic) com imposto sobre os países mais ricos. Criar-se-á um imposto anual que será controlado pela ONU. É justamente no trecho do acordo que fala sobre essa atribuição nova da ONU que surge o termo "governo". O órgão administrará e fiscalizará a redistribuição de riqueza global, tanto no que diz respeito a taxas de CO2 quanto ao imposto anual sobre os países. Há ainda a proposta, por exemplo, de um imposto de 2% sobre todas as transações financeiras do mundo.
Mais sobre a Conferência de Copenhague, especificamente sobre a condescendência do governo americano e de boa parte dos países da Europa com o acordo a ser assinado lá, leia
aqui e
aqui.
Como se não bastassem esses temores, o atual presidente da União Européia, Herman Van Rompuy, afirmou semana retrasada à
BBC de Londres, com todas as letras, que “
2009 é o primeiro ano do governo global com o estabelecimento do G20 em meio à crise financeira, e a Conferência do Clima em Copenhague é outro passo à frente para a administração global do nosso planeta”. Não acredite só porque eu estou dizendo. Leia
aqui. Ou ouça e veja
aqui. Detalhe: Rompuy é um dos membros mais famosos do Clube Bilderberg, que prega que a solução dos problemas do mundo só será possível com a diminuição da soberania dos países em prol da criação de uma espécie de “órgão de governança mundial”. A idéia é fazer do mundo uma grande União Européia, onde cada país cede um pouco de sua soberania em nome dessa união.
O que mais me impressiona é que (1) essas informações são tolhidas por boa parte da mídia (com honrosas exceções) e, (2) a despeito das denúncias contra a tese furada do AGAI e do texto do acordo de Copenhague conter artigos polêmicos, essa parte da mídia insiste explicitamente em defender que o acordo deve ser assinado logo, e usando o discurso terrificante do "Aquecimento Global Atropogênico e Irreversível". E Hollywood, defensor de primeira hora do AGAI, engrossa a onda pró-Copenhague, e adaptando o discurso, devido ao crescente descrédito da tese do aquecimentro global antropogênico (Pesquisas mostram que, hoje, nos EUA, mais da metade dos americanos não acredita mais no AGAI. Dois anos atrás, a maioria acreditava). Um filme com investimento altíssimo (200 milhões de dólares), intitulado
2012, estreou nos cinemas de todo o mundo este mês falando do fim do mundo por desastres naturais. A diferença é que, nele, os desastres não são provocados mais pelo homem, mas por explosões no Sol (os céticos, contrários à tese do AGAI, afirmam que o aquecimento por que passou a Terra recentemente - e que já se foi - foi gerado pelo Sol, e não pela ação do homem). E na película, a China (nos últimos meses, uma grande defensora do acordo de Copenhague) é apontada como
“salvadora do mundo”. Um filme justamente assim, e lançado próximo da Conferência de Copenhague (marcada para dezembro de 2009 há muito tempo), não é coincidência demais?